sexta-feira, 16 de maio de 2014

Papa Francisco indica caminhos para conhecer Jesus

Na Missa desta sexta-feira, 16, Papa Francisco explicou o que é preciso para conhecer Jesus verdadeiramente: não bastam o estudo nem as ideias, é preciso rezar com o coração, celebrar Jesus e imitá-Lo. Novamente, Francisco convidou os fiéis a lerem o Evangelho que, segundo ele, tantas vezes fica cheio de pó, porque nunca é aberto.

Comentando a afirmação de Jesus – “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” –, o Papa observou que o conhecimento de Jesus é o trabalho mais importante da vida, mas o estudo do catecismo, embora necessário, não é o suficiente para que isso aconteça.

“As ideias por si só não dão vida, e quem percorre o caminho somente das ideais acaba num labirinto e não sai mais dele! É por isso que, desde o início da Igreja, existem as heresias. Heresia é tentar entender quem é Jesus somente com a nossa mente e com a nossa luz. Um grande escritor inglês dizia que a heresia é uma ideia que enlouqueceu. É assim. Quando as ideais estão sós, enlouquecem… Este não é o caminho!”

Para conhecer Jesus, então, o Santo Padre indicou três portas, sendo o primeiro deles a oração, pois o estudo sem ela não serve. “Os grandes teólogos fazem teologia de joelhos. E com o estudo, com a oração, aproximamo-nos um pouco…. Mas sem oração jamais conheceremos Jesus. Jamais!”

O segundo caminho é celebrar Cristo com alegria, em Seus sacramentos que dão vida, força, alimento e conforto. “Sem a celebração dos sacramentos, não conseguiremos conhecer Jesus. Isso é próprio da Igreja: a celebração”.

A terceira e última porta indicada por Francisco para conhecer Jesus é imitá-Lo. Trata-se de pegar o Evangelho e tentar fazer a mesma coisa que Jesus fez, o que Ele disse e ensinou. Segundo Francisco, entrar por essas três portas significa entrar no mistério de Jesus e, só assim, é possível conhecê-Lo. “Podemos, hoje, durante o dia, pensar em como anda a porta da oração na minha vida: mas a oração do coração, não a do papagaio! Como anda a celebração cristã na minha vida? E a imitação de Jesus? Como imitá-Lo?”

Para quem não se lembra disso, porque o Evangelho está “todo empoeirado e nunca é aberto”, o Papa aconselhou abri-lo, pois lá encontrará como imitar Jesus. “Pensar como estão essas três portas na nossa vida fará bem a todos”, concluiu.

A Missa, na Casa Santa Marta, foi a única atividade do Papa Francisco esta manhã. Os demais compromissos previstos foram cancelados devido a uma leve indisposição do Pontífice.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Jesus hoje te diz: "Vem e segue-me!"

Na coletoria de impostos, Mateus se levantou e seguiu Jesus. Para que você entenda melhor, o Senhor viu um homem nesse local [coletoria de impostos] e o chamou, assim como está no Evangelho de (cf. Mateus 9, 9-13).

O povo de Deus estava sob o jugo do Império Romano. Eles realmente cobravam pesados impostos e tinham consciência de que não podiam ser dominados por um povo pagão. Os romanos, por essa razão, foram muitos espertos. Os cobradores de impostos eram odiados pelo povo. Por essa razão, isso causava polêmica na época, pois a violência deles gera mais violência, a injustiça gerava injustiça. Os romanos mais espertos cobravam na proporção que eles recebiam, e 10% do que arrecadavam eram para eles. Por isso, eram tão duros e corruptos.

Mateus, que é o autor do Evangelho, contando-nos o que aconteceu em sua vida, um testemunho de fé e amor por Jesus. O que nós chamamos de conversão é uma transformação de vida. Deus nos ama gratuitamente mesmo antes de existirmos. Não é por mérito, mas por Ele ser amor. Tudo com amor! Apesar de todas as “burradas” de sua vida, Ele nunca deixou de amar você. Jesus tem um interesse especial para cada um de nós. Diga a você mesmo: “Jesus me ama!”. E, hoje, Ele também está dizendo a você: Segue-me!

Na verdade, esse convite não é para você ser padre, religioso ou religiosa; é certo que, no nosso meio, há pessoas vocacionadas a isso, mas Ele o está chamando assim como fez com Mateus.

Era de costume, naquela época, que o mestre fosse à frente e seus discípulos o seguissem em fila indiana, um atrás do outro. Se estavam andando na rua, todos saberiam que quem estava à frente era o mestre.

“Segue-me!” É o que o Senhor lhe fala de perto: “Venha estar bem próximo a mim”. Não queira mais seguir pelos caminhos por onde andou, mesmo que você tenha medo de seguir o Senhor. Muitas vezes, quando você lê e escuta essas palavras, sente arrepio e medo, mas o próprio Jesus lhe diz: “Segue-me!”. O restante, Ele fará. Parece até uma irresponsabilidade, mas assim aconteceu com Mateus, que largou tudo para seguir o Mestre.

Se a sua vida estiver estragada, escangalhada, mesmo assim Jesus o chamará. Não é difícil segui-Lo. Será uma luta, mas não será impossível. Somente exigirá muita constância e lutas interiores. Existem muitos “jovens PHN”, que decidiram seguir Jesus. E assim como Ele chamou Mateus, hoje, Ele chama você. É a sua vez de segui-Lo.

Há muitos jovens morrendo cedo. O mundo está traiçoeiro e os envolve; embora Jesus os chame, muitos já estão envolvidos pelas facilidades do mundo. Agora, é tempo favorável, é o dia da salvação. Jesus está chamando você, porque Ele o ama e, na cruz morreu por sua causa! E morreria por você outra vez se preciso fosse. Não foi qualquer morte; Ele morreu na cruz, com todos os sofrimentos.

Entre para essa luta, para essa conquista e seja um vencedor. Jesus quer fazer de você um vencedor, um lutador. Louvado seja Deus! Com Ele você já é vitorioso, porque Ele morreu por você e o ama; ninguém o amará mais do que Ele!

Naquela noite em que Jesus foi à casa de Mateus, este convidou seus amigos, que eram também cobradores de impostos. Mas como o Mestre comeria com eles? Naquele tempo, comer com as pessoas era um sinal muito forte de aliança. Não se comia com qualquer um. Dessa forma, aquela atitude de Jesus dizia que Ele era aliado dos cobradores. Mas Ele, ao perceber o que estavam falando, disse: “Quero misericórdia e não sacrifício. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores" (Mateus 9, 9-13).

Quem de vocês não é pecador? Todos nós o somos! Lutamos para sair do pecado de forma a permanecermos na graça de Deus. O pecado nos arrasta, atrai e trai. Mas Jesus veio nos chamar, porque somos pecadores. Ele veio chamar os fracos como Pedro, João, Tomé e todos outros apóstolos.

Que seja, agora, o momento da sua vida. Decida-se hoje. Mesmo que esteja “na pior”, Jesus está chamando você agora. Decida-se por Ele.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Fátima: A treze de maio na cova da Iria, no céu aparece a Virgem Maria

Nossa Senhora aparece resplandecente aos pastorinhos pela primeira vez no dia 13 de maio de 1917. Lúcia, Francisco e Jacinta estavam brincando num lugar chamado Cova da Iria.

De repente, observaram dois clarões como de relâmpagos, e em seguida viram, sobre a copa de uma pequena árvore chamada azinheira, uma Senhora de beleza incomparável.

Era uma Senhora vestida de branco, mais brilhante que o sol, irradiando luz mais clara e intensa que um copo de cristal cheio de água cristalina, atravessado pelos raios do sol mais ardente. Sua face, indescritivelmente bela, não era nem alegre e nem triste, mas séria, com ar de suave censura.

As mãos juntas, como rezando, apoiadas no peito, e voltadas para cima. Da sua mão direita pendia um rosário. As vestes pareciam feitas somente de luz. A túnica e o manto eram brancos com bordas douradas, que cobria a cabeça da Virgem Maria e lhe descia até os pés.

Lúcia jamais conseguiu descrever perfeitamente os traços dessa fisionomia tão brilhante. Com voz maternal e suave, Nossa Senhora tranquilizou as três crianças, dizendo: “Não tenhais medo. Eu não vos farei mal. Vim para pedir que venhais aqui seis meses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora.

Depois vos direi quem sou e o que quero. Em seguida, voltarei aqui ainda uma sétima vez”. Ao pronunciar estas palavras, Nossa Senhora abriu as mãos, e delas saía uma intensa luz.

Os pastorinhos sentiram um impulso que os fez cair de joelhos, e rezaram em silêncio a oração que o Anjo havia lhes ensinado: "Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente e ofereço-vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido.

E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores”. Passados uns momentos, Nossa Senhora acrescentou: “Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo, e o fim da guerra”.

As aparições continuaram nos sucessivos meses, sempre no dia 13, até o mês de outubro. Hoje, não apenas em Fátima, mas em todo o mundo, os fiéis veneram a Virgem Maria e pedem sua intercessão.

Jesus é a nossa “Porta”, já passou por ela?

O título que Jesus mais se atribui, ao longo dos Evangelhos, é o de Filho do Homem. Em vários cursos e retiros perguntei aos participantes se já invocaram o Senhor sob este título. (Quase) Ninguém, até agora.

O Evangelho do Domingo passado, o do Bom Pastor, brinda-nos com nova surpresa: Jesus, Porta! Você já rezou para Cristo Porta? Claro que não! Mas vale a pena conferir se já não o fez, ainda que não formal ou explicitamente...

O título de Bom Pastor é unanimidade nas Igrejas cristãs e na oração de seus fiéis. Deus já fora reconhecido e proclamado tal pelo Povo de Israel. Quem não lembra e não se emociona com a simplicidade, a beleza e a profundidade do Sl 23 (22),1-4? O texto de 1Pd 5,4 apresenta Jesus como o (Archipóimenos), supremo Pastor, Pastor arquétipo, de referência, de critério.

Não fugi da Porta, não! A “Porta” viva da linguagem bíblica equivale ao Melhor Pastor que é também o Perfeito Anfitrião. Veja se não é isso que afirma o mesmo Sl 23(22),5-6. A imagem da “Porta” conjuga “Pastor” e “Anfitrião”. Os pastores do tempo de Jesus reuniam seus rebanhos num grande curral com várias repartições ou vários redis. A repartição tinha entrada, mas não porta. O pastor é que se deitava na entrada e fazia de porta/proteção para seu rebanho. A esta defesa, garantia e certeza é que Jesus se equipara. Ele é a Porta! Outra forma de dizer Pastor arquetípico ou perfeito Anfitrião.

Isso nos leva ao pastoreio ou à pastoral de hoje, em que cada vocação tem sua missão. Oremos pelas vocações! Jesus, melhor Pastor a nos conduzir e perfeito Anfitrião a nos reunir, abençoa-nos! Nossa Senhora do Sim e das Vocações, respalda nossas orações!

Catequese: "Quais foram os segredos de Fátima?"

Em 1917, Nossa Senhora apareceu em Fátima - Portugal para três pastorinhos - Lúcia, Francisco e Jacinta. A Virgem fez revelações que mais tarde ficaram conhecidas como o "Segredo de Fátima".

A 1ª e 2ª parte do Segredo foram escritas por Lúcia no ano de 1941 e conhecidas logo a seguir. 


A 3ª parte do Segredo foi escrita em 1944 numa correspondência privada para ser aberta somente pelo Papa.

No dia 26 de Junho de 2000, a 3ª parte do Segredo foi finalmente publicada na íntegra pelo Vaticano.

1º segredo
A visão do inferno: Muitas pessoas não acreditam que existe… Contudo, as crianças videntes ao vê-lo, ficaram impressionadas e apavoradas. Viram homens e mulheres, jovens e velhos, se debatendo num mar incandescente, devorados pelas chamas eternas. Davam gritos terríveis e vociferavam abomináveis imprecações.

A propósito da forte impressão que o Inferno lhe causou, irmã Lúcia escreveu numa carta ao Bispo de Leiria: “Esta visão foi num momento, e graças à nossa boa Mãe Celeste, que antes nos tinha prevenido com a promessa de nos levar para o Céu. Se assim não fosse, creio que teríamos morrido de susto e pavor”. Ela explica na carta, que o Inferno é formado por um imenso mar de chamas onde os condenados flutuam e onde as suas almas pecadoras são devorados pelas labaredas eternas, queimando e elevando como fagulhas de um grande incêndio.
Também faz parte do Primeiro Segredo um aviso de Nossa Senhora sobre a Guerra: “A 1ª Grande Guerra Mundial vai acabar… todavia Deus quer a conversão da humanidade, caso contrário acontecerá uma outra guerra muito pior” (…).

2º segredo – É divido em duas partes
2.1 – Instituição da devoção ao Imaculado Coração de Maria – Nossa Senhora revelou que DEUS quer a instituição da Devoção ao seu Imaculado Coração, através da Comunhão Reparadora. As pessoas em estado de graça, deverão comungar durante 5 (cinco) primeiros sábados de cada mês, seguidamente, rezar um Terço e fazer 15 minutos de adoração ao Santíssimo Sacramento, para consolo e desagravo de todas as maldade, ofensas e pecados que diariamente são cometidos contra o Imaculado Coração de Maria. Aqueles que acolherem a solicitação, não morrerão em pecado mortal e na hora da morte, receberão a visita consoladora da Mãe de Deus.

2.2 – Consagração da Russia ao Imaculado Coração – Ela pediu que todos os Bispos do mundo unidos ao Santo Padre, o Papa, fizessem a “Consagração da Rússia ao seu Imaculado Coração”.

NOSSA SENHORA prometeu, se atenderem estes dois pedidos, a Rússia se converterá, muitos pecadores farão penitência e o mundo viverá um período de paz. Caso contrário, o mal crescerá, os dirigentes da nação comunista espalharão os seus erros e o materialismo ateu por todas as partes, crescerá a “apostasia” e nascerá a “impiedade”. Acontecerá uma devastadora Guerra Mundial (a Segunda) onde morrerão muitas pessoas e nações serão dizimadas.

3º segredo – A Íntegra do Terceiro Segredo de Fátima
Esta é a terceira parte do segredo revelado no dia 13 de julho de 1917 às três crianças na caverna de Iria, na cidade de Fátima, e transcrito pela Sóror Lucia no dia 3 de janeiro de 1944.

“Escrevo em obediência ao senhor, meu Deus, que me ordena fazê-lo por intermédio de Sua Excelência Reverendíssima, o Senhor Bispo de Leiria e da Santíssima Madre sua e minha”.

“Depois das duas partes que já expusemos, vimos, no lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais para o alto, um anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; brilhando soltava chamas que pareciam incendiar o mundo; mas se apagavam no contato com o esplendor que Nossa Senhora irradiava com sua mão direita na direção do anjo, que disse, apontando para a terra com a sua mão direita: penitência, penitência, penitência!

E vimos uma imensa luz que é Deus: ‘algo semelhante a como as pessoas se veem quando passam diante de um espelho’. ‘Vimos um bispo vestido de branco e tivemos o pressentimento de que fosse o Santo Padre’.

Também vimos outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subirem uma montanha íngreme, em cujo topo havia uma grande Cruz de madeira simples; o Santo Padre, antes de chegar até ela, atravessou uma grande cidade em ruínas, tremendo e com um passo vacilante, com um semblante pesado de dor e pena, rezando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegando no alto do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que dispararam vários tiros de arma de fogo e flechas; e do mesmo modo morreram, uns atrás dos outros, os bispos, os sacerdotes, os religiosos, as religiosas e diversas pessoas do povo, homens e mulheres de distintas classes e posições.

Sob os dois braços da Cruz, havia dois anjos, cada um deles com uma jarra de cristal na mão, com as quais recolhiam o sangue dos mártires, e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Espírito Santo é presença viva de Deus na Igreja, diz Papa

“Quem somos nós para fechar as portas ao Espírito Santo?”. Esta pergunta norteou a homilia do Papa Francisco, na Missa desta segunda-feira, 12, na Casa Santa Marta. Uma reflexão dedicada à conversão dos primeiros pagãos ao Cristianismo. O Santo Padre destacou que o Espírito de Deus é aquele que faz a Igreja seguir adiante, indo além dos limites.

O Espírito sopra onde quer, mas uma das tentações mais recorrentes de quem tem fé é de barrar o caminho d’Ele e conduzi-Lo para outra direção. Trata-se de uma tentação que não é estranha nem para os primeiros tempos da Igreja, como demonstra a experiência que vive Simão Pedro, no trecho dos Atos dos Apóstolos, na liturgia do dia.

Uma comunidade de pagãos acolhe o anúncio do Evangelho, e Pedro é testemunha ocular da descida do Espírito Santo sobre eles, mas, primeiro, exita ter contato com aquilo que tinha sempre considerado como “impuro”; depois, sofreu duras críticas dos cristãos de Jerusalém, escandalizados pelo fato de que o seu líder tivesse comido com os “incircuncisos” e os tivesse batizado. Um momento de crise interna, que o Papa retoma com certa ironia.

“Aquela era uma coisa que não se podia pensar. Se, amanhã, chegasse uma expedição de marcianos, por exemplo, e alguns deles viessem a nós, bem… marcianos, não? Verdes, com aquele nariz longo e orelhas grandes, como são pintados pelas crianças… E alguém dissesse: “Eu quero o batismo!” O que aconteceria?”.

Francisco explicou que Pedro compreendeu o erro quando uma visão lhe iluminou uma verdade fundamental: aquilo que foi purificado por Deus não pode ser chamado “profano” por ninguém. E ao narrar esses fatos à multidão que o criticava, o apóstolo, recordou o Papa, tranquiliza a todos com essa afirmação: “Se, portanto, Deus deu a eles o mesmo dom que deu a nós, por ter acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem era eu para colocar impedimento a Deus?”.

“Quando o Senhor nos faz ver o caminho, quem somos nós para dizer: ‘Não, Senhor, não é prudente! Não, façamos assim…’ Pedro, naquelas primeiras dioceses – a primeira diocese foi Antioquia –, toma esta decisão: ‘Quem sou eu para colocar impedimentos?’. Uma bela palavra para os bispos, para os sacerdotes e também para os cristãos. Mas quem somos nós para fechar as portas?”.

O Santo Padre reiterou que, ainda hoje, Deus deixou a condução da Igreja nas mãos do Espírito Santo, Aquele que ensinará tudo e fará com que os homens recordem o que Jesus ensinou.

“O Espírito Santo é a presença viva de Deus na Igreja. É aquilo que a faz andar sempre mais, além dos limites. O Espírito Santo, com os Seus dons, guia a Igreja. Não é possível entender a Igreja de Jesus sem o Paráclito. (…) Para usar uma palavra de São João XXIII: é justamente o Espírito Santo que atualiza a Igreja. E nós cristãos devemos pedir ao Senhor a graça da docilidade ao Espírito Santo, que nos fala no coração, nas circunstâncias da vida, na vida eclesial, nas comunidades cristãs, fala-nos sempre”.

Papa Paulo VI será beatificado em outubro

O Papa Francisco promulgou o decreto sobre o milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Paulo VI (Giovanni Battista Montini).

“A cerimônia de beatificação vai decorrer no fim da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos sobre a família”, informou na última sexta-feira (9), a sala de imprensa da Santa Sé.

A promulgação ocorreu depois da Congregação para a Causa dos Santos aprovar por unanimidade um milagre atribuído à intercessão do Papa Paulo VI.

Giovanni Battista Montini, nasceu em 26 de Setembro de 1897, em Concesio (Itália) e morreu em Castelgandolfo (Itália) em agosto de 1978. Na audiência concedida ao Cardeal Angelo Amato, Prefeito para a Congregação da Causa dos Santos, o Papa Francisco autorizou o Dicastério a comunicar que a celebração de beatificação será realizada no dia 19 de Outubro deste ano, ao final da Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos.

A beatificação é a penúltima etapa para a declaração da santidade. Entre os nove Papas que a Igreja Católica teve no século XX três foram canonizados: Pio X, João XXIII e João Paulo II; os dois últimos por Francisco no final de abril.

Outros decretos
Foi também reconhecido o milagre da intercessão do Venerável Luigo Caburlotto, sacerdote italiano fundador dos Instituto das Filhas de S. José nascido em Veneza em 1817 e as virtudes heróicas do padre Giacomo Abbondo nascido em Salomin, Itália em Agosto de 1720, o padre Jacinto alegre Pujals espanhol, nascido em Dezembro de 1874 e da mãe de família, Carla Barbara Colchen Carré de Malberg, francesa, nascida em Abril de 1829 e Fundadora da Sociedade das Filhas de S. Francisco de Sales.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Catequese: "Culto a Maria tem origem na Bíblia?"

Como pode na Bíblia não existir uma menção e ordem de que se deve cultuar Maria de Nazaré, a mãe de Jesus? O próprio Jesus, em algumas circunstâncias, faz com que as pessoas elevem a figura de sua mãe acima da Sua e de Deus Pai, como objeto de veneração.

Algumas passagens do Evangelho são, aparentemente, um culto a Maria. Uma se encontra no Evangelho de Lucas, no capítulo 11, 27-28. A uma moça que grita: “Bem-aventurado o ventre que te gerou e o seio que te amamentou”, Jesus responde: “Bem-aventurados ainda mais aqueles que escutaram a Palavra de Deus e a observaram”.

Existem outras passagens similares em (Lc 8,19-21) e nos paralelos de Marcos e Mateus. Concluem com esta afirmação de Jesus: “Minha mãe e meus filhos são estes: aqueles que escutam a palavra de Deus e a colocam em prática” (Lc 8,21).

Na verdade Jesus não coloca em evidência o motivo pelo qual Maria é bem-aventurada: porque escutou e observou a palavra de Deus. Foi o que Maria fez acolhendo o anúncio do anjo: “Eis a serva do Senhor: faça-se em mim segundo a tua vontade” Lc 1,37. Contudo, no Evangelho não se veta a veneração de Maria. Aparece, antes de tudo, o início e o fundamento de um culto da primitiva comunidade cristã.

Isto é evidente na saudação particular do anjo Gabriel, na expressão “cheia de graça”, que se volta a Maria por sua prima Isabel (a qual a abençoa, proclama-a abençoada e a define “mãe do meu Senhor”). Maria mesmo, no Magnificat, diz: “De agora em diante, todas as gerações me chamarão bendita”.

Todas estas expressões de elogios a Maria não seriam possíveis se os primeiros cristãos não tivessem tido uma grande estima por ela. É aqui a origem da veneração a Maria, desde a origem da Igreja. Temos também outros certificados antigos. No início dos anos 900 foi descoberto um papiro do século II e III, com uma oração a Maria feita por uma comunidade egípcia: “Sobre a tua proteção buscamos refúgio, santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas e livrai-nos de todos os perigos, Oh Virgem gloriosa e bendita”.

Aparece já o título de Theotokos, Mãe de Deus, que será definido em 431 no Concílio de Éfeso. Entre os anos de 50 e 60, o padre franciscano Bellarmino Bagatti decifrou dois escritos em grego em uma Igreja judaico-cristã sobre a casa de Maria em Nazaré.

O primeiro é o testemunho mais antigo da Ave-Maria (Chaire Maria em grego), o segundo foi deixado por um peregrino que testemunha ter escrito sobre “lugar santo de Maria”. A partir de São Justino, desenvolve-se também uma reflexão teológica sobre Maria, colocada em paralelo com Eva.

Relembra uma famosa passagem de Melitone di Sardi, que em uma homilia pascal (cerca de 165), cita Maria, “o belo cordeiro” do qual vem o cordeiro da nossa redenção.

Em conclusão, o culto a Maria tem origem no texto bíblico e se desenvolve com a reflexão da Igreja, guiada pelo Espírito Santo. Não se trata porém de adoração, reservada somente a Deus, mas de veneração, ou seja, reconhecimento da sua virtude, da sua fé, do seu ter sido doce à palavra de Deus. Veneração que nos leva a imitá-la, a confiar na sua intercessão e a adorar e louvar o Senhor.

Mês de Maio: Salve, Virgem Maria, Mãe Morena e Serena!

Maio chega até nós trazendo a suavidade da eternidade, ao contemplarmos a Virgem Mãe de Jesus que, em incontáveis comunidades, recebe seu merecido louvor e gratidão.

Louvar a Mãe de Deus é louvar no próprio Deus, o Cristo Redentor nosso, modelo acabado de toda a criatura humana.

É preciso dar asas à imaginação e deixarmo-nos voar em pensamentos velozes até Nazaré, para que sejamos capazes de vislumbrar a grandeza de Maria, sua singela e sua ternura, sua humildade e seu SIM resoluto ao desígnio divino. Quem de nós é capaz de, em poucas palavras, dispor-se inteira e imediatamente a cumprir o que Deus lhe pede, como fez Maria? Certamente levantaríamos primeiro muitas interrogações e pediríamos explicações. Nosso mundo bastante calculista e racional não se atém às coisas da eternidade com rapidez e firmeza, como Maria e também José. Nosso mundo marcado por uma história de vencedores na qual os vencidos nao são contados, não entende mesmo o que é jogar-se inteiramente nas mãos de Deus.

O pobres podem nao saber dizer com palavras bonitas seus sentimentos, mas sabem realçá-los em seus gestos e atitudes. Quando reunidos em comunidade, ao erguerem a coroa sobre a cabeça da imagem de Nossa Senhora, erguem sim as mãos em súplicas àquela que por nós intercede, porque sabem que tudo o que vem do céu nada poderá romper ou roubar.

Eternidade é amor de Deus sempre presente e ninguém pode retê-la, como a brisa leve de uma manhã. O que o povo manifesta a Nossa Senhora é amor e é eternidade.

As flores que são depositadas aos pés da Virgem significam que pelo caminho que ela andou também queremos andar, pelo serviço que ela prestou nós também queremos servir.

Os sons da ladainha cantada e rezada ressoam por todos os cantos da terra, pois foi Maria quem primeiro cantou a melodia que nao tem fim, a melodia do amor, da eternidade, do cumprimento da promessa divina: "Minha alma glorifica o Senhor, e exulta meu espírito em Deus meu Salvador" (Lc 1, 46-56). Maria é, pois, sombra abundante que abriga os vencidos da história do mundo, e alenta a esperança dos que marcham no duro chão da estrada de nosso mundo bonito, mas muitas vezes ingrato para com as coisas de Deus e para com os excluídos e sofredores.

Salve, Virgem Maria, tu és nosso canto e encanto que se erguem agradecidos em nossa prece de amor e de louvor!