segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

7 atos de fé para ficar em sintonia com o Ano Jubilar Mariano

O Ano Jubilar Mariano teve início no dia 12 de outubro de 2016 e segue até o dia 12 de outubro de 2017. 


A celebração do Ano Jubilar Mariano inaugurado em outubro de 2016 deu início a um tempo de conversão e renovação da fé do povo brasileiro.

Para bem viver este grandioso momento, listamos 7 atos de fé já presentes na devoção do povo brasileiro e alguns que fazem parte da programação desse Ano Jubilar. Algumas ações podem ser reavivadas para que a espiritualidade mariana ganhe ainda mais sentido e favoreça um maior comprometimento com o Reino de Deus.

A consagração é um ato voluntário e consiste na entrega total de si a Maria. É um ato de fé e comprometimento. Não se resume apenas a rezar uma oração, é muito mais que do que isso. A consagração enriquece a vida espiritual e move o cristão em direção a uma fé libertadora. Quando nos consagramos devemos manifestar o nosso sincero desejo de vivenciar uma fé comprometida com a espiritualidade de Maria, que está diretamente associada à mensagem de seu Filho Jesus.

A Consagração a Nossa Senhora Aparecida ganhou repercussão nacional na voz do Padre Vítor Coelho de Almeida, a partir da década de 50. Com ele e depois com os demais Missionários Redentoristas, especialmente por meio da Rádio Aparecida, esta oração chegou a todos os devotos brasileiros. Ao ler a consagração novamente, reflita como tem vivenciado a sua fé em Maria.

Passados 300 anos, a história da Mãe Aparecida ainda é desconhecida de um grande número de fiéis. Não se trata apenas do fato de sabermos quem é Nossa Senhora Aparecida ou sobre o seu Santuário, mas de um profundo conhecimento sobre essa história de fé e devoção. Quanto mais aprofundarmos no conhecimento da história da Mãe Aparecida, mais a amaremos e seguiremos os seus passos em direção ao seu Filho Jesus.

Ao celebrarmos esse Ano Jubilar, todos somos convidados a crescer no conhecimento dessa devoção que já foi tão contada e recontada por escritores de todo o Brasil e até do exterior. 

Em cada celebração, em cada momento de oração, o Santuário Nacional convida os devotos a rezar a Oração Jubilar preparada especialmente para essa ocasião. É uma oração singela e que possui grande significado.

Inclua em suas orações diárias ou semanais esta oração. Recomendamos imprimi-la e deixar em um lugar acessível para não se esquecer de render graças a Deus por todas as graças recebidas nesses 300 anos de Aparecida. 

O Terço é a oração mariana mais completa. Ao contemplar os mistérios da vida de Cristo junto com a Virgem Maria, como ela, nos compadecemos dos sofrimentos de Cristo e nos alegramos com a Boa Notícia enviada por Deus. No Ano Jubilar Mariano além de privilegiar os momentos de oração pessoal também podem ser motivados encontros de oração do terço em família e na comunidade, recordando sempre a proposta do Jubileu Tricentenário. 

De janeiro a setembro, o Santuário Nacional realiza todo dia 12 de cada mês, a Cerimônia de Coroação de Nossa Senhora Aparecida, às 10h. Essa Novena deseja preparar cada devoto da Mãe Aparecida para o grande mês de outubro. A Novena pode ser acompanhada pela TV Aparecida ao VIVO ou depois no canal do Youtube da emissora.

Durante a cerimônia, no Santuário Nacional, cada devoto recebe um cartão com a Imagem de Nossa Senhora e uma coroa adesiva para imitar esse singelo gesto da Coroação de forma pessoal. Também os colaboradores da Família Campanha dos Devotos podem acompanhar a Coroação pelo Guia Oracional da Revista de Aparecida e coroar Nossa Senhora de suas casas, de forma simbólica e participativa para celebrar o Jubileu dos 300 anos.

Entre as diversas formas de piedade popular destaca-se a romaria. A peregrinação a um lugar considerado santo por uma devoção que ali nasceu ou mesmo por aparições de Nossa Senhora mobiliza milhares de devotos em todo o mundo. A caminhada em direção a um santuário está muitas vezes relacionada ao cumprimento de uma promessa e antes ainda para pedir a intercessão diante de uma situação de necessidade. O Santuário Nacional recebe 19 mil ex-votos por mês, sendo que no mês de outubro, esse número chega a 30 mil.

No Ano Jubilar Mariano essa manifestação da piedade popular pode ser realizada ao Santuário Nacional ou ainda a igrejas dedicadas à Nossa Senhora Aparecida. O mais importante é que essa peregrinação seja fruto de uma fé verdadeira e amparada no desejo de imitar as virtudes da Virgem Maria

O Papa Francisco possibilitou aos devotos da Mãe Aparecida lucrar indulgências plenárias durante o Ano Jubilar Mariano. As indulgências podem ser obtidas a partir da peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida ou qualquer igreja paroquial do Brasil dedicada à padroeira do país.

A Igreja ensina que a indulgência é "remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada". Os fiéis brasileiros poderão alcançar a indulgência plenária durante o Ano Jubilar sob as seguintes condições habituais: confissão sacramental, comunhão eucarística e rezar na intenção do Santo Padre, o Papa.

Que ao vivenciar e seguir devotamente esses 7 atos de fé, encontre-se com uma fé mais viva e mais fortalecida.

A12.com

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Como ser um instrumento do Espírito Santo?

Precisamos estar encharcados do Senhor e de Seu Santo Espírito para ser o Seu instrumento


Quando queremos tratar um ferimento, pegamos um cotonete, molhamos no remédio e o levamos à ferida. Jesus é o “remédio” que nos cura e nos traz a vida. Nós somos o “cotonete” que leva a vida para outras pessoas, mas para isso precisamos estar encharcados no remédio, que é Jesus e o Espírito Santo.

O Senhor faz de nós Seus instrumentos para levarmos vida, ressurreição e transformação radical para nossa casa e para o mundo. Acredite nisso! Problemas sempre existirão dentro de casa, mas o que não pode faltar é a alegria do Senhor; esse dom divino será a nossa força!

Cheia do Espírito Santo, a mulher se torna instrumento de vida e ressurreição para toda sua família e para tantas outras pessoas que ela nem imagina. O homem também é esse instrumento da bênção de Deus para o mundo e para sua casa. Talvez sua casa esteja no estado em que está, porque estão faltando nela a bênção e a alegria de Deus. O pai de família precisa ser o primeiro a manifestar em si a graça da ressurreição, a força do Espírito Santo e o dom da alegria.


Monsenhor Jonas Abib
Canção Nova

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A conversão de São Paulo

São Lucas, nos Atos dos Apóstolos, vai apresentar a conversão de São Paulo em três momentos: (At 9,3-19; 22,6-16; 26,12-18). Nestes textos encontramos a narração da conversão daquele que mudou não apenas o próprio nome, mas o rumo da história de sua vida. De Saulo de Tarso, tornou-se Paulo de Cristo, o grande apóstolo dos gentios.

A cidade de Tarso se encontra onde hoje é a Turquia. Era uma cidade colônia do Império Romano. Paulo era judeu descendente da tribo de Benjamim, totalmente enraizado nas tradições judaicas. Ele estudou em Jerusalém na escola de Gamaliel, foi onde conheceu a existência dos cristãos e tornou-se inimigo dos seguidores de Cristo. Tanto que fez questão de estar presente na morte de Santo Estevão, o primeiro mártir cristão.

Por achar que estava sendo fiel às tradições da lei judaica, colocou-se a serviço do império romano e recebeu autonomia para identificar, perseguir, prender e matar todos os que professavam a fé em Jesus de Nazaré. Mas como vemos no relato dos Atos dos Apóstolos, um dia a caminho de Damasco, com certeza perseguindo cristãos, Paulo tem o encontro com o Ressuscitado. A luz que o atinge faz com que ele caia por terra, e uma voz fala forte dentro de si: “Saulo, Saulo, porque me persegues?”. Neste momento ele faz uma profunda experiência de encontro com Cristo e a partir daquele momento se abre para a fé, impondo a si mesmo a missão de Anunciar o Evangelho com a própria vida: “Ai de mim se eu não pregar o Evangelho” (1Cor 9,17).

No relato da conversão de São Paulo, aparecem vários elementos que atestam seu encontro com a Pessoa do Cristo Ressuscitado. Primeiro, Paulo está caminho de Damasco e numa certa altura da viagem ele é envolvido por uma luz que o faz cai por terra. Em seguida ele ouve uma voz que o interroga e que o chama pelo nome. Paulo faz uma pergunta de quem seria a voz que ele escuta, e rapidamente vem a afirmação que é Jesus quem está falando com ele, o Cristo a quem ele perseguia. Após este diálogo entre Jesus e Paulo, segue uma ordem do Ressuscitado para que ele entre em Damasco, onde lhe será dito o que fazer, e imediatamente Paulo começa a anunciar Jesus como Filho de Deus.

Paulo, em seu bonito processo de conversão, passará da postura de perseguidor, a um fiel seguidor de Jesus e um intrépido pregador do Evangelho. Como a graça de Deus age no coração e na vida das pessoas, Paulo que antes queria destruir a mensagem de Jesus matando os que acreditavam em sua Palavra, se tornará alguém que não consegue mais viver sem proclamar em todos os momentos e para todas as pessoas o Evangelho da Salvação.

Paulo é chamado de Apóstolo das Nações, e a ele são atribuídas 13 cartas no Novo Testamento, cartas onde ele procurava animar os cristãos das comunidades nascentes, levando-os a perseverar na vivência do Evangelho e na fé em Cristo, mesmo diante das perseguições: “Quem vai nos separar do amor de Cristo?” (Rom 8,35). São Paulo vai dizer que foi alcançado por Deus (Fl 3,12), pois não existem limites para a ação do amor misericordioso de Deus no coração da pessoa. Em 1Cor 15, 8, Paulo vai afirmar: “Eu vi o Senhor”, isso mostra que em sua conversão ele experimentou o Cristo Ressuscitado, a semelhança de Madalena (Jo 20,14) e de Tomé (JO, 20-28) e de outros apóstolos que viram o Senhor.

Por isso, celebrar a Conversão de São Paulo é celebrar o chamado que Jesus faz a todos nós de, no encontro com Ele, mudar a direção da vida, fazendo do Evangelho a Palavra que ilumina todas as nossas escolhas.


A12

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Catequese: Por que preciso rezar?

Rezar é muitas vezes é a direção e tem seu valor

Uma das maiores descobertas que já fiz na vida foi saber que Deus me ama e me acolhe independente do que faço, pois Ele me ama a partir do que sou. Nesse caso, se eu rezo ou não rezo, Ele continua me amando com a mesma intensidade. No mundo, existem milhões de pessoas que nunca oraram, no entanto, não deixam de viver. Trabalham, estudam, viajam, fazem descobertas, constroem prédios, vão à praia, ao shopping e vivem naturalmente. Daí, vem a pergunta, que já ouvi várias vezes: “Por que preciso rezar?”.

A resposta pode ser dada de inúmeras formas, mas acredito que a vida diz mais que as palavras. Enquanto escrevo, recordo-me de tantos momentos nos quais, sem saber o que fazer, procurei uma direção da parte de Deus por meio da oração e fui ajudada. Certamente, você também já viveu experiências assim, e é nessas horas que percebemos o valor da oração em nossa vida.

Aproximação de Deus
Padre Kentenich, autor do livro ‘Santidade de todos os dias’, diz que, quando oramos, além de nos assemelharmos a Cristo, que é orante por excelência, e nos aproximarmos do Pai, que nos ama em Cristo, tornamo-nos também possuidores das riquezas divinas, já que a vida dos santos e cristãos piedosos confirma que os tesouros de Deus estão à disposição daqueles que rezam. Na verdade, existe algo que não podemos nos esquecer jamais: Não é Deus quem precisa de nossas orações, somos nós que precisamos de Sua graça, e esta costuma manifestar-se quando a Ele recorremos por meio da oração.

A oração também tem o poder de despertar nossos sentidos para percebermos os presentes que Deus nos dá, mas que, por uma razão ou outra, não conseguimos reconhecê-los. É que quando oramos, o Espírito Santo nos devolve a calma; assim, temos condições de ver o outro lado da história, tirando os olhos de nós mesmos e do problema em si. Aliás, essa é uma das maiores graças alcançadas pela oração. Já que quando estamos com dificuldades, naturalmente acabamos colocando o problema no centro da vida, e isso nos impede de encontrarmos solução para ele.

A oração é o socorro
Já ouvi dizer que a oração é como um grito, um pedido de socorro, mesmo que seja no silêncio, pois Deus vê o coração e não deixa quem ora sem resposta. Existe até uma história que pode ilustrar essa afirmativa:

“Conta-se que um navio, estando há vários dias no mar, havia esgotado sua reserva de água potável. O capitão não avistava margem nenhuma no horizonte, e os viajantes sentiam cada vez mais sede… Até que avistaram um barco, que navegava ao seu encontro e, aos gritos, pediram que os socorressem com água doce.

No entanto, obtiveram, também aos gritos, a resposta: ‘Ora, tirai a água do mar e bebei, não veem que é água doce?’ Experimentaram. E recolhendo a água do mar, notaram que, já havia tempo, navegavam em água doce, no imenso estuário de um rio”.

Podemos concluir que se os tripulantes do navio não pedissem ajuda, poderiam morrer de sede estando tão próximos da água doce. Em nosso caso, quando não oramos, corremos o mesmo risco. Ou seja, de estarmos bem próximos da solução, mas não conseguirmos percebê-la.

Sintonia com Deus
Por essas e outras razões, considero a oração como algo importante e, até diria, fundamental para uma vida plena. Ela nos coloca em sintonia com Deus, e esta é a maior graça que podemos almejar como cristãos. Também é verdade que, quando oramos, o brilho da vida divina, que está em nós, brota do interior, como que transfigurando nosso rosto. Não sei se você já observou que as pessoas idosas, que levaram uma vida pura e agradável a Deus, têm uma aparência sobrenatural; um exemplo claro disso é o inesquecível e saudoso João Paulo II. Pessoas santas, independente da idade que têm, às vezes nos parecem seres de um outro mundo. É que a oração nos transfigura e nos torna, aos poucos, semelhantes Àquele a quem buscamos. Portanto, apesar de saber que Deus nos ama e nos acolhe, independente de rezarmos ou não, temos muitas razões para recorrer a Ele por meio da oração.

Se, hoje, você passa por alguma situação difícil, se está atribulado e não sabe a quem recorrer, estou convidando você para rezarmos juntos. É o próprio Senhor quem nos fala: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11,28). Jesus chama para si todas as nossas dores, aflições e angústias, Ele nos dá a certeza de que, se crermos na Sua Palavra e guardarmos os Seus mandamentos, seremos libertos do mal.

Rezemos juntos
Coloquemo-nos, agora, na presença de Jesus Cristo e oremos juntos:

“Senhor Jesus Cristo, eu tomo posse do Teu amor, acolho a salvação que nos trouxeste pela Tua morte na cruz e ressurreição gloriosa. Convido-te para entrar agora na minha vida, tocar o meu coração e possuir todo o meu ser. Vem curar minhas feridas, Senhor, lava com Teu Sangue o meu coração sofrido e restaura minha esperança, minha fé e minha alegria. Eu só tenho a Ti, Senhor, e hoje Te busco de todo meu coração. Obrigada por Teu amor infinito, Senhor, obrigada por acolher a minha oração e a de tantos que rezam nesta hora. A Ti toda honra, glória e louvor para sempre!“

Você pode dar continuidade à oração. Eu também estarei orando por você.

Dijanira Silva
Canção Nova