terça-feira, 4 de agosto de 2015

Namoro: Um ensaio para o futuro

O namoro é, então, um ensaio, para que o casal esteja preparado para um futuro matrimônio

O namoro é uma das fases mais importantes da vida de um jovem, isso porque, nesse período, eles descobrem as alegrias e tristezas de um relacionamento a dois. O namoro é, então, um ensaio, para que o casal esteja preparado para um futuro matrimônio. Esse ”preparo” inclui a ideia de aceitar o outro de forma completa, de respeitar, inclusive, aquilo que não é agradável, mas que, em consequência do compromisso, foi assumido um tolerar e perdoar.

Isso significa que, além de ser maduro o suficiente para conviver e superar nossas falhas, também nos comprometemos a conviver e superar as falhas de quem quis trilhar esse caminho conosco. Se a vida do cristão é uma constante mudança para que nos pareçamos cada vez mais com Jesus, então, por qual razão nosso namoro não poderia fazer o mesmo? O maior problema dos namoros de hoje é que eles não têm um amadurecimento cristão e saudável; pelo contrário, têm destruído de maneira gritante a castidade, a pureza e a humildade, até mesmo o silêncio santo, as virtudes das quais a Virgem Maria é exemplo. E essas virtudes estão sendo esquecidas e transformadas em desgastes emocionais, que geram cicatrizes profundas na vida das pessoas. Muitas famílias não dão certo, não chegam a cumprir as promessas dos primeiros dias do casamento, pela falta de Jesus na vida do casal, pelo esquecimento dos votos que fizeram no altar; pois se isso tivesse sido bem firmado no namoro, haveria um amor mais sólido e duradouro.

Assumir um compromisso vai muito além das fotos a dois e das legendas de amor eterno; é necessário carinho, respeito, perdão, muita paciência e, principalmente, oração no cotidiano.

Muitos jovens sonham com um namoro surreal, aquele em que tudo é lindo e florido, cheio de encontros perfeitos com trilhas sonoras ao fundo. A realidade, meus irmãos, passa um pouco longe dessa fantasia.

Já dizia São Padre Pio de Pietrelcina: ” Quando amar, prepare-se para sofrer”. Essa máxima desse grande santo faz todo o sentido, pois o amor tem forte relação com o sofrimento. Fomos redimidos por um Homem do alto da cruz, que nos amou e sofreu por nós. Se Jesus sofreu, por que nós humanos errantes queremos nos privar disso? Amar exige sacrifícios, e se você não ama alguém a ponto de se sacrificar por essa pessoa, nem que for uma pequena parte do seu dia por ela, não leve esse relacionamento adiante. Jesus é a verdade e, por causa disso, a verdade sempre deve prevalecer, ou seja, se você está se deparando com um namoro destrutivo que o faz atuar, fingir e mentir, ser um personagem na vida do outro, logo não vale a pena continuar insistindo no mesmo ponto.

Lembrar que devemos ter esse pensamento no nosso namoro, para que não façamos opções equivocadas e venhamos a falhar com nossa futura família, seria portanto, uma forma simples de se evitar uma destruição maior dentro de um casamento, que é uma esfera muito mais sagrada, um sacramento.

Escolhas erradas geram histórias frustradas. Não se frustre! Lembre-se sempre de que todo o namoro nasceu para o término, ou seja, ou ele terminará no altar, dando lugar à vida sacramental do matrimônio, ou antes disso. É uma realidade dura, mas a verdade mais pura de se dizer.

Por fim, existem duas saídas: lutar pelo seu namoro, para que ele se transforme em uma aliança firme com Deus, seguindo o exemplo da Virgem Maria e de São José, ou ter de renunciar essa vida a dois, para que você possa aprender primeiramente a buscar a santidade como filho do Criador, para depois fazer o mesmo como casal. Se você conseguir colocar em prática o amor de Deus no seu namoro, sem dúvida o seu casamento terá grandes chances de perpetuar.
Fernando Henrique de Aguiar Souza

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Vocação Matrimonial: Alicerce do amor e construção de valores

Assim como Jesus abençoa um Sacerdote com um Sacramento especial, assim também abençoa o homem e a mulher que se unem para formar uma família. Para isso, Jesus instituiu o Sacramento do Matrimônio. Por isso o homem deixa o seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne (Gn 2,24).

O matrimônio expressa o amor de Deus por seu povo. Assim como Cristo se entregou em sacrifício por amor à Igreja e permanece eternamente fiel a ela, do mesmo modo os esposos se entregam um ao outro totalmente, imitando o amor de Cristo. Ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, Deus concedeu a eles o dom de constituírem uma unidade a ponto de se tornarem uma só carne, ou seja, realizarem-se como pessoas na dinâmica da doação recíproca. É o chamado que Deus faz ao homem e a mulher para constituírem uma comunhão geradora de vida.

A partir de Cristo, o amor dos casais é elevado à graça de sacramento, isto é, se transforma em fonte de santificação e de salvação, um grande bem para a família, para os filhos e para toda a comunidade cristã.

A família, dentro do plano de Deus, é o lugar privilegiado para semear no coração do homem e da mulher os valores perenes, sejam eles espirituais ou civis. A vida e a história demonstram que é na família cristã que também se inicia a educação para o valor da vida humana.

A família, dentro do plano de Deus, é lugar privilegiado para semear no coração do homem e da mulher os valores perenes
“Os dois bens mais preciosos da humanidade, chamam-se: Família e matrimônio. Por isso, o futuro da humanidade passa pela família”. Papa João Paulo II

De 16 a 23 de agosto, acompanhe a 46ª Semana Vocacional pela Rede Aparecida de Comunicação.

Carlos Emílio 
Comunidade Católica Shalom

domingo, 2 de agosto de 2015

Catequese: A importância do Ofertório na Santa Missa

O Ofertório é um momento de grande importância da participação dos fiéis na Santa Missa


O ofertório, na sua totalidade, é uma oração feita por palavras ou por ações sacrificais. Pelo “Oremos” a Igreja convida os fiéis a se unirem – em oração e ao acompanhar as ações litúrgicas – ao presidente da Celebração Eucarística. Este reza e atua em nome do povo de Deus e convida a assembléia a rezar por si mesma a fim de crer na fé professada no símbolo apostólico (Credo), de modo a ser constante nela e a se oferecer em holocausto.

O canto do ofertório tem a função de acompanhar e solenizar a procissão na qual os fiéis apresentam as oferendas, pois Deus ama quem dá com alegria.

O canto deve se prolongar pelo menos até que os dons tenham sido colocados sobre o altar. Pode utilizar-se a antífona com o respectivo salmo, que vem no Gradual Romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à ação sagrada e ao caráter do dia ou do tempo litúrgico, cujo texto tenha a aprovação da Conferência Episcopal. O rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto.

sábado, 1 de agosto de 2015

Agosto: Mês Vocacional

O mês de agosto foi instituído pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na sua 19ª Assembleia Geral de 1981 como o mês vocacional. Oportunidade para tratar e rezar por todas as categorias de vocações da vida cristã; criar consciência vocacional e despertar todos os cristãos para suas responsabilidades na Igreja.

O termo vocação vem do verbo em latim vocare que significa chamar. Somos todos nós vocacionados, chamados por Deus à santidade. E a resposta a este chamado que Deus faz a cada um é dada através de vocações específicas. Dizemos que o vocacionado é uma pessoa que discerniu em si a vontade de Deus. É uma inclinação interna, que supõe um seguimento, uma resposta concreta de ação e vida.

No primeiro domingo, dedicamos ao ministério ordenado (bispos, padres e diáconos). Essa comemoração se deve ao fato de celebrarmos o dia de Santo Cura d’Ars, São João Maria Vianney, no dia 04, patrono dos padres, e, o dia de São Lourenço, diácono e mártir, no dia 10, patrono dos diáconos.

No segundo domingo, celebramos o Dia dos Pais, a vocação matrimonial. Junto com a esposa, o pai tem a missão de levar os filhos a Deus por meio da oração, ensinamento e vivência do Evangelho. Vivemos a Semana Nacional da Família e em alguns municípios a Semana Municipal da Família por iniciativa de Câmaras Municipais de Vereadores. A família é verdadeiramente um ‘Santuário de Vida’.

No terceiro domingo, recordamos a vocação à vida consagrada: religiosos, religiosas, consagradas e consagrados nos vários institutos e comunidades de vida apostólica e hoje também nas novas comunidades, motivados pela festa da Assunção de Maria ao céu, modelo de todos aqueles que dizem sim ao chamado de Deus para uma entrega total.

O quarto domingo de agosto é o Dia do Catequista, daí a comemoração do dia da vocação do cristão leigo na Igreja, tanto na sua presença interna na Igreja como também em seu testemunho nos vários ambientes de trabalho e vida. Todos nós recordamos com gratidão os nossos catequistas. Rezemos para que neste tempo de implementação da catequese de iniciação cristã de inspiração catecumenal tenhamos animados(as) catequistas discípulos(as) missionários(as) do Senhor. O dia do cristão leigo voltará a ser comemorado no último domingo do ano litúrgico, festa de Cristo Rei.

Lembramos o ano em que o mês de agosto tiver cinco domingos, no quarto domingo são recordados todos os ministérios leigos e, no quinto, o dia do catequista.
Na Igreja, louvamos a Deus por todas as vocações! Percebemos a mão e a voz de Deus a nos chamar e conduzir. Que o Senhor nos ajude e ilumine e que cada um de nós descubra cada vez mais a beleza da vida cristã e do chamado que Deus nos faz para as diversas vocações e, em especial, para sermos santos! E que todos se unam às suas comunidades para orar por vocações ao longo do mês de agosto, cumprindo o mandato de Jesus: “Pedi ao Senhor da Messe que mande operários para a sua Vinha” (Mt 9,38). Trabalhemos na grande vinha do Senhor!

Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena 
Bispo de Guarabira (PB)