A partir do Evangelho se aprende a lutar contra as tentações. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa desta sexta-feira, 11, na Casa Santa Marta. O Pontífice destacou que todos são tentados, porque o diabo não quer a santidade e a vida cristã é justamente uma luta contra o mal.
Francisco recordou que a vida de Jesus foi uma luta e Ele veio para vencer o mal. O foco de toda a homilia foi a luta contra o demônio, uma luta que cada cristão deve enfrentar, uma verdade que todo cristão deve conhecer se quiser seguir Jesus, que sofreu tantas tentações e perseguições.
Uma vez que não quer ver a santidade humana, o diabo apresenta tentações ao homem e procura afastá-lo do caminho de Jesus. Francisco explicou três características dessas tentações, que constituem o modo como elas agem. “A tentação começa livremente, mas cresce: sempre cresce. Segundo, cresce e contamina o outro, transmite-se a um outro, procura ser comunitária. E, por fim, para tranquilizar a alma, se justifica. Cresce, contamina e se justifica”.
Como exemplo, o Santo Padre citou as fofocas, que começam com uma inveja do outro. Depois, a pessoa sente a necessidade de partilhar essa inveja com o outro. Esse é o mecanismo da fofoca e todos são tentados a fazer isso. “Talvez algum de vocês não, se for santo, mas também eu sou tentado a fofocar! É uma tentação cotidiana. Mas começa assim, suavemente, como um fio de água. Cresce por contágio e ao fim se justifica”.
O Santo Padre mencionou ainda algumas tentações que Jesus sofreu, como aquela de jogar-se do Templo. A tentação cresceu e envolveu outras pessoas e por fim se justificou. Quando Jesus pregou na Sinagoga, por exemplo, seus inimigos desmereceram-No, disseram que ele não tinha estudado, não tinha autoridade para falar. “A tentação envolveu todos contra Jesus. E o ponto mais alto da justificativa foi aquele do sacerdote, quando diz: ‘Não sabem que é melhor que um homem morra para salvar o povo?”.
O Santo Padre destacou a necessidade de estar atento para não cair em tentações e acabar fazendo coisas que destroem as pessoas. Se um fio de água não é parado no momento certo, pode se transformar em uma maré, alertou Francisco.
“Todos somos tentados porque a lei da vida espiritual, a nossa vida cristã é uma luta. Porque o príncipe deste mundo – o diabo – não quer a nossa santidade, não quer que sigamos Cristo. Alguém de vocês, talvez, não sei, pode dizer: ‘Mas, padre, que antigo o senhor é, falar de diabo no século XXI!’. Mas, vejam bem que o diabo existe! Mesmo no século XXI! E não devemos ser ingênuos! Devemos aprender com o Evangelho como se faz a luta contra o diabo”.
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