Na oração do Angelus, o Papa disse que a Igreja não é apenas uma instituição religiosa, mas uma Mãe que deixa transparecer o perfil de Esposa amada por Cristo
Em seu último encontro dominical com os fiéis antes do Natal, o Papa Francisco rezou a oração do Angelus da sacada de seu escritório, no Palácio Apostólico. Na Praça São Pedro, milhares de pessoas participaram do encontro, ouvindo suas palavras e unindo-se a ele na prece mariana.Como sempre, Francisco fez uma breve reflexão sobre o Evangelho do dia, que neste domingo, 20, o quarto do Advento, evidencia a figura de Maria. A Mãe de Deus, que concebeu na fé e traz em seu ventre Jesus, viaja de Nazaré aos montes da Judeia para visitar Isabel, idosa e no sexto mês de gestação. E se surpreende quando sua prima, ao vê-la exclama: “A que devo a visita da mãe de meu Senhor?”.
Inspirando-se neste episódio, o Papa convidou os fiéis e turistas presentes na Praça a refletir sobre os “lugares” da surpresa.
Nascemos com as feições de Jesus
“O primeiro lugar é o outro, no qual reconhecer um irmão, porque desde que Jesus nasceu, cada rosto tem em si as feições do Filho de Deus. Principalmente quando o rosto é o do pobre, porque como pobre Deus entrou no mundo e dos pobres, antes de tudo, se deixou aproximar.”
Deus ‘mistura as cartas’
O Papa afirma que outro lugar ao qual, se todos olharem com fé se surpreenderão, é a história. “Muitas vezes acreditamos vê-la no sentido correto, mas corremos o risco de entendê-la ao contrário. Isso acontece quando ela é determinada pela economia do mercado, regulamentada pelas finanças e pelos negócios, dominada pelos poderosos da vez”, disse.
Francisco lembrou que o Deus do Natal, ao invés, é um Deus que “mistura as cartas” e como narra o Evangelho de Lucas, “é o Senhor que derruba os poderosos dos tronos e exalta os humildes, sacia de bens os indigentes e despede de mãos vazias os ricos”.
Francisco lembrou que o Deus do Natal, ao invés, é um Deus que “mistura as cartas” e como narra o Evangelho de Lucas, “é o Senhor que derruba os poderosos dos tronos e exalta os humildes, sacia de bens os indigentes e despede de mãos vazias os ricos”.
O Senhor não é propriedade da Igreja
Enfim, o terceiro lugar de surpresas é a Igreja, “que não é apenas uma instituição religiosa, mas uma Mãe que, mesmo com todas as suas manchas e rugas, deixa transparecer o perfil da Esposa amada e purificada por Cristo Senhor. Uma Igreja que tem sempre os braços abertos e as portas escancaradas para acolher todos. Uma Igreja que saia das próprias portas para buscar todos os que estão distantes e conduzi-los à misericórdia de Deus. Esta é a surpresa do Natal”.
O Pontífice prossegue dizendo: “uma Igreja para qual o Senhor Jesus não seja nunca um dom custodiado como uma propriedade, mas sempre Aquele que lhe vai ao encontro e que ela sabe aguardar com confiança e alegria, dando voz à esperança do mundo: Vinde, Senhor Jesus”.
O Pontífice prossegue dizendo: “uma Igreja para qual o Senhor Jesus não seja nunca um dom custodiado como uma propriedade, mas sempre Aquele que lhe vai ao encontro e que ela sabe aguardar com confiança e alegria, dando voz à esperança do mundo: Vinde, Senhor Jesus”.
Benção dos ‘Bambinelli’
Após conceder a todos a sua bênção, Francisco fez felizes as crianças romanas na Praça, chamando-as de ‘barulhentas’ e dedicando a elas a sua saudação. “Queridas crianças, quando rezarem diante de seus presépios, lembrem-se também de mim, como eu me lembro de vocês.”
Faz parte da tradição que o Papa abençoe as pequenas imagens do Menino Jesus trazidas pelos grupos paroquiais, na chamada “Benção dos Bambinelli”.
Faz parte da tradição que o Papa abençoe as pequenas imagens do Menino Jesus trazidas pelos grupos paroquiais, na chamada “Benção dos Bambinelli”.
Canção Nova
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