Quando Jesus diz “Eu sou a Luz do mundo” (João 8,12), Ele quer nos dizer que, sem Ele, não há vida, felicidade, paz e alegria. No prólogo de seu Evangelho, São João diz a respeito de Cristo: “Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam” (João 1,4-5). E o Batista diz com todas as letras: “O Verbo era a verdadeira luz que, vindo ao mundo, ilumina todo homem” (João 1,9).
Ao comentar isso, São João Paulo II disse na Encíclica “Redemptor Hominis”, a primeira que escreveu: “Sem Jesus Cristo, o homem permanece para si mesmo um desconhecido, um mistério insondável, um enigma indecifrável”. Quer dizer, sem Jesus o homem não sabe a sua “identidade” divina; não sabe que é filho amado de Deus, destinado a viver para sempre com o Senhor a partir desta vida.
Infelizmente o homem moderno rejeita cada vez mais a Deus e a Seu amado Filho. “Estava no mundo e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1,10-11).
Os que acolhem Jesus, pela fé e pela luz da Igreja, se tornam filhos amados de Deus a partir do Batismo que n’Ele nos incorpora: “Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus” (João 1,12-13).
Isaías fala da vinda do Salvador dizendo: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz” (Is 9.1). Dois reinos se digladiam, o da luz e o das trevas. “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1, 29).
Jesus não veio ao mundo para outra finalidade, a não ser para “arrancar o pecado do mundo”, por meio do qual satanás domina o homem, o acorrenta e destrói. São Paulo disse que “o salário do pecado é a morte” (Rom 6, 23). Um dia, as trevas terão de dar lugar à luz de Cristo. “Pois as trevas passam e já brilha a luz verdadeira” (1 João 2,8). “As nações caminharão a tua luz, e os reis da terra trarão a ela sua glória; suas portas nunca se fecharão de dia – pois ali não haverá mais noite – e lhe trarão a glória e o tesouro das nações” (Ap 21,24).
Professor Felipe Aquino
Nenhum comentário:
Postar um comentário