Nesta Quarta-feira Santa, 16, o Papa Francisco deteve sua catequese semanal sobre ‘O caminho de doação de Cristo’, a partir do relato da traição de Judas, que deu início ao caminho doloroso de Jesus.
“No meio da Semana Santa a liturgia apresenta-nos aquele episódio triste do relato da traição de Judas, que vai ter com os chefes do Sinédrio para vender e entregar o seu Mestre. ‘Quanto me darão para eu entregar Jesus?’ (Mt 26, 15), a partir daquele momento Jesus tem um preço. Esse ato dramático marca o início da Paixão de Cristo, um percurso doloroso que Ele escolhe com absoluta liberdade”, disse.
O Santo Padre evidencia o caminho da “humilhação e do despojamento” pelo qual Jesus irá passar. “O caminho que atinge o ponto mais profundo na morte de cruz: morre como um derrotado, um falido! Mas, aceitando esta falência por amor, supera-a e vence-a”.
Segundo o Papa, a Paixão de Cristo trata-se de um “mistério desconcertante”, mas que encontra a sua razão no imenso amor de Deus que “deu o seu Filho Unigênito”, frisou Francisco.
“Se, depois de todo o bem que realizara, não tivesse existido esta morte tão humilhante, Jesus não teria mostrado a medida total do seu amor”, observou o Papa.
O homem tem sua esperança retomada com a ressurreição de Cristo. “A falência histórica de Jesus e as frustrações de muitas esperanças humanas são a estrada mestra, por onde Deus realiza a nossa salvação”.
Essa estrada, segundo o Pontífice, não coincide com os critérios humanos, na verdade, inverte-os, diz o Papa. “Quando tudo parece perdido, é então que Deus intervém com a força da ressurreição”.
Francisco adverte que a ressurreição não deve ser compreendida apenas como um “final feliz”, como em um filme, mas representa a intervenção de Deus Pai que resgata a esperança para a humanidade.
Ao final, exortou aos fiéis a seguirem Jesus em seu caminho doloroso e recordou que nos momentos difíceis da vida, em que experimentarem a sua fragilidade, encontrem em Cristo a fé a esperança em Deus “como fez Jesus”, completou.
“Esta semana vai-nos fazer bem pegar no crucifixo e beijá-lo tantas vezes e dizer ‘obrigado Jesus, obrigado Senhor’. Assim seja”, finalizou.
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