sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Como escolher padrinhos de batismo para os meus filhos?

A escolha dos padrinhos vão além do fato de ser amigo, parente ou rico


“O santo batismo é o fundamento de toda a vida cristã, o pórtico da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamos-nos membros de Cristo, e somos incorporados à Igreja e feitos participantes da sua missão: o batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra” (CIC § 1213).

Veja o quanto é importante esse sacramento! O batismo torna a pessoa filha de Deus e ela passa a fazer parte da família de Jesus, que é a Igreja. O batizado se torna um membro ativo, uma testemunha que vive a missão de anunciar Cristo aos povos. Por isso, aqueles que serão escolhidos para acompanhar os batizados precisam ter algumas características importantes. Não basta ser alguém conhecido, amigo, parente, rico ou “uma pessoa boa que faz parte da minha história”, pode até trazer as caraterísticas citadas, mas vejamos o que o Código de Direito Canônico diz:

Cân. 872 – Ao batizando, enquanto possível, seja dado um padrinho, a quem cabe acompanhar o batizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao batismo o batizando criança. Cabe também a ele ajudar que o batizado leve uma vida de acordo com o batismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes.

Cân. 873 – Admite-se apenas um padrinho ou uma madrinha, ou também um padrinho e uma madrinha.

Cân. 874 – Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que:


1º - seja designado pelo próprio batizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;
2º - tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo bispo diocesano ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa;
3º - seja católico, confirmado (seja crismado), já tenha recebido o sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir;
4º - não se encontre atingido por nenhuma pena canônica legitimamente irrogada ou declarada;
5º - não seja pai nem mãe do batizando;
6º - quem é batizado e pertence a uma comunidade eclesial não-católica só seja admitido junto com o padrinho católico, e apenas como testemunha do batismo;

O sacramento do batismo é tão importante, por isso o cuidado com aquele que vai apadrinhar o batizando. Costuma-se dizer que o padrinho ou a madrinha faz as vezes do pai ou da mãe. O que o pai e a mãe fazem ou deveriam fazer? Educar o filho na fé católica, no bons costumes, nos bons valores, deve educar para a responsabilidade e para a vida. O padrinho deve acompanhar o seu afilhado com a presença, com o bom testemunho de cristão, fazer as vezes dos pais ou auxiliar os pais em suas faltas.

Como é sério ser padrinho ou madrinha, não é verdade? 
Conforme o ensinamento da Igreja, a pessoa precisa viver o batismo, ou seja, ser católica, ser crismada e ter uma vida de comunhão eucarística. Uma pessoa assim está, provavelmente, inserida na vida da igreja paroquial, vai à Missa aos domingos, busca confissão periódica, é uma pessoa que busca, a todo custo, a santidade. Essa pessoa é santa? Não! Mas se percebe nela a sede de ser santa.

Padre Marcio
Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A missão de São Rafael Arcanjo

Quem é este arcanjo que convive, por um tempo, com um homem?


Este arcanjo revela que ele é “um dos sete anjos santos que assistem diante da claridade do Senhor e estão em Sua presença” (Tb 12, 15). O nome “Rafael” significa “Deus cura”.

São Rafael nos é apresentado, sobretudo, no Livro de Tobias, no qual se operam duas curas significativas através de sua intercessão: a restauração de duas pessoas, uma em sua dimensão física e a outra em sua dimensão espiritual.

As Curas
Conta-nos a Sagrada Escritura que Tobit, homem honrado, piedoso e temente a Deus, ficou cego e devido a esta enfermidade não podia mais trabalhar, então lembrou-se de um dinheiro que tinha depositado com Gabael, em Rages, cidade da Média, vinte anos antes (cf. Tb 5, 4). Ele contou o fato ao filho Tobias e o enviou a essa cidade para recebê-lo (cf. Tb 4, 1ss). Contudo, Tobias que morava em Nínive na Assíria, por não conhecer o caminho (cf. Tb 1, 10) até a Média, entra em comum acordo com seu pai para procurarem alguém de confiança que lhe indicasse o caminho. Encontra Rafael e acerta os detalhes da viagem com ele, mas sem saber que este era um anjo (cf. Tb 5, 4).

Durante a viagem os dois acampam às margens do Rio Tigre e capturam um peixe que lhes serve de alimento para aquela noite. Rafael pede a Tobias que guarde o fel, o coração e o fígado do peixe para que essas substâncias sirvam de remédio (cf. Tb 6, 5-9).

Ao entrarem na Média, São Rafael conduz o filho de Tobit antes à cidade de Ecbátana, para encontrar Ragüel e a sua filha Sara, ambos familiares do jovem, pois, segundo a tradição da época, Tobias teria o direito de se casar com Sara por ser o parente mais próximo dela. No entanto, Tobias questiona o arcanjo: “Ouvi dizer que ela já foi dada em casamento a sete homens, e todos morreram de noite, […] quando estavam para se aproximar dela, morriam” (Tb 6, 14).

Rafael o tranquiliza, mandando-o queimar sobre as brasas do incenso o fígado e o coração do peixe para que o cheiro afugente o demônio que matava os maridos da moça (cf. Tb 6, 17-22).


A presença de São Rafael traz:

– Cura física (dos olhos de Tobit);
– Cura espiritual e libertadora (em Sara);
– A manifestação da Divina Providência: no âmbito material e natural (resgate do dinheiro de Tobit e indicação do caminho certo), e também no âmbito sobrenatural (protege-os dos perigos), propicia graças além das nossas pobres expectativas (Tobias não imaginava que encontraria Sara na viagem e que se casaria com ela).

Por isso tudo, São Rafael Arcanjo é considerado o portador da Cura de Deus, e também é reconhecido como o chefe dos anjos da guarda, padroeiro dos viajantes, anjo da providência, que zela pela humanidade. Algo interessante também de se notar é que Rafael é o único anjo que convive algum tempo com os homens.

Peçamos a São Rafael Arcanjo a cura de nossas cegueiras, sejam elas físicas ou espirituais, a restauração de nossa saúde e a libertação de toda obra do maligno em nossas vidas e tudo o mais de que necessitamos. E estejamos preparados para tudo o mais que o Altíssimo tem reservado para nós. Onde este servo do Senhor atua há sempre conversões, transformação e vidas entregues a Deus.

São Rafael Arcanjo, rogai por nós!

Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

"Deus quer a santa e amada Igreja pobre", afirma Papa

Durante a celebração das vésperas na Catedral de Havana, neste Domingo, 20, o Santo Padre afirmou que todo batizado, sacerdote, consagrado é profeta, e exortou-os a viverem no espírito de pobreza. O Pontífice, mais uma vez, deixou o discurso preparado de lado e improvisou a partir do testemunho dos religiosos, sobretudo os que se dedicam no serviço e cuidado aos mais necessitados.

Recebido com o tradicional canto da Igreja ao Sumo Pontífice, “Tu és Pedro “, o Papa Francisco chegou a Catedral de Havana para rezar o ofício das leituras com padres, seminaristas, religiosos e religiosas cubanos e de todo o mundo que atuam no país como missionários. Havia muitos deles com idade avançada e alguns até cadeirantes, os quais o Pontífice fez questão de cumprimentar.

Francisco foi acolhido pelo Cardeal Jaime Ortega Alamino, o qual abordou a pobreza da Igreja local, afirmando que existem testemunhos admiráveis de desprendimento no país. “Na Igreja de Cuba não existem espaços fáceis para competitividade”, declarou Ortega.

Em seguida uma religiosa das Filhas da Caridade, que trabalha numa instituição que cuida de pessoas com idade entre 12 e 71 anos, os quais possuem dificuldades físicas e mentais, testemunhou sua missão, dizendo que quando foi enviada a esse trabalho, chorou, pois, tinha outros planos para sua vocação. “Descalçamo-nos diante do mistério de Deus, frente aqueles que para muitos não são vistos”, e afirmou que hoje vê seu campo de missão como o lugar mais belo do mundo.

“A vida religiosa em Cuba com seus diferentes carismas, busca a se aproximar com amor dos enfermos. Com reconhecimento da dignidade de cada pessoa e como parte da Boa Nova do evangelho. Confiando sempre na via de Jesus Cristo e com Maria, sua mãe”, ressaltou a monja.


Deus quer a santa e amada Igreja pobre

Em seu discurso improvisado, Francisco enfatizou que o mundo não conhece a pobreza não por pudor, mas por desprezo. “O Espírito do mundo não ama o caminho do Filho de Deus, que se esvaziou de Si mesmo, para ser pobre. Humilhou-se para ser um de nós”, afirmou.

“Deus quer a santa e amada Igreja pobre, assim como quis pobre a nossa Santa Mãe Maria”, ao fazer esta afirmação pediu amor pela pobreza e que religiosos e religiosas não se esquecessem que a primeira bem-aventurança se refere a pobreza: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos Céus”. (c.f Mateus 5,3)

Segundo o Papa muitas religiosas e religiosos “queimam a vida” acariciando material de descarte, a quem o mundo despreza e prefere que não exista. Fez menção aos métodos e análises que quando detectam imperfeições em uma nova vida prefere “mandá-la de volta” antes que nasça.

“Graças a todas a essas mulheres consagradas ao serviço dos ‘inúteis’, porque não podem ganhar dinheiro com esse serviço aos menores. Obrigado a todos os consagrados e consagradas que fazem isso”, agradeceu o Pontífice.


Confessionário: lugar privilegiado para acolher os mais necessitados

O Bispo de Roma disse aos sacerdotes que o lugar privilegiado para acolherem os mais necessitados é o confessionário, onde o homens e mulheres mostram sua miséria. Pediu, por favor, que os clérigos não os castiguem, mas antes, lembrem-se de seus próprios pecados. “Por favor, não se cansem de perdoar, sejam perdoadores, como fazia Jesus. Assim como as monjas que não ficam furiosas quando encontram um enfermo sujo, vocês também, quando encontrarem um pecador, não o insulte, Jesus os abraçava”, pediu Francisco.

Ao final pediu aos Bispos e sacerdotes que sejam a misericórdia de Jesus e dêem abraços de perdão aos pequeninos que vão aos confessionários. Afirmou que os religiosos que o acolheram semearam no coração dos presentes pobreza e misericórdia, onde está Jesus.

Comunidade Canção Nova 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Quem é o Arcanjo Gabriel?

Gabriel Arcanjo é o anunciador por excelência das revelações divinas


De todos os anjos, de todas as hierarquias, Gabriel, Rafael e Miguel são os únicos que a Igreja os reconhece pelos nomes e estão revelados na Sagrada Escritura. Os Arcanjos pertencem à terceira hierarquia (Principados, Arcanjos e Anjos) e são responsáveis por executar as ordens de Deus, por isso estão mais perto de nós.

Gabriel Arcanjo é o anunciador por excelência das revelações divinas. Seu nome significa “Emissário do Senhor” ou “Deus é meu protetor” ou ainda “Homem de Deus”. O Antigo Testamento já retrata sua presença trazendo boas novas da parte do Altíssimo, explicando a Daniel a visão que este profeta teve (cf. Dn 8, 16ss), e depois o destino favorável ao povo de Israel quando este estava no exílio (cf. Dn 9, 21ss).

No Novo Testamento, é Gabriel quem anuncia ao sacerdote Zacarias que Isabel, sua mulher, lhe daria um filho profeta: João Batista (cf. Lc 1, 13ss). Coube ainda ao Arcanjo Gabriel proclamar a maior notícia de todos os tempos para nós, seres humanos, a encarnação e o nascimento do Filho de Deus em nosso meio (cf. Lc 1, 26ss) para nos salvar.

Gabriel conhecedor dos mais profundos mistérios de Deus, foi quem anunciou a Maria que que ela era cheia de graças e a escolhida para ser a Mãe do Salvador. Pelas palavras do Arcanjo, Nossa Mãe e Senhora foi entendendo a ação do Espírito Santo nela e, assim, foi se preparando para sua missão. Também foi da saudação angélica, que temos hoje, uma das orações mais difundidas e queridas do catolicismo, a Ave-Maria “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo” (Lc 1, 28).

Então, diante de tudo isso, lhe pergunto: Você está precisando de boas novas vindas de Deus? Qual é a grande notícia que você aguarda ou que necessita para este tempo?

O próprio anjo diz sobre si mesmo: “Eu sou Gabriel, e estou sempre na presença de Deus. Eu fui enviado para falar contigo e anunciar-te esta boa nova” (Lc 1, 19). Creia nisso! Se você pedir, ele virá e comunicará o que Deus quer de você, pois é desejo do Senhor transmitir Seus planos a nós: “O Senhor não faz coisa alguma sem revelar seus planos aos profetas, seus servos” (Am 3, 7).

Deus quer entrar e interagir em sua vida, transmitindo-lhe sabedoria e discernimento, quer cuidar de você com carinho e amor. E para isso, usa de Seus mensageiros, os anjos. Como Arcanjo da revelação, Gabriel conhece a nossa realidade e os aspectos que nos envolvem.

Reze! E que as orações e devoções a este servo tão próximo do trono de Deus façam desprender do Céu uma chuva de promessas, profecias e mensagens do Senhor para sua vida! Que, a exemplo de Nossa Senhora e dos profetas, a força da revelação, proclamada por esse servo angélico, prepare e impulsione sua alma para a missão e as novidades que hão de vir.

São Gabriel Arcanjo, rogai por nós!

Sandro Arquejada
Comunidade Canção Nova

terça-feira, 15 de setembro de 2015

O demônio pode até nos dar "presentes"

Não sabemos esperar e, muitas vezes, aceitamos “presentes” que até o demônio nos dá


Pai e mãe que amam põem rédeas e não dão tudo que os filhos querem. Assim é o Senhor, porque nos ama precisa pôr rédeas, limites, Ele sabe o que é bom e o que é mau. E por nos amar, faz algumas proibições e não nos dá qualquer coisa, até mesmo aquelas que achamos boas, como, por exemplo, um curso na faculdade, um emprego, pois Deus sabe se isso nos levará à salvação ou à perdição. E, muitas vezes, Ele não dá o que desejamos, não porque é mau, mas porque Ele sabe muito bem o resultado disso. Você achava que era uma boa coisa, mas o Senhor sabe que não o é, por isso não lhe dá.

Então, se você vai a algum pai de santo ou cigano para conseguir o que quer, como o namoro, o emprego e faz os trabalhos que eles mandam fazer, que são verdadeiros sacrifícios. Normalmente, utilizam pólvora, bebidas, degolação de galinha, coisas esquisitas, que até parecem nada. Esses sacrifícios são para os demônios. Certos absurdos, mas as pessoas fazem, porque querem aquilo e o príncipe deste mundo dá o que elas pedem, não porque é o “todo-poderoso”, mas porque é o príncipe deste mundo e abre muitas portas, lhes dá o curso, o casamento que não estavam conseguindo… Ele faz porque gosta de fazer a caricatura de Jesus e, muitas vezes, a pessoa é curada, mas não por Deus, mas sim, pelo demônio. E São Paulo grita: “Não quero que tenhais comunhão com o demônio”!

Você faz aquilo que eles mandam, consegue o que queria e daí para frente você fez uma aliança com o demônio; e se você não leva isso muito a sério, ele leva. Você faz um pacto com ele, você tem uma dívida com ele agora. E se você não faz o que ele quer, ele o persegue e lhe tira tudo e dá doenças piores que você tinha anteriormente.

Monsenhor Jonas Abib
Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Agir juntos e agir pelos outros, diz Papa Francisco

No último sábado, 12, a Sala Paulo VI hospedou um encontro festivo entre o Papa Francisco, funcionários, familiares e amigos do Banco de Crédito Cooperativo de Roma. O motivo da audiência é que “a Igreja conhece bem o valor das cooperativas, na raiz das quais estão sacerdotes, leigos engajados e comunidades animadas pelo espírito de solidariedade cristã”, como disse Francisco diante das 7 mil pessoas presentes.

Dirigindo-se aos participantes, o Papa pediu que continuem a ser um ‘motor’ no desenvolvimento das comunidades mais carentes, pensando principalmente nos jovens que estão sem trabalho.

Encorajou-os também a ser protagonistas na realização de novas propostas, a preocuparem-se sempre com a relação entre economia e justiça social, a facilitar a vida das famílias e a promover um uso social e solidário do dinheiro, “no estilo das verdadeiras cooperativas aonde o capital não comanda nos homens, mas os homens comandam no capital”.

Honestidade na globalização
Francisco acrescentou frisando que o fruto disto deve ser o crescimento da economia com honestidade, difundido e enraizando a honestidade em todo o ambiente. E enfim, é preciso participar ativamente da globalização, para que seja da solidariedade.

Com relação ao respeito das características específicas das cooperativas, o Papa lembrou que o desafio maior é crescer, favorecendo a participação dos sócios: “agir juntos e agir pelos outros”. Um banco cooperativo deve tentar humanizar a economia, ou seja, segundo Francisco, unir a eficiência com a solidariedade.

A subsidiariedade
Logo após, o Papa citou outra palavra importante na doutrina social: ‘subsidiariedade’, que quer dizer, unir as próprias forças para enfrentar os problemas com responsabilidade e ampliar os horizontes.

Ao concluir, Francisco incentivou o grupo a realizar iniciativas de cooperação, tornando-se um núcleo ao redor do qual construir uma grande rede para criar empresas que deem empregos, sustentem famílias, experimentem o microcrédito e outros modos de humanização da economia.

sábado, 12 de setembro de 2015

Todo homem é chamado por Deus a ser um guerreiro

O homem traz em si a agressividade, o impulso por batalhar, o coração de guerreiro


Nosso Deus é um Deus guerreiro. Essa é uma característica forte Nele e sua morte de Cruz comprova isto. Para se entregar da forma como Cristo se entregou só um verdadeiro herói poderia ir até o fim. Somos imagem e semelhança desse Deus e, nós homens, de forma especial, somos chamados por Deus a assumir o papel de guerreiros na luta por causas justas.

No primeiro livro de Samuel, capítulo 17, é dado início a história de Davi. Davi era o oitavo filho de Jessé, mais novo e menos preparado para ir à guerra, menos ainda para reinar sobre Israel. Ao ir até o acampamento do exército israelita, o jovem se depara com o Filisteu Golias que está amedrontando as tropas do Rei Saul, pois ninguém tinha coragem de lutar contra ele.

Este trecho da história Davi externaliza sua força, sua inteligência e disposição em lutar por aquilo que para ele é importante. Davi revela-se um guerreiro. Mas não um guerreiro qualquer, ele nos mostra que não basta a um homem ser forte, ele precisa usar sua força em causas nobres. Davi não entra na batalha para ser reconhecido, mas luta por seu povo e pela honra do seu Deus.

Hora da batalha

Jesus sabia muito bem quando deveria entrar em uma batalha e não temia usar sua força, se necessário. Quando está no templo de Jerusalém e se depara com um comércio montado, sua ação é expulsar todos e derrubar as mesas (Cf. Mt 21, 12). Jesus lutou pela casa de seu Pai, sua intenção era nos ensinar que há certas batalhas que o homem precisa travar. Da mesma forma, no capítulo 4 do Evangelho de São Lucas 14 – 30, Jesus está na sinagoga de Nazaré, no fim dessa leitura vemos que Jesus se retira do meio do povo que deseja lançá-Lo em um precipício. Um guerreiro sabe também evitar batalhas desnecessárias.

O homem traz em si a agressividade, o impulso por batalhar, o coração de guerreiro. Isso não é algo ruim, porém hoje não temos referências com quem possamos aprender a usar essa potência de forma positiva. Vemos esse dom perdendo o seu sentido e nossa sociedade está cheia de homens que se confundem em sua identidade, deixando-se dominar por prazeres e conquistas pequenas. Papa Bento XVI diz: “Deus veio ao mundo para despertar em nós a sede pelas grandes coisas”.

Ele precisa ter firme em sua mente que Deus deseja estar junto com ele nas batalhas. Mas, nos ensinam por aí que somos fracos, que não conseguimos. Como então encontrar um meio de usar nossa força de forma boa? O Pai quer nos treinar para isso, Ele quer nos dar motivos fortes para usarmos essa força, motivos nobres. O Salmo 144, 1 diz: “Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que treina minhas mãos para a batalha, meus dedos para o combate”. Sim, Deus quer nos treinar para usar a nossa força quando for preciso.
O homem tem desistido de suas batalhas e com isso toda a humanidade perde. Um casamento, por exemplo, é um motivo pelo qual todo homem precisa estar disposto a batalhar e assim também por seus filhos, amigos, por sua fé.

Legado de pai para filho

Na história da humanidade esse legado era transmitido de pais para filhos. Era com seu pai que um jovem aprendia como usar sua força. Houve uma ruptura nesse ciclo e os pais de hoje não sabem como ensinar seus garotos a assumirem seu papel de homem, pois também não tiveram esse aprendizado. A nós, cabe buscar em Deus a referência que precisamos. Deus é nosso Pai e Ele quer nos treinar, quer nos fazer homens com toda a potencialidade que Ele criou.

Para que possamos nos encontrar em nossa identidade masculina é preciso que, antes, nos encontremos no coração do Pai, no coração de Deus. Se, primeiro, provarmos da experiência de que somos filhos amados de Deus, poderemos assumir a nossa identidade e com isso retomar o ciclo de pais, que são verdadeiramente pais, e filhos que se sentem filhos.

Somente no coração de Deus conseguiremos encontrar o caminho que nos restituirá ao que realmente somos, homens guerreiros.

Paulo Pereira 
Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

5 histórias de Amor que você pode ler na Bíblia


Todo mundo vive em busca de amor. E muitos de nós, estamos à procura do grande amor, da pessoa que Deus nos reservou. E como é bom sonhar com isso, não? Mas, muitas vezes, não encontramos bons exemplos (à maneira cristã) nos livros de ficção ou filmes românticos que vemos por aí.

Para isso, vamos indicar 5 românticas histórias de amor que podem ser exemplo para você que está à procura, ou mesmo pra você que já encontrou um grande amor. Boa leitura!

1 - Sara e Tobias

- Leia em Tobias capítulos de 5 a 8.

Tobias é enviado por seu pai para recobrar um valor que fora emprestado a um homem que habitava Ragés, uma cidade distante. Para viagem, ele encontra como companheiro um jovem chamado Rafael, um anjo enviado por Deus, que mais tarde irá aconselhar Tobias a pedir Sara em casamento. No entanto, a jovem já havia se casado por sete vezes e em todas seus maridos morreram ainda na noite de núpcias. Será que Tobias vai vencer seu medo e se casar com Sara? Será que ele sobrevive à primeira noite?

2 – Raquel e Jacó

- Leia em Gênesis capítulos 29, 30, 1-24, e capítulo 35, 16-20.

Jacó estava à procura de seu tio Labão. E quando ainda perguntava sobre a localização de sua casa, avistou Raquel a pastorear ovelhas. Apaixonado pela filha de Labão, Jacó ofereceu-lhe sete anos de trabalho em troca da mão de Raquel. No entanto, no dia do casamento, Labão troca Raquel por Lia, sua filha mais velha, sem Jacó perceber. Você consegue imaginar qual a reação de Jacó e Raquel e o que eles fizeram?

3 – Rute e Booz

- Leia em Rute capítulos de 1 a 4.

Noêmi possuía dois filhos que eram casados. Sobreveio uma grande fome na terra e ambos os jovens morreram. Diante disso, Noêmi aconselhou suas noras a voltarem para casa de seus pais, mas Rute insistiu em acompanhar sua sogra. Foram então às terras de Booz, parente de Noêmi. Lá, a sogra aconselhou Rute a vestir suas melhores roupas, se perfumar e ir ao encontro de Booz. Será que ele se apaixona por ela?

4 – Ester e o rei Assuero

- Leia em Ester nos capítulos de 2 a 8.

O grande rei Assuero depois de destituir a rainha Vasti de seu posto por conta de desobediência, saiu à procura de uma nova mulher. No meio das jovens do reino, encontrou Ester, por quem se apaixonou profundamente. No entanto, Ester não contou a origem de sua família que era judaica. Depois de se tornar rainha, Assuero decreta morte ao povo judeu. E aí, será que Assuero vai manter a palavra ou o amor falará mais alto?

5 – Oséias e Gomer

- Leia em Oséias capítulos 1 e 2.

Oséias era um homem de Deus. Um dia o próprio Senhor lhe pediu que se casasse com uma mulher adúltera. Oséias desposou então Gomer, mas esta não conseguiu lhe ser fiel. Você imagina o que fez Oséias?

Jovens de Maria - A12.com

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Catequese: A Igreja Católica anula casamento?

- A Igreja Católica permite a nulidade dos casamentos?


Ao contrário do que muitos querem propor ou estão noticiando a respeito das mudanças propostas pelo Papa Francisco, em relação aos processos de nulidade do matrimônio, não houve e nem haverá uma mudança da doutrina da Igreja a respeito da indissolubilidade do matrimônio e também do divórcio.

A moral e a doutrina são imutáveis, pois não são de origem humana, mas divina. Nas mudanças de época e costumes, sempre se questiona sobre a validade de certas doutrinas e dos valores evangélicos. Será importante lembrar que as verdades da fé não são uma imposição da Igreja, mas vêm do coração de Deus e cabe à Igreja, como mãe e esposa do Cordeiro, ser a fiel zeladora e defensora destes mesmos valores e da verdade revelada.

- O casamento que não deu certo é inválido?

A Igreja sempre reconheceu que certos casamentos não preenchem as condições legais para serem considerados válidos. Para avaliar os diferentes casos e situações, os tribunais eclesiásticos foram estabelecidos e, após uma minuciosa avaliação do caso, em particular, determinam a sentença pela validade ou não daquele matrimônio. Porém, o pressuposto do casamento não ter dado certo não significa dizer que, necessariamente, o mesmo seja inválido. O fato é que a Igreja jamais anula um casamento legalmente válido, mas ela pode averiguar a possibilidade de decretar a nulidade de um matrimônio que, na verdade, não existiu.

- Facilitar o acesso dos fiéis ao tribunais eclesiásticos

A preocupação do Papa vem somar-se à angústia de muitos casais que querem uma resposta da Igreja sobre a possibilidade ou não de se declarar nula uma união conjugal anterior, e a mesma se protela e se prorroga por um prazo muito longo. Do outro lado, existe, muitas vezes, uma morosidade e uma falta de agilidade no julgamento destes mesmos processos. A Igreja deseja, então, que estes trâmites processuais facilitem o acesso dos fiéis aos tribunais eclesiásticos e que estes ajam de forma mais simplificada ao analisarem os processos que são de sua competência.

- Juízos mais simples serão resolvidos pelos bispos

Os decretos emitidos pelo Papa Francisco reforçam e solidificam a autoridade do bispo diocesano como autoridade moral e juiz em sentenças nas quais a palavra final cabe à sua definição. Os juízos mais simples, onde não existam dúvidas sobre o determinado caso, podem ser decididos pelo próprio bispo ou por um único juiz no menor prazo possível. Do outro lado, a Igreja deseja que estes processos não sejam onerosos para os fiéis e sejam facilitados ao máximo para que, em muitos casos, o acesso seja gratuito.

- A Igreja deseja favorecer ou estimular os processos de nulidade?

A Igreja não deseja favorecer e nem estimular os processos de nulidade matrimonial, mas agilizar o andamento dos mesmos para que a angústia e as “trevas da dúvida” não sejam prolongadas, e favorecer o cuidado, o esclarecimento para cada fiel sobre a sua real situação. A Igreja, como mãe, usará sempre da misericórdia para com seus filhos, sem contudo abrir mão da verdade, independentemente da situação. O valores essenciais do matrimônio precisam ser cada vez mais valorizados e os fiéis cada vez mais conscientizados sobre os compromissos inerentes à vida matrimonial, pois o primeiro trabalho a ser feito é formar casamentos mais sólidos para que recorram sempre menos aos processos de nulidade.

Padre Roger Araújo
Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Igrejas e instituições de "portas fechadas" são "museus", diz Papa

É necessária uma aliança entre família e paróquia para contrastar "os centros de poder ideológicos, financeiros e políticos" que hoje influenciam a vida social, afirmou Francisco durante a catequese desta quarta-feira (09), na praça de São Pedro, no Vaticano. O Papa refletiu sobre o vínculo entre a família e a comunidade cristã lembrando que a família é o local da nossa iniciação na comunidade.

Dando continuidade ao ciclo de catequeses dedicadas à família, o Pontífice analisou o "vínculo natural" da mesma com a comunidade cristã, e recordou que "a Igreja é uma família espiritual e a família é uma pequena Igreja". O próprio Jesus aprendeu a história humana percorrendo este caminho, refletiu.

“Nos Evangelhos, a assembleia de Jesus recebe a forma de uma família acolhedora, não de uma seita exclusiva. Jesus não deixa de acolher e falar com todos. É uma lição forte para a Igreja!”, prosseguiu. Nesse sentido, "é indispensável reavivar a aliança entre a família e a comunidade cristã", enfatizou.

Para Francisco, uma Igreja segundo o Evangelho só pode ter a forma de uma casa acolhedora, sempre com as portas abertas.

“As Igrejas e as instituições com as portas fechadas não devem se chamar igrejas, mas museus!”, expressou o Papa, que definiu esta aliança “crucial” contra os "centros de poder ideológicos, financeiros e políticos". As comunidades devem se tornar “centros de amor”, centros evangelizadores repletos de calor humano, sublinhou.

Para isso, é necessário uma fé generosa para reencontrar a inteligência e a coragem de renovar esta aliança. “As famílias às vezes hesitam”, constatou Francisco, dizendo que não estão à altura devido a fraturas, incapacidades, problemas ou desânimo.

"É verdade. Mas ninguém é digno, ninguém está à altura, ninguém tem forças! Sem a graça de Deus, não poderíamos nada. Tudo nos é dado gratuitamente. Se nos colocarmos em suas mãos, Ele nos faz realizar milagres", frisou.

Por isso, a comunidade cristã tem que fazer a sua parte, sublinhou. "As famílias têm que tomar a iniciativa e se sentirem responsáveis de oferecer seus preciosos dons à comunidade. A família e a paróquia devem realizar o milagre de uma vida mais comunitária para toda a sociedade"

Ao saudar os grupos presentes na Praça, o Papa citou os brasileiros provenientes de Santo André e de São Caetano do Sul.