quinta-feira, 30 de abril de 2015

Diocese de Campos se prepara para a criação da Pastoral da Cidadania


Reunião vai preparar as bases para a elaboração de um plano pastoral e criar uma comissão diocesana. O encontro será orientado pelo Bispo Diocesano, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz com assessoria do Pe. Márcio André Ribeiro com a participação de todo o clero da Diocese.

A primeira reunião para a criação da Pastoral da Cidadania na Diocese de Campos acontece no dia 9 de maio, às 10h no Centro Diocesano de Pastoral (anexo a Paróquia Nossa Senhora do Rosário – Parque Leopoldina) e para este encontro estão sendo convidados representantes das paróquias da Diocese para a criação de uma comissão que contará com a participação de leigos traçar os rumos da nova pastoral e preparar a Comissão Diocesana. 

Segundo Pe. Márcio André Ribeiro a criação da Pastoral da Cidadania é uma solicitação de Dom Roberto Francisco e o projeto que visa conscientizar os católicos sobre questões importantes de trazer ao mundo da política as propostas do Evangelho e dentro do programa nacional da CNBB – Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil. ''É preciso tirar a mentalidade de omissão da cabeça da nossa gente. Se os bons se omitem os maus tomam conta. É preciso que os leigos entrem na vida pública para mudar o quadro atual. A palavra política virou quase um palavrão na visão de muitas pessoas e isso afasta as pessoas boas da política. Com a graça de Deus iremos mudar o contexto atual a partir daquilo que nos pede a CNBB: Uma imediata reforma política'', sentencia o padre. 

Pe. Márcio André destaca ainda que a pastoral da cidadania quer ser um instrumento para ajudar a desenvolver uma atitude participativa da parte dos fiéis em relação a dimensão social e política.

- Diante dos desafios enfrentados na busca de uma sempre melhor qualidade de vida por parte da população cabe ao fiel católico uma atitude de militância no campo político partidário. Não mais podemos manter a condição de maioria silenciosa. A pastoral da cidadania deve levar a um despertar para o comprometimento da comunidade eclesial na luta contra a corrupção eleitoral (compra de votos), Orçamento participativo, acompanhamento dos mandatos (vereadores, deputados e senadores) e cobrança de melhoria nos serviços públicos. Todos nós somos responsáveis por um pais melhor, conclui Pe. Márcio André.

Papa cita aspectos essenciais do cristão: história e serviço

Francisco destacou que o cristão não é um homem ou mulher de laboratório, mas tem uma história com Deus; ser cristão não é uma aparência ou uma conduta social, mas um serviço



Na Missa desta quinta-feira, 30, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco se concentrou em dois aspectos que, segundo ele, são essenciais para a identidade do cristão: sua história e o serviço.

Francisco lembrou que São Paulo, São Pedro e os primeiros discípulos não anunciavam um Jesus sem história; eles anunciavam Jesus na história do povo, um povo que Deus fez caminhar por séculos para chegar à maturidade, “à plenitude dos tempos”. Deus entra na história e caminha com seu povo.

“O cristão é homem e mulher de história, porque não pertence a si mesmo, faz parte de um povo, um povo que caminha. Não se pode pensar em um egoísmo cristão, não, isso é errado. O cristão não é um homem, uma mulher espiritual de laboratório, é um homem, é uma mulher espiritual que faz parte de um povo, que tem uma história longa e continua caminhando até o retorno do Senhor”.

Embora seja revestida de graça, a história do cristão também é marcada por pecados, ressaltou o Papa. Ao longo da história, houve pecadores; São Paulo, por exemplo, antes de ser santo, foi um grande pecador. “Na nossa história devemos reconhecer que somos santos e pecadores. E a minha história pessoal, de cada um, deve reconhecer o pecado, o próprio pecado e a graça do Senhor, que está conosco, acompanhando-nos no pecado para perdoar, e acompanhando-nos na graça. Não há identidade cristã sem história”.

O segundo aspecto da identidade cristã é o serviço. Francisco lembrou que Jesus lava os pés dos discípulos convidando a fazer o mesmo: servir. “A identidade cristã é o serviço, não o egoísmo. ‘Mas padre, todos nós somos egoístas’. Ah sim? É um pecado, é um hábito do qual devemos nos distanciar. Pedir perdão, que o Senhor nos converta. Somos chamados para servir. Ser cristão não é uma aparência ou uma conduta social, não é maquiar a alma, para que seja um pouco mais bonita. Ser cristão é fazer o que Jesus fez: servir”.

Na conclusão da homilia, Francisco deixou um convite à reflexão pessoal: “No meu coração o que eu faço mais? Faço-me servir pelos outros, uso os outros, uso a comunidade, a paróquia, a minha família, os meus amigos, ou sirvo, e estou servindo?”.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Uma experiência com o Bom Pastor

Se tem algo que define o Bom Pastor é o amor

Neste dias de acampamento ‘Curados para amar’, a nossa disposição é perceber como Deus vai manifestando o seu amor em nossas vidas.

Quem já assistiu um filme mais de duas vezes? A primeira vez que assistimos um filme, ficamos tão ansiosos para ver o final que deixamos passar algumas partes do filme. Na segunda vez, como você já sabe o final, você repara que tem outros detalhes que não tinha visto da primeira vez. O interessante é que a Igreja é fantástica. Nós já sabemos o final da história de Nosso Senhor: Ele está vivo! Jesus Ressuscitou! Então a Igreja nos pede para a voltar a história e rever a paixão, mas sabendo do final. Quem é de missa diária, sabe que vivemos de semana da Paixão à missa da Vigília Pascal.

Nos Atos dos Apóstolos vai mostrar como o Espírito conduz a Igreja nascente. Hoje, de modo particular, eu começo um questionamento: estamos no Tempo Pascal? Então para que este domingo do Bom Pastor? Não poderia ser no Tempo Comum? O segundo domingo foi o domingo da Festa da Misericórdia, e hoje do Bom Pastor, mas porquê?

Existe várias chaves de leitura importantíssimas, a partir da aparição de Nosso Senhor. É tão forte a Ressurreição de Jesus que a Igreja celebra a oitava da Páscoa. O sentido das aparições é para que os discípulos sejam confirmados na fé. Nós precisamos também ser confirmados na fé. Devemos repensar e crer no Ressuscitado. Todo o tempo da Páscoa é para isso. Ninguém será missionário e evangelizador, se não fazer a experiência com O Ressuscitado. Por isso, a Igreja estende cinquenta dias da Páscoa para que possamos fazer esta experiência.

Qual é a pior fase do noivos para a casar, e dos seminarista para ser padre? É tomar a decisão! Quando tomamos a decisão, as coisas andam. O mesmo é na evangelização. O mais difícil é você convercer-se que Jesus está vivo. Por que você acha que Jesus precisou aparecer tantas vezes? Jesus primeiro apareceu para a Maria Madalena na madrugada, depois para os discípulos de Emaús e depois para os apóstolos, por último para Tomé. Jesus fez tudo isto, para confirmá-los na fé! Jesus é paciente e não tem pressa conosco.

Hoje, O Ressuscitado e Vitorioso, está dizendo para mim e para você: “Eu sou Bom Pastor!”. Jesus diz que conhece as suas ovelhas, Ele não tem “preguiça”, mas tem paciência com as nossas dúvidas. Nas aparições de Nosso Senhor, Jesus não só aparece para os apóstolos, mas tem um apóstolo, Tomé, que não presenciou a sua experiência por algum motivo. E Jesus é caprichoso, por que Ele se importou com Tomé que não estava. O Senhor não diz no Evangelho: Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?(Lucas 15, 4). Jesus apareceu ainda para Tomé que não acreditava. Como que Ele disse: “Tomé, se você precisa, pode tocar!

E Jesus hoje diz para você: “Meu filho, minha filha se hoje você tem dificuldade? Você tem dúvidas de que Eu posso restaurar e libertar? O que você precisa para ter certeza? Quer tocar nas Minha chagas? Então toque! Se isso é preciso para você ter fé, venha, Eu estou aqui!”.

Jesus vem de encontro a nossa fraqueza por amor e por ser o Bom Pastor. Ele cura as nossas feridas. E o bonito, que é pôs ressurreição. Aquele que cuida das ovelhas, Vivo está! Deixa Jesus te ajudar! Deixa Ele chegar na sua vida lhe dizer: “Eu te ajudo!”.

O que hoje te impede de tocar Jesus? Para Tomé era muito claro, ele tinha que ver para crer! Para Pedro, Jesus curou o remorso. Você precisa resolver a sua questão com Jesus! Jesus é o Bom Pastor, que não só foi atrás de São Tomé, mas daquele que desistiu antes de hora, Judas. Eu acredito que Jesus iria perdoar Judas. Mas penso que Judas não confio na misericórdia do Senhor.

Pedro disse: “Senhor se for preciso eu morro por você!”. Eu olho para a pessoa de Pedro e vejo Jesus dizendo: “Pedro eu não vou te cobrar!”. Jesus até jantou com Pedro. Pedro carregava uma frustração tremenda. E hoje, este Evangelho mostra que Jesus conhece as suas ovelhas. Jesus sabia que Pedro estava necessitado d’Ele e precisava da Sua presença. É o Senhor que sempre toma a iniciativa. No fundo, Jesus sabia que Pedro O amava. Ele sabia do coração de Pedro. Mas Ele precisava fazer Pedro redescobrir este amor. Jesus nos conhece. Ele é o Bom Pastor que vem ao encontro do que precisamos.

Não peça pouco para Deus, por que ele não economiza graça. O Bom Pastor foi porque Pedro necessitava sentir-se amado por Jesus. O Cristo vai aonde nós precisamos e nos pergunta: “Você me ama?”. Jesus diz para você: “Eu sei das tuas fragilidades, das tuas incoerências”, e Ele te pergunta: “Mas, você me ama?”. Jesus perguntou a Pedro: “Simão, tu me amas?”. Quantas vezes eu chego na adoração e digo para Jesus: Senhor tu sabes tudo. Quando vou presidir a missa e recordo-me que sou persona christi , vejo a minha pequenez e o mistério de Deus.

Toda a comparação é limitada. Às vezes, você está diante do Santíssimo e as coisas evidenciam. Tem momentos que você vai á missa e nada te toca. Mas em outras momentos, você depara-se com sua pequenez diante de Deus. Pentecoste logo está ai, e Jesus vai a cada um atendendo as suas crises. Os discípulos de Emaús , Jesus caminha com eles. O que você precisa mais para saber que o Senhor te ama? O que ainda você precisa deixar para entregar-se ao Senhor? Se tem algo que define o Bom Pastor, é o amor.

Hoje, o Papa Francisco ordenou dezenove sacerdotes, e ele dizia: “Cristo é pastor verdadeiro, pois ao oferecer livremente a própria vida, realiza o modelo mais alto de amor pelo rebanho”.

O meu desejo é que você perceba que talvez, ainda não experimentou o amor de Deus. A dinâmica de Jesus é uma dinâmica de resgate. É de não contentar-se com os salvos, mas ir ao encontro daqueles ainda que não foram resgatados.

CNBB e a vida do povo

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) conclui nesta sexta-feira, 24 de abril, sua 53ª Assembleia Geral, que reuniu temas de grande relevância para a vida da Igreja Católica na tarefa missionária de anunciar, a todos, o Evangelho de Jesus Cristo. Durante a Assembleia, a CNBB - força da Igreja Católica de reconhecida credibilidade a serviço do povo brasileiro - elegeu a sua nova presidência para o quadriênio 2015-2018. Um competente corpo de presidentes de comissões episcopais levará adiante projetos e programas de evangelização. Os trabalhos serão desenvolvidos com o apoio de assessorias eficientes, em diálogo permanente com os segmentos diversos da sociedade. Em cooperação, busca-se construir uma sociedade mais justa e solidária.



Especialmente nesse tempo de Assembleia, compartilhamos ricas experiências e reforçamos o compromisso de sempre buscar o diálogo, a inovação interna e, permanentemente, caminhar com o povo, particularmente ao lado dos mais pobres. Deste modo, investimos para ser sempre uma “Igreja em saída”, conforme orienta o Papa Francisco. Essas importantes metas estão desenhadas pelo horizonte das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, aprovadas durante a Assembleia. As Diretrizes orientam o caminhar da Igreja na realidade sociocultural diversificada da sociedade brasileira. As definições de projetos, programas e planos de pastoral, em cada lugar do país com a presença da Igreja, têm nestas Diretrizes ricos parâmetros e efetivas linhas de ação.

Ao definir seus planejamentos, a Igreja está consciente de que para além de aspectos técnicos, são fundamentais o testemunho e a disponibilidade para o encontro. Como diz o Papa Francisco, é imprescindível a coragem de ser uma Igreja “acidentada” e, até, “enlameada”, jamais autocentrada. No horizonte desse desafio, a Assembleia Geral da CNBB analisou a complexidade da realidade social e política que interpela a fé cristã a dar a sua indispensável contribuição. Por isso, foi incluído um segundo passo no Projeto Pensando o Brasil, criado em 2014 no contexto das eleições. A Igreja Católica olha, com preocupação e apreensão, a realidade da desigualdade social no país. Os avanços e conquistas alcançados até hoje não são suficientes para apaziguar o coração de cada cidadão brasileiro. É uma situação grave e a sociedade brasileira será julgada pelo modo como trata os mais pobres.

O tratamento equivocado imposto aos mais pobres traz consequências lamentáveis como a perda da indispensável humanização. Certo é que não se pode acostumar e acomodar-se com as situações de desigualdades e injustiças sociais. A Igreja sabe que a fé vivida e testemunhada tem força para remover esses espectros desoladores do contexto social. A paz verdadeira só se efetivará quando a cidadania e a fé impulsionarem novas posturas, sensíveis ao clamor dos pobres, que respeitem o direito dos povos. Daí nascerá a paz verdadeira. A condição humana e o exercício da cidadania precisam ser reconfigurados por meio de densa espiritualidade e mística fecunda. Por isso, os bispos do Brasil aprofundaram o estudo e o planejamento de ações determinantes no âmbito da fé vivida e testemunhada.

O grande dom da fé é o tesouro da Igreja, com as riquezas inesgotáveis de conceitos e conteúdos, particularmente presentes na Palavra de Deus e na Tradição. Esse tesouro desafia permanentemente a Igreja a revitalizar suas instituições, dinâmicas e funcionamentos, para se alcançar novas respostas. Nesta perspectiva, a Liturgia é o sustentáculo da ação evangelizadora. A Igreja, quando transmite a fé, ajuda a humanidade a abrir-se ao amor inesgotável de Deus, fonte da sabedoria necessária para reequilibrar a vida e encontrar as saídas urgentes para as crises em curso na sociedade.

A vivência dessa tarefa tem como horizonte inspirador e esperançoso a convocação feita pelo Papa Francisco ao anunciar a celebração do Ano da Misericórdia. Um momento especial, promovido pela Igreja, que interpela a sociedade a compreender e a viver mais intensamente o amor de Deus. Será um jubileu, tempo de graça, de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. A sociedade, pelo testemunho e anúncio da Igreja, precisa conhecer mais Jesus Cristo, o rosto misericordioso de Deus, a misericórdia encarnada. Vivenciar, de modo profundo, a espiritualidade do perdão, da justiça e da misericórdia pode ser contraponto à vigente cultura hedonista e materialista que retarda avanços. A sociedade precisa de qualificação que não é meramente técnica. A misericórdia é um saber vivencial e experiencial imprescindível.

De modo coerente com essa perspectiva, a CNBB renovou em sua Assembleia Geral o compromisso de trabalhar para construir uma sociedade mais justa e solidária, sem medo dos desafios e pronta a dialogar com o pluralismo de ideias. Assim, está decidida a inovar-se para anunciar com autenticidade o Evangelho, sempre a serviço da vida do povo.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Dom Sérgio da Rocha é o novo presidente da CNBB

Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha vai comandar a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil


Logo na primeira votação, com 215 votos, Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília (DF), foi eleito o novo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta segunda-feira, 20.

“Meu agradecimento, meu sentimento de ação de graças a Deus porque tudo é dom e graça de Deus, embora seja uma tarefa muito exigente, mas é sinal da sua misericórdia”. Estas foram as primeiras palavras do novo presidente da CNBB, Dom Sérgio.

Ele também agradeceu ao episcopado brasileiro pelos votos, que considerou como sinais de bondade e confiança. Destacou que o presidente da Conferência Episcopal não governa sozinho, mas conta com apoio dos conselhos de pastoral e permanente, assim como, com a própria Assembleia Geral.

Dom Sérgio disse ainda que, como “servidor da CNBB”, pretende colocar em prática o que vem sendo decidido pela Conferência, inclusive na 53ª AG. “Farei o máximo que posso, mas é claro que confio acima de tudo na graça de Deus e conto com o apoio dos nossos bispos que acabaram de dar essa demonstração bonita de apoio fraterno, mas também de bondade imensa e de confiança em Deus”, disse Dom Sérgio.

E completou: “a Igreja no Brasil é conduzida por Deus. O presidente da CNBB, assim como as outras funções, é apenas servidor da Igreja procurando fazer o melhor possível aquilo que a própria Conferência Episcopal solicitar”.

Biografia 
Dom Sergio da Rocha nasceu na cidade de Matão (Dobrada/SP), em 17 de outubro de 1959, filho de Rubens (+ 2000) e Aparecida Veronezi da Rocha. Foi ordenado diácono na Igreja de Santa Cruz de Matão (SP), em 18 de agosto de 1984, e presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão (SP), Diocese de São Carlos, em 14 de dezembro de 1984.

Ele é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e doutor também em Teologia Moral pela Academia Alfonsiana, da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma, desde 1997. A formação de Dom Sergio o permitiu assumir a função de presidente da Comissão Episcopal para Doutrina da Fé da CNBB.

Agora, aos 54 anos de idade, Dom Sergio é o 11º bispo a assumir a Conferência. Como presidente, ele tem a missão de manter a comunhão com a Santa Sé e as Igrejas particulares do Brasil, o diálogo e a cooperação apostólica com as demais Conferências Episcopais e a responsabilidade patrimonial e financeira da CNBB.

De padre a arcebispo
Como seminarista, Dom Sergio estudou filosofia no Seminário de São Carlos e teologia na Pontifícia Universidade de Campinas, ambos em São Paulo. A ordenação veio em 14 de dezembro de 1984, dia de São João da Cruz, na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão, na diocese de São Carlos, também em São Paulo.

A nomeação como bispo veio pelas mãos de São João Paulo II, em 13 de junho de 2001. A sagração aconteceu em 11 de agosto do mesmo ano. Na ocasião, Dom Sergio escolheu como lema Omnia in Caritate – Tudo na caridade – inspirado na primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1 Cor 16,14).

A missão de epíscopo começou na Arquidiocese de Fortaleza (CE), como bispo auxiliar, e titular da Alba (Itália). Em 31 de janeiro de 2007 foi designado por Bento XVI como arcebispo coadjuntor da Arquidiocese de Teresina (PI), iniciando os trabalhos em 30 de março. Pouco tempo depois, em 3 de setembro de 2008, se tornou bispo metropolitano da mesma Arquidiocese.

Arquidiocese de Brasília
Brasília recebeu Dom Sergio como arcebispo metropolitano em 6 de agosto de 2011. A nomeação foi feita por Bento XVI, em 15 de junho do mesmo ano. Na missa de posse, realizada na Catedral Nossa Senhora Aparecida, Dom Sergio sublinhou a necessidade de construir uma Igreja missionária:

“Queridos irmão e irmãs, vivemos um tempo privilegiado, especial de renovação missionária da Igreja animada pelo espírito de Deus, motivada especialmente pelo Santo Padre, pela Conferência de Aparecida, pelas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). Nós queremos ser igreja missionária conforme afirma o Documento de Aparecida: ‘Não podemos ficar tranquilos à espera passiva em nossos templos, mas é urgente ir a todas as direções, necessitamos sair ao encontro das pessoas’, nas comunidades, para lhes comunicar e compartilhar o dom do encontro com Jesus. O mandato de Jesus missionário continua a ecoar e se renova na vida desta Igreja de Brasília’”

Com o auxílio de quatro bispos auxiliares, as principais atividades de Dom Sergio em quase quatro anos à frente da Arquidiocese de Brasília foram:

- Visitas pastorais missionárias em cada um dos 15 setores territoriais da Igreja local

- Elaboração do Diretório Pastoral dos Sacramentos

- Reconhecimento pelo Ministério da Educação da Faculdade de Teologia da Arquidiocese (Fateo)

- Implantação da Pastoral do Povo de Rua

- Realização da V Assembleia Arquidiocesana de Pastoral, que elaborou o Plano Arquidiocesano de Pastoral, inspirado nas Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil da CNBB.

Em missa, Dom Odilo destaca Concílio Vaticano II como tarefa atual da Igreja

O arcebispo de São Paulo e presidente do regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu a missa desta terça-feira, 21, em ação de graças aos 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II. A celebração eucarística foi concelebrada pelo arcebispo emérito da Paraíba, dom José Maria Pires, e pelo bispo emérito de Iguatu (CE), dom José Mauro Santiago, que foram padres conciliares.

Na homilia, cardeal Odilo Scherer recordou os mártires dos dias atuais ao lembrar o exemplo de Estevão. “Com palavras fortes, Estevão chamou à fé aqueles que não queriam crer em Jesus Cristo diante de todos os sinais da ressurreição. Os mártires de hoje proclamam, diante de tanto sofrimento, a mesma fé de Estevão”, disse.

Ao falar sobre o Concilio Vaticano II, o arcebispo de São Paulo ressaltou que este foi o maior acontecimento eclesial do século XX. “Celebramos hoje, em ação de graças pelo Concílio. Quantos frutos produziu”, acrescentou.

Para dom Odilo, o Concílio não deve ser lembrado como um fato do passado, como se fosse um momento histórico que vai se distanciando. “Permanece como uma tarefa sempre atual. É nossa constante tarefa acolher, assimilar, interpretar de maneira criativa o Concílio diante da nova realidade cinquenta anos depois. Não estivemos lá, mas somos herdeiros do Concílio e de sua tarefa confiada à Igreja”, afirmou.

“Somos nós os herdeiros desta bênção”, falou referindo-se ao encerramento das comemorações dos 50 anos do Concílio. “Peçamos ao Espírito Santo que nos ilumine e nos fortaleça para manter viva a esperança que o Concílio trouxe. Que saibamos suscitar abundantes frutos para a vida da Igreja e do mundo”, concluiu.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Catequese: Qual a importância da ação de graças após a Comunhão?

A Igreja nos ensina que após receber a Sagrada Hóstia, Presença real de Jesus: corpo, sangue, alma e divindade; Ele está substancialmente presente em nós até que nosso organismo consuma as espécies do trigo; isto pode levar cerca de 15 minutos. Depois disso, Jesus passa a estar em nossa alma pela ação do Espírito Santo e de Sua graça.

O grande São Pedro Julião Eymard, em seu livro FLORES DA EUCARISTIA (Ed. Palavra Viva, Sede Santos!, Distribuidora Loyola, pgs 131-135), nos ensina a importância da Ação de Graças. Transcrevo aqui alguns de seus ensinamentos para a sua meditação:

“O momento mais solene de vossa vida é o da Ação de Graças, em que possuis o Rei da Terra de do Céu, vosso Salvador e Juiz, disposto a vos conceder tudo o que Lhe pedirdes”.

“A Ação de Graças é de imprescindível necessidade, a fim de evitar que a Santa Comunhão degenere num simples hábito piedoso.”

“Nosso Senhor permanece pouco tempo em nossos corações, após a Santa Comunhão, porém os efeitos de Sua Presença se prolongam. As santas espécies são como que um invólucro, o qual se rompe e desaparece para que o remédio produza seus salutares efeitos no organismo. A alma se torna então como um vaso que recebeu um perfume precioso.”

“Consagrai à Ação de Graças meia hora se for possível, ou, pelo menos, um rigoroso quarto de hora (15 minutos). Dareis prova de não ter coração e de não saber apreciar devidamente o que é a Comunhão, se, após haver recebido Nosso Senhor, nada sentísseis e não Lhe soubésseis agradecer.”

“Deixai, se quiserdes, que a Santa Hóstia permaneça um momento sobre a vossa língua a fim de que Jesus, verdade e santidade, a purifique e santifique. Introduza-a depois em vosso peito, no trono do vosso coração, e, adorando em silêncio, começai a Ação de Graças” (pg. 131).

“Adorai Jesus sobre o trono de vosso coração, apoiando-vos sobre o Dele, ardente de amor. Exaltai-Lhe o poder… proclamai-o Senhor vosso, confessai–vos ser feliz servo, disposto a tudo para Lhe dar prazer.”


“Agradecei-Lhe a honra que vos fez, o amor que vos testemunhou, e o muito que vos deu nesta Comunhão! Louvai a Sua bondade e o seu amor para convosco, que sois tão pobre, tão imperfeito, tão infiel! Convidai os anjos, os santos, a Imaculada Mãe de Deus para louvá-Lo e agradecer-Lhe por vós. Uni-vos às ações de graças amantes e perfeitas da Santíssima Virgem.”

“Agradeçamos por meio de Maria, pois quando um filho pequeno recebe alguma coisa cabe à mãe agradecer por ele. A Ação de Graças identificada com a de Maria Santíssima será perfeita e bem aceita pelo Coração de Jesus.”

“Na Ação de Graças de Comunhão, chorai os vossos pecados aos pés de Jesus com Madalena (Jo 12,3), prometei-lhe fidelidade e amor, fazei-Lhe o sacrifício de vossas ações desregradas, de vossa tibieza, de vossa indolência em empreender o que vos custa. Pedi-Lhe a graça de não mais O ofender, professar-Lhe que preferis a morte ao pecado.”

“Pedi tudo o que quiserdes; é o momento da graça, e Jesus está disposto a vos dar o próprio Reino. É um prazer que Lhe proporcionamos, oferecer-Lhe ocasião de distribuir seus benefícios.”

“Pedi-lhe o reinado da santidade em vós, em vossos irmãos, e que a sua caridade abrase todos os corações.”

Na Ação de Graças podemos e devemos orar pela Igreja, pelas necessidades, intenções e saúde do Papa e de nossos bispos, sacerdotes, diáconos, consagrados, coordenadores de comunidades, missionários, catequistas, vocações sacerdotais e religiosas, etc.

É o momento privilegiado para pedir a Jesus, pelo Seu Sacrifício, o sufrágio das almas do Purgatório (dizendo-Lhe os nomes), de pedir por cada pessoa de nossa família e de todos os que se recomendaram às nossas orações e por todos aqueles por quem somos mais obrigados a rezar. E supliquemos a Jesus todas as graças necessárias para podermos cumprir bem a missão que Ele nos deu nesse mundo, seja familiar, profissional ou apostólica. É também o momento de nossa cura interior, pelo Sangue de Jesus.

Não nos esqueçamos nunca do que Ele disse: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira” (Jo 15, 1-6). É melhor não Comungar do que Comungar mal.

Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 16 de abril de 2015

CNBB:Bispos abordam Eleições, Diretrizes e Reforma Política

O arcebispo de Campo Grande (MS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Dimas Lara Barbosa, acolheu os jornalistas que farão a cobertura da 53ª Assembleia Geral (AG) CNBB, nesta quarta-feira, 15, durante entrevista coletiva. Na ocasião, dom Dimas, que também é porta-voz da Assembleia, lembrou as palavras do papa Francisco ao dizer que o bom jornalismo se nutre de uma "sincera paixão pelo comum e pela verdade". 

Participaram da coletiva o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler; o arcebispo de Vitória da Conquista (BA), dom Luís Gonzaga Pepeu; e o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Mol.

Na oportunidade, dom Jaime falou sobre a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). “A cada quatro anos a Assembleia é convidada a rever as Diretrizes. Ano passado, foi manifestado, com relação às Diretrizes em vigor, o desejo de haver apenas uma atualização que considerasse o magistério mais recente da Igreja, do papa Francisco, e principalmente da Evangelii Gaudium”, recordou. As Diretrizes são tema central desta edição da AG.

Eleições
Os detalhes do processo eleitoral, outro aspecto importante desta Assembleia, que é eletiva, foi abordado por dom Luís Gonzaga Pepeu. O arcebispo de Vitória da Conquista explicou explicou que em meio a assuntos importantes como o Ano da Paz, o Ano da Vida Consagrada e os 50 anos do encerramento do Concílio Vaticano II, ocorrem também as eleições para a Presidência e as doze comissões da CNBB.

De acordo com dom Pepeu, as eleições devem ter início na próxima segunda-feira, 20, quando atingido o quórum de dois terços dos votos. “Todos os eleitos são para o serviço, assim como trabalha a Campanha da Fraternidade 2015, com o lema ‘Eu vim para servir’. Se eleito, o bispo é questionado se aceita esse serviço”, afirmou.

São eleitores e também candidatos à presidência e vice-presidência todos os bispos diocesanos, enquanto os bispos auxiliares e coadjutores podem disputar apenas a vaga de secretário geral. Caso os primeiros dois escrutínios não alcancem os dois terços necessários, o terceiro escrutínio pode decidir por maioria absoluta. Se a maioria absoluta também não for alcançada, o quarto e quinto escrutínios elegem os dois mais votados.

Reforma Política
O bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e presidente da Comissão para o Acompanhamento da Reforma Política, dom Joaquim Mol, ressaltou o importante papel da imprensa na formação e esclarecimento da sociedade civil. Em seguida, falou sobre a necessidade imediata da reforma política. “Temos frequentemente assistido manifestações das quais não constam na pauta a reforma política. É uma pena, pois só por meio dela podemos melhorar o quadro político do país, eliminando a corrupção, a barganha, e outras práticas ruins da política, responsáveis por deixar grande parte da população na miséria”, afirmou.

“É claro que a reforma política não resolve tudo, diante do grave quadro em que se encontra a política do país. Mas ela é um passo necessário e indispensável”, disse dom Mol. Em seguida, o bispo ressaltou que a Conferência não é filiada a nenhum partido político, mas integrante da sociedade civil organizada, e que tem o compromisso de contribuir para que o Brasil seja um país melhor.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

1º de abril: um dia para falar a verdade

O folclórico dia da mentira tem sua origem na confusão de um calendário


O fato ocorreu por volta do século XV, quando o então rei da França Carlos IX decretou o início do ano corrente como 1º de janeiro, seguindo o calendário gregoriano.

Alguns camponeses e povoados mais distantes do rei não acreditaram no decreto e continuaram a celebrar o início do ano em 1º de abril. Isso fez com que passassem a ser ridicularizados pelo restante da população com brincadeiras de notícias mentirosas. Essas “peças” passaram a fazer parte da celebração do dia 1º de abril que, ao longo do tempo, tomou conta de toda a França e do mundo, ora com o nome de “dia da mentira”, ora como o dia dos tolos.

Hoje, o dia da mentira é tido como uma brincadeira. Com a globalização, a data ganhou destaque em importantes meios de comunicação e, com o advento da internet, agências de notícias famosas fizeram circular notícias bizarras como forma de celebração desse dia.

Brincadeiras e folclore à parte, a verdade é que mentira pode provocar consequências desastrosas para um país, para uma família, uma empresa, uma pessoa. Como dizia Gandhi: “assim como uma gota de veneno compromete um balde inteiro, também a mentira, por menor que seja, estraga toda a nossa vida.”

No Brasil, por exemplo, sofremos há anos as consequências da falta de transparência de nossos governantes. A mentira está a serviço da corrupção, que é a maior vilã de nossa sociedade. Os princípios que regem a mentira, o juízo falso de valores e o engano proposital são os geradores de grande parte das mazelas sociais que os brasileiros já testemunharam. A impunidade, a violência, principalmente nas cidades de porte médio, antes locais seguros, só têm crescido na última década, ao mesmo tempo em que os investimentos na saúde pública são ainda desproporcionais à demanda, e a educação não é vista como prioridade para o desenvolvimento do país.

A nossa sociedade está sofrendo também as consequências do abandono e do esquecimento da verdade e dos valores cristãos. No dia da mentira, é verdade que não temos mais tempo para nossos filhos, é verdade que não nos reunimos em família, não temos tempo para ir à Igreja, é verdade também que a dignidade e o direito mais básico, o de viver, já não faz tanto sentido. De fato, temos aqui muitos motivos para, neste 1º de abril, lamentar as consequências da mentira em nossa vida.

Mesmo que no dia 1º de abril contemos alguma mentira para não deixar passar em branco essa “brincadeira”, a verdade é que temos sede de sinceridade, queremos a confiança, queremos reciprocidade, queremos nos manifestar tal como somos, pois não aguentamos por muito tempo a dissimulação, a falsidade e a corrupção. Algo dentro de nós grita pelo verdadeiro e autêntico. No fundo, todo homem anseia viver em comunidade para partilhar a verdade e a justiça.

Jesus disse: “E conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará (João 8, 32). Aprendamos que só a verdade nos torna pessoas livres, o bem mais precioso para o homem. É na liberdade que começa e termina todos os nossos caminhos, ela é a pérola do nosso querer.

No dia da mentira, precisamos redescobrir a nossa vocação de testemunhar e comunicar a verdade. Não suportamos mais o que o Papa Bento XVI classificou como a “ditadura do relativismo”, queremos mesmo é a liberdade que vem pela verdade. Vivemos tempos de desconfiança e opressão pela mentira, ora lá, ora cá, perguntamo-nos se não estamos sendo enganados, pois quem sabe nos acostumamos com o falso…

No dia da mentira só me resta dizer: Brasil, lute pela verdade!

Semana Santa: Clame pelo Sangue de Jesus

Aqueles que clamam pelo Sangue de Jesus têm a vitória sobre si


Em Êxodo, Deus deu ordens claras para a salvação de Seu povo. Ele mandou sinais e castigos, conhecidos como “pragas do Egito”. Apesar de tudo isso, o coração do Faraó não “amoleceu”. Por fim, o Senhor disse que teria de exterminar todos os primogênitos do Egito, mas não queria que nenhum dos filhos de Seu povo fosse exterminado. Por isso, mandou que se imolassem um cordeiro, a fim de que o sangue dele fosse passado na porta das casas daquele povo.

““O cordeiro, ou cabrito, será sem mácula, um macho de um ano, que tomareis das ovelhas ou das cabras. E o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o sacrificará à tarde. E tomarão do sangue, e pô-lo-ão em ambas as ombreiras, e na verga da porta, nas casas em que o comerem. E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito.” (Êxodo 12,5-8-13).

O verbo “imolar” significa “matar”. Foi assim que o Senhor mandou fazer. Ele queria que o povo escolhesse um cordeiro sem mancha, sem nenhum defeito, para ser imolado e todo seu sangue derramado.

Hoje, nosso Cordeiro é Jesus, e o Sangue d’Ele foi todo derramado por nós. Precisamos passar o Sangue de Jesus em nossas portas, casas e, principalmente, em nosso coração, para que o anjo exterminador não entre. Foi assim que aconteceu na leitura: o exterminador passou pelas casas que haviam sido marcadas pelo sangue do cordeiro, mas não atingiu aqueles que nelas moravam, pois obedeceram ao Senhor.

Neste tempo de misericórdia, Deus está dando a graça de uma segunda conversão àqueles que já Lhe pertenceram, mas que, por mil razões, acabaram deixando sua fé esfriar. O mais importante é marcarmos a nossa porta com o Sangue do Cordeiro. Jesus quer derramar sobre nós o Seu Sangue, e nós precisamos saber do poder que isso tem. O demônio tem medo do Sangue de Jesus, por isso se afasta de nós, assim como o anjo exterminador.

Precisamos ser marcados por esse Sangue. É um direito nosso! O inimigo não pode tocar em nossa saúde e nos trazer doenças. Ele não tem o direito de tocar em nosso casamento nem em nossos filhos. Se ele tem feito isso, é porque nós temos sido bobos. O inimigo é como um cachorro. Se você deixá-lo fazer o que quiser, ele entrará em sua casa, subirá no colo das pessoas e no sofá.

Buscamos favores com o demônio quando vamos a adivinhos e benzedeiras, quando aceitamos convites para ir a centros espíritas ou buscamos casamentos e empregos com pessoas que “leem a sorte” nos búzios. Em muitos lugares, chama-se o demônio de “cão”, porque ele é, realmente, como um cão quando nós não usamos de autoridade com ele.

Uma vez batizados, Jesus já derramou sobre nós o Seu Sangue. Somos uma nova criatura. Jesus já nos libertou das garras do demônio, da escravidão. Mas nós, muitas vezes, não usamos os nossos direitos e deixamos o inimigo fazer um estrago em nosso casamento. A princípio, muitos acham normal o marido “perder a cabeça” e trair a esposa, mas ele foi pecador, foi infiel. E quem esteve no meio de tudo isso foi o inimigo. No entanto, ele não tem o direito de pôr a mão no nosso casamento. É verdade ou não que damos muita “entrada” para ele?

Se você passou anos no relaxamento, deixando o “cachorro” entrar e fazer o que quisesse na sua vida, pode, agora, mandá-lo embora. Você pode e precisa assumir o Sangue de Jesus sobre você, sobre a sua vida e seu casamento!

A Palavra de Deus diz que se um dos cônjuges for santo, acabará santificando o outro. Peça a misericórdia do Senhor e assuma a autoridade d’Ele no seu casamento, na sua casa. O Senhor quer libertar você do inimigo, Ele quer lhe dar a graça da confissão, da simplicidade no seu casamento. Se você se arrependeu dos erros que cometeu, faça um ato de contrição e peça perdão do fundo do seu coração.

Em nome de Jesus, que os espíritos imundos não tenham mais nenhuma autoridade sobre a vida dos casados nem retornem mais à casa deles, porque Jesus é o Senhor na Terra e no inferno!

Homens e mulheres, por amor a Deus e por amor a sua família, sejam “faxineiros”, façam uma limpeza na sua vida. Se vocês erraram, arrependam-se! Não admitam sujeira no leito conjugal.
Reze:

Eu renuncio a satanás, às coisas que o diabo acabou me ensinando. Eu me arrependo das coisas que fiz e Lhe peço perdão, Senhor. Eu aceito o Sangue de Jesus na minha vida e na minha casa. Amém.