O Papa Francisco nos convoca na sua exortação apostólica Evangelii Gaudium a viver a alegria do evangelho, nos libertando do pecado, da tristeza, do vazio e nos lançando a uma alegria contagiante que renasce a cada dia. Temos que cumprir nossa missão de ser luz onde fomos plantados.
O tempo quaresmal não deve ser eterno na vida do cristão, deve ser um processo dinâmico o qual nos convida à prática da oração, do jejum e da caridade. Esse é o tripé desse período; que se inicia na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da semana santa. Porém, Francisco diz em sua exortação: “Há cristão que parece ter escolhido viver uma quaresma sem páscoa” (EG 06).
Na Quaresma, realiza-se a preparação para a Páscoa. O período é reservado à reflexão, à conversão espiritual, à aproximar-nos de Deus através do nosso crescimento espiritual.
A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal. No momento da imposição das cinzas, vem-nos um lembrete: “Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar” (Gn 3,19). A cinza quer demonstrar que viemos do pó e voltaremos para lá. Esse dia nos leva a buscar a conversão e buscar o Senhor nos colocando dentro do seu ministério.
É um tempo de conversão, oração e arrependimento, tempo de voltarmos para Deus. O Profeta Joel, na liturgia da Quarta-feira de Cinzas, nos propõe uma mudança de mentalidade: rasgai não mais as vossas vestes, mas sim o coração (Jl 2, 12-18).
A Liturgia nos oferece a orientação correta para vivermos frutuosamente a Quaresma, o dia de salvação. Penitência e arrependimento não é caminho de tristezas e depressões; pelo contrário, é caminho de luz e alegria. Afinal, se tudo nos leva a vontade de reconhecer a nossa realidade de pecadores também nos abre o caminho do amor e da misericórdia de Deus. O profeta convida o povo, em nome de Deus, a fazer penitência percorrer o caminho da esperança.
A Igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se e uma forma de perceber que o ser humano necessita de Deus. O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Portanto, sigamos a Cristo pelo caminho que a Igreja nos propõe neste tempo tão favorável, dias de salvação.
Roguemos a proteção materna de Nossa Senhora, com o titulo de mãe das Dores; que Ela nos ajude a percorrer o caminho quaresmal que nos levará ao banquete de ricas delícias, a festa da ressurreição. Amém!
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