De acordo com Dom Belisário ao recebermos as cinzas sobre nossas cabeças, nós no lembramos de nossa condição humana, frágil, transitória e exposta a falhas e retrocessos. “No momento da imposição das cinzas o celebrante diz a cada fiel uma das seguintes expressões: ‘Convertei-vos e crede no Evangelho’ ou ‘Lembra-te que és pó, e ao pó te hás de voltar’. A primeira expressão, retirada do Evangelho de Marcos 1, 15, refere-se ao início da pregação de Jesus e nos lembra que a vida cristã se inicia com a conversão. A segunda expressão inspira-se em Gênesis 3, 19 e nos lembra nossa situação de fragilidade humana”.
Dom Belisário explicou também que a quaresma se estende por quarenta dias, iniciando-se na Quarta-feira de Cinzas e se estendendo até o Domingo da Páscoa. “Esse número está ligado, fundamentalmente, aos 40 anos que o Povo de Deus peregrinou pelo deserto, em busca da Terra Prometida. Mas, lembra-nos também os 40 dias que o profeta Elias caminhou até a Montanha de Deus e, principalmente, os 40 dias que Jesus permaneceu no deserto em preparação à sua vida pública”, afirmou.
O Arcebispo completou que para nós, os 40 dias da Quaresma significam nossa condição de peregrinos e nossa condição de pecadores, necessitados de mudanças profundas para sermos melhores filhos de Deus e irmãos de todos.Dom Belisário ressaltou que a Igreja do Brasil tem tentado resguardar o sentido da Quaresma através da realização da Campanha da Fraternidade e que os fieis precisam aproveitar este período para reflexão e mudança de vida.“Podemos dizer, sem medo, que viver a Quaresma hoje é viver a Campanha da Fraternidade.
A cada ano, a Igreja propõe um tema. Refletir, rezar e tomar decisão – ver, julgar e agir – esse é o método da Campanha da Fraternidade. Em resumo, a conversão, a mudança de vida, é a grande proposta da Quaresma. A liturgia da Igreja, neste tempo, é muito rica e sugestiva”, finalizou.
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