segunda-feira, 18 de maio de 2020

Bispo diocesano orienta fieis a respeitarem determinações das cidades que decretaram "lockdown"

Com as cidades de Campos dos Goytacazes, Cambuci e São João da Barra (SJB) que decretaram "lockdown" o Bispo de Campos e Referencial da Pastoral da Saúde na Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Roberto Francisco orienta sobre a necessidade de manter o isolamento social como medida para conter a infestação do Covid-19. Nas cidades, o aumento do numero de infectados ameaça ao sistema de saúde. O bispo manifesta a preocupação com as manifestações realizadas com aglomerações de pessoas e defende a necessidade do cuidado com a vida, direito fundamental de todos.

– Começamos esta semana com vários municípios decretando o que se chama de "lockdown", com barreiras para fortalecer o isolamento social. Foram registradas manifestações para pedir a abertura do comércio e a volta à normalidade com argumento de que todos tem o direito de ir e vir. Neste tempo o principal direito é a vida e o Estado e a Ordem publica cerceia direitos para proteger o direito a vida. Isso acontece em todas as situações de catástrofes e estamos numa situação de emergência, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, reflete Dom Roberto.

O bispo atenta para o fato de que a ciência tem comprovado que esse vírus tem uma capacidade de transmissão exponencial, superando as estruturas sanitárias. Ele lembra que o único método de contenção efetiva, já comprovado na Alemanha, China e Estados Unidos, é o isolamento social.

– A Igreja Católica através do Papa Francisco alerta que devemos ter prudência e obediência às normas sanitárias porque a vida é um Dom de Deus e é um compromisso cuidar da vida e não somente da nossa, mas da vida dos outros e devemos complementar com a caridade e a rede de proteção a aqueles que não podem fazer e nem tem casa.

Ele prossegue: "Estamos ativando as redes sociais e também orientando as situações em que o Estado deveria prover o aluguel social para famílias de 10 membros que moram em um quarto. Em vez de protestar, agir. E esse é o comportamento de cristão que não pode ficar lamentando e se queixando dos limites impostos".

— Neste momento é preciso cuidar dos doentes e evitar que muitos fiquem enfermos. É muito importante respeitar e, não por ser algo imposto, mas ver a finalidade que é obedecer porque queremos viver. Vamos sair desta o quanto antes. Que façamos um 'lockdown' sério e, pelo menos, por 70% da população. Vamos chegar ao achatamento da curva e passar a segunda fase voltaremos gradualmente as atividades", conclui Dom Roberto.

Com informações da Diocese de Campos

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