quinta-feira, 24 de abril de 2014

São João Paulo II: consagrado inteiramente à Virgem Maria

“Viva a Mãe de Deus e nossa / sem pecado concebida! / Viva a Virgem Imaculada, / a Senhora Aparecida!” ♫ ♪

O refrão da música que ficou conhecida como um hino à Padroeira do Brasil marcou também as primeiras palavras da homilia do Papa João Paulo II, em julho de 1980 na cidade de Aparecida (SP), quando esteve pela primeira vez no Brasil. A composição tocou profundamente o coração do Santo Padre, que consagrou toda sua vida à Virgem Maria e provou inúmeras vezes do amor materno de Nossa Senhora, não importando sob qual face ou título.

Aos 8 anos de idade, São João Paulo II perdeu sua mãe e adotou Nossa Senhora como protetora ao longo de seu sacerdócio, episcopado e, principalmente, nos quase 27 anos à frente da Igreja como Sua Santidade. O lema do seu pontificado, “Totus Tuus” (latim) significa todo de Maria e expressa a sua devoção e consagração, que teve inspiração no Tratado da Verdadeira Devoção de São Luiz Maria de Monfort. A letra “M” e a cor azul no seu brasão simbolizam a sua entrega total nas mãos de Maria.

João Paulo II estabeleceu íntima relação com a Virgem de Fátima, tendo visitado seu Santuário, em Portugal, por três vezes. Após o atentado sofrido em maio de 1981, João Paulo II anunciou a sua primeira visita, em maio de 1982, para agradecer "a proteção concedida". O chefe de Estado do Vaticano regressaria por mais duas vezes, em maio de 1991, exatamente dez anos depois do atentado, e em maio de 2000, para a beatificação dos pastorinhos de Fátima Francisco e Jacinta Marto.

Um ano e meio após o início de seu pontificado, João Paulo II fez a primeira das três viagens ao Brasil, que ele próprio definiu como “romaria” ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Em 4 de julho de 1980, consagrou o Altar da Basílica de Aparecida, que foi para ele um momento emocionante.

João Paulo II falou aos brasileiros sobre a participação especial de Nossa Senhora na história da Salvação, pois aderiu incondicionalmente à vontade divina que Lhe foi revelada. E lembrou o primeiro milagre de Jesus Cristo, realizado a pedido da Mãe:



“A devoção a Maria é fonte de vida cristã profunda, é fonte de compromisso com Deus e com os irmãos. Permanecei na escola de Maria, escuta a sua voz, segui os seus exemplos. Como ouvimos no Evangelho, ela nos orienta para Jesus: “Fazei o que ele vos disser” (Jo 2,5). E, como outrora em Caná da Galiléia, encaminha ao Filho as dificuldades dos homens, obtendo d’Ele as graças desejadas”.



Mensagens como esta foram proferidas ainda no Santuário de Lourdes (França), onde o “Papa peregrino” esteve por três vezes. A última, em agosto de 2004, para celebrar o 150º aniversário das aparições da Virgem Maria a uma camponesa, a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Maria.

Após tantas demonstrações de amor, João Paulo II chegou a ser considerado o maior Papa mariano de todos os tempos. Ele consagrou si mesmo e o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria, no dia 7 de Junho de 1981, na Basílica de Santa Maria Maior. E pediu sua intercessão: “Tomai sob a Vossa proteção materna a inteira família humana que, com enlevo afetuoso, nós Vos confiamos, ó Mãe”.

No seu testamento, João Paulo II demonstra devoção e confiança em Maria e respeito pela segunda vinda de Jesus: “Não sei quando ele virá, mas como tudo, também deponho esse momento nas mãos da Mãe do meu Mestre: Totus Tuus. Nas mesmas mãos maternas deixo tudo e todos aqueles com os quais a minha vida e a minha vocação me pôs em contato. Nestas Mãos deixo sobretudo a Igreja, e também a minha Nação e toda a humanidade.”
A exemplo de São João Paulo II, rezemos com Maria e por Maria: “Ela é sempre a “Mãe de Deus e nossa”.        

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