terça-feira, 26 de agosto de 2014

A vida em Cristo exige justiça, misericórdia e fidelidade

Não deixemos de lado o espírito da fé. Não se vive a religião de Jesus Cristo sem a prática da justiça, da misericórdia e da fidelidade.


“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho, e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade” (Mateus 23, 23).

Jesus continua o Seu embate e, ao mesmo tempo, o ensinamento sobre o perigo da vida farisaica, que está voltada a observar as práticas externas da Lei de Deus e, contudo, deixa de lado o essencial da Lei Divina. Vejam, os fariseus pagam direitinho o dízimo e fazem questão de realzar tudo na medida, tirar cada medida certa e mostrar para os homens que cumprem com seus deveres e suas obrigações. Mas o essencial eles não vivem: não colocam em prática a justiça. Justiça no sentido de sermos justos uns com os outros, de sabermos reconhecer os valores e as necessidades dos mais pobres, dos mais sofridos, dos injustiçados. Fazer justiça quer dizer reparar os erros, não permitir que a injustiça prevaleça, nem reine, nem triunfe em nenhum lugar.

“Vós não praticais a misericórdia”; a misericórdia vem como o coração da Lei Divina, a misericórdia é o resumo, a essência, do coração de Deus, que conhece nossas misérias e nossas fragilidades. E movido por compaixão, o Senhor não nos trata conforme as nossas faltas, mas sim conforme o Seu amor infinito e conforme a Sua bondade. O Senhor nos molda segundo o Seu coração misericordioso. Quem experiencia em sua vida a misericórdia divina sabe ter misericórdia para com o seu próximo.

“Vós deixais de lado a fidelidade”; a fidelidade ao coração de Deus, fidelidade à Lei de Deus e ao amor de Deus. Ser fiel quer dizer ser comprometido com a vida, com o coração; ser fiel significa estar aplicado, mesmo que erre, a reparar seus próprios erros.

Sabem, meus irmãos, Deus hoje nos chama a conhecermos o Seu coração bondoso e a não vivermos uma religião de fachada; uma religião em que nos preocupamos com as atitudes externas. Não! Se nós rezamos, se nós participamos das coisas da Igreja, dessa ou daquela pastoral ou grupo, não deixemos de lado o espírito da fé, não deixemos de lado, de modo nenhum, o espírito que move a nossa fé. Não se vive a religião de Jesus Cristo sem a prática da justiça, da misericórdia e da fidelidade.

Deus abençoe você!

sábado, 23 de agosto de 2014

Dicas para escolher a profissão ideal

A escolha da profissão ideal exige autoconhecimento, tempo e pesquisa


Chega um momento importante na vida das pessoas em que elas precisam escolher uma profissão. E a pergunta que surge para os jovens é: “Estou preparado para saber o que eu quero ser para o resto da minha vida?”.

Normalmente, nossos jovens não estão preparados para responder essa pergunta, mas podemos ajudá-los nesta escolha difícil, sem tentar realizar os sonhos dos pais nos filhos. A resposta para a segunda parte da pergunta é que nossas escolhas de hoje não são para sempre; podemos, na vida profissional, realizar pós-graduações e mestrados e reposicionar a carreira inicial escolhida. Existem algumas dicas que podem ajudar esses jovens a tomar uma decisão correta.

Comece pensando quais atividades ou hobbies você gosta de realizar, a tendência é fazer aquilo de que goste e que lhe dê prazer. O autoconhecimento é fundamental nessa hora.

Para isso é preciso fazer um SWOT, ou seja, um diagnóstico de cenários internos e externos. Para estabelecer o cenário interno, o caminho é um levantamento de qualidades e defeitos pessoais para conhecer suas forças e seus desafios. O autoconhecimento das potencialidades e das dificuldades individuais ajuda o estudante a alinhar o que gosta com as suas habilidades.

Definir o cenário externo começa com o conhecimento das profissões do momento, mas pensando a longo prazo. Conhecer as profissões é possível com orientações de profissionais da área comportamental e dos que atuam no mercado escolhido.

É preciso analisar a profissão desejada, buscar possibilidades acadêmicas e profissionais, conhecer as competências exigidas pelas organizações. Cuidado com a pressa! Faça isso ao longo do tempo e não às vésperas de um vestibular. Outro lembrete: não deixe as pessoas e as situações influenciarem sua escolha, pois quem vai atuar na profissão é você, portanto a escolha é sua. A leitura correta do cenário externo ajuda a delimitar melhor as escolhas e facilitar as decisões.

Com o diagnóstico do SWOT em mãos, é momento de planejar a carreira, definir o que vai ser feito com métodos, prazos e responsabilidades; então, finalmente, colocar em ação o plano estabelecido.

O vestibular é uma etapa deste plano que deve ser o coroamento de todo o estudo realizado anteriormente; portanto, o sucesso começa com 1% de inspiração e 99% de transpiração na busca de seus objetivos.

Se houver dúvidas entre o que gosta e o que tem habilidade de fazer, a orientação é que faça faculdade das duas opções mais viáveis; com o tempo, acontecerá o amadurecimento da escolha. Toda escolha tem ônus e bônus, e, às vezes, uma carreira rentável exige uma vida intensa de trabalho; outras serão menos rentáveis, porém oferecem melhor qualidade de vida. Qual bônus para você é mais importante?

Outra etapa importante são os estágios para testar se as escolhas foram corretas, pois todo plano precisa de adequações ao longo da execução. Colocar o conhecimento adquirido em ação permite testar habilidades, facilita a análise e a escolha.

Na etapa profissional, é válido lembrar que uma carreira não termina com a entrada num emprego ou com a abertura de um negócio; é apenas o fechamento de um ciclo e o início de outro. Portanto, invista tempo no levantamento e na análise de informações, pois elas ajudarão no balizamento da escolha de sua profissão.

Sete conselhos do Papa Francisco para as famílias

Papa Francisco, em seus discursos e mensagens no Twitter, deixa sete conselhos para as famílias

1 – Diálogo entre mãe e filhos
O espírito de amor que reina numa família guia tanto a mãe quanto o filho nos seus diálogos, nos quais se ensina e aprende, se corrige e valoriza o que é bom.

2 – Não dormir sem se reconciliar
Não acabeis o dia sem fazer as pazes. A paz se faz, de novo, a cada dia em família. Um “desculpe-me” e assim se recomeça. “Com licença”, “obrigado” e “desculpe-me”! Podemos dizê-los juntos? Pratiquemos essas três palavras em família, perdoando-se a cada dia!

3 – Trocai afetos entre si
“A família é o lugar onde nós recebemos o nome, é o lugar dos afetos, o espaço de intimidade onde se aprende a arte do diálogo e da comunicação interpessoal”.

4 – Visitar os santuários e locais de peregrinação
«Caminhar juntos para os santuários e participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador». Não coarctemos nem pretendamos controlar essa força missionária.

5 – Ler juntos o Evangelho
“Seria maravilhoso rezar juntos em família o terço. A oração faz com que a vida familiar torne-se ainda mais sólida.” Twitter de 6 de maio de 2013

“Uma família iluminada pelo Evangelho é uma escola de vida cristã. Nela se aprende fidelidade, paciência e sacrifício.” Twitter 10 de maio de 2014

6- Cultivar relações sadias
Conscientes de que o amor familiar enobrece tudo o que o homem faz e lhe dá um valor agregado, é importante incentivar as famílias a cultivarem relações sadias entre seus membros, como dizer uns aos outros “perdão”, obrigada”, “por favor” e dirigir-se a Deus com o belo nome de Pai.

7- Esposos cristãos, testemunhem seu matrimônio
Por um ato de amor livre e fiel, os esposos cristãos testemunham que o matrimônio, por ser sacramento, é a base onde se funda a família e faz mais sólida a união dos cônjuges e sua entrega recíproca.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Chamado à santidade: nossa primeira vocação

O Pai nos escolheu e nos predestinou a sermos seus filhos adotivos por meio de Jesus Cristo. Deus queria ter muitos filhos, por isso nos predestinou quando ainda nem existíamos. É isso que nos afirma a Palavra de Deus:

"Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: Ele nos abençoou com toda a bênção espiritual nos céus, em Cristo. Ele nos escolheu nele antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. Ele nos predestinou a ser para ele filhos adotivos por Jesus Cristo, assim o quis a sua benevolência para o louvor da sua glória, e da graça com que nos cumulou em seu bem-amado" (Ef 1,3-6).

Essa é uma verdade de fé revelada pela Escritura. Deus nos escolheu antes da fundação do mundo. Ele queria ter muitos filhos, por isso nos predestinou a sermos Seus filhos adotivos em Jesus Cristo. Por meio de Jesus nos tornamos filhos de Deus: "Ele nos escolheu antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis sob Seu olhar, no amor".

Uma vez que somos filhos, somos também herdeiros. A herança de Jesus é a nossa herança. Fomos escolhidos, predestinados ainda antes da fundação do mundo para sermos herdeiros de céus novos e uma terra nova.

Esse é o nosso primeiro chamado, nossa primeira vocação: "Nele, ainda, ouvistes a palavra da verdade, o Evangelho que vos salva. Nele, ainda, crestes e fostes marcados com o sinete do Espírito prometido, o Espírito Santo, adiantamento da nossa herança até a libertação final em que dela tomaremos posse, para o louvor da sua glória" (Ef 1, 13-14).

Cada um de nós tem um lugar único, e somos convocados a ocupar nosso lugar. O Senhor virá para implantar o Seu Reino e somos escolhidos para fazer parte dele.

Assuma essa escolha: Sou escolhido por graça de Deus. Sou um eleito do Pai não por merecimento, mas por pura graça.

O Senhor nos escolheu antes da criação do mundo para participarmos desse Reino que Jesus virá implantar. Somos escolhidos. Não podemos faltar. Precisamos conquistar esse Reino e garantir o nosso lugar. O Senhor nos dá essa certeza: existe um lugar em céus novos e uma terra nova que nos pertence. Por isso Ele derramou sobre nós o Seu Espírito Santo. Essa é a garantia que Ele mesmo nos dá.

Não podemos perder o nosso lugar. O Senhor nos quer santos e irrepreensíveis. Ele quer trabalhar em nós, colocar a Sua santidade e a Sua perfeição em nós, Ele quer fazer de nós Sua obra-prima.


Antes da criação do mundo já fomos escolhidos, predestinados a ter o nosso lugar e sermos herdeiros do Reino que o Senhor virá implantar. Deus nos escolheu, por isso enviou o Seu Filho e nos salvou pelo Sangue que Ele derramou na cruz.
Deus nos predestinou e nos marcou com o sinete do Seu Espírito Santo. Sinete é uma peça de metal que, colocada no fogo, torna-se ferro em brasa e é aplicado no couro do animal para marcá-lo. Fomos marcados com o sinete do Espírito, e não há como retirar essa marca. Somos herdeiros do Reino de Deus e co-herdeiros de Cristo.

Somos chamados à santidade. Todos, sem exceção. É esse o nosso primeiro chamado. Essa é a primeira vocação de todo batizado.

Devemos consagrar nossa família à Virgem Maria

Nossa Senhora é Mãe da Igreja e de cada um de nós. Ela recebeu de Jesus aos pés da Cruz, cada cristão como filho. Mas, sobretudo ela é mãe protetora das famílias, pois cuidou da Sagrada família de Nazaré.

Ninguém como a Virgem Maria sabe consolar as mães sofredoras, as mulheres abandonadas e traídas, os pais angustiados com os problemas de seus filhos.

A Igreja ensina que a família é a célula vital da sociedade, desejada e idealizada por Deus para ser o “Santuário da Vida”, como disse João Paulo II; mas hoje a família está imensamente ameaçada por um conjunto de práticas imorais que contrariam a vontade e a lei de Deus: aborto, eutanásia, drogas, bebidas, manipulação de embriões humanos, casamento de pessoas do mesmo sexo, falsas famílias, divórcio, uniões sem matrimônio, “amor livre”, e muitos outros males. Quem salvará a família de tantas misérias e tristezas? A Virgem Maria.

Mais do que nunca hoje os pais precisam, diariamente, consagrar-se a Maria; bem como consagrar seus filhos, seu casamento, seu trabalho, seu lar. São muitas as misérias que hoje entram no lar trazendo o pecado, os maus comportamentos, os vícios, a pornografia, etc. Maria é Aquela que, desde os primórdios, recebeu de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás. Ela é a consoladora dos aflitos, auxiliadora dos cristãos, advogada nossa.

O lar precisa urgentemente ser protegido por Aquela que Deus escolheu para sua Mãe. Cada família cristã precisa hoje rezar o sagrado Terço de Nossa Senhora contemplando com devoção os sagrados mistérios da vida de Jesus. “Família que reza unida permanece unida”; é o antigo ensinamento da Igreja. O Terço de Nossa Senhora é a corrente com a qual ela prende o espírito do mal que quer destruir as famílias.

O Papa Leão XIII disse na encíclica “Magnae Dei Matris” (8 de dezembro de 1892): “Maria, muito melhor que qualquer outra mãe, conhece e vê os socorros de que necessitamos para viver, os perigos públicos e particulares que nos ameaçam, as angústias e males que nos oprimem, e, sobretudo, a luta encarniçada que havemos de sustentar com os inimigos da salvação. Nestas e noutras dificuldades da vida, melhor do que ninguém, pode ela generosamente e deseja ardentemente proporcionar a seus filhos queridos consolação, força e toda espécie de auxílios”.

O Concílio Vaticano II quando falou da maternidade espiritual de Maria, disse: “Por sua maternal caridade cuida dos irmãos de seu Filho, que peregrinam rodeados de perigos e dificuldades, até que sejam conduzidos à feliz pátria (LG, n. 61).

Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, em seu clássico “Glórias de Maria”, afirma: “Deus quer que pelas mãos de Maria nos cheguem todas as graças… A ninguém isso pareça contrário à sã teologia. Pois Santo Agostinho, autor dessa proposição, estabelece como sentença, geralmente aceita, que Maria tem cooperado por sua caridade para o nascimento espiritual de todos os membros da Igreja”.

Muitos santos falaram dessa mediação de Maria junto a Deus. São Bernardo, doutor da Igreja, assim diz: “Tal é a vontade de Deus que quis que tenhamos tudo por Maria. Se, portanto, temos alguma esperança, alguma graça, algum dom salutar, saibamos que isto nos vem por suas mãos”.

São Bernardino de Sena, disse: “Todos os dons virtudes e graças do Espírito Santo são distribuídos pelas mãos de Maria, a quem ela quer, quando quer, como quer, e quanto quer”. São Boaventura (1218-1274), bispo e doutor da Igreja, ensinou que: “Deus depositou a plenitude de todo o bem em Maria, para que nisto conhecêssemos que tudo que temos de esperança, graça e salvação, dela deriva até nós”.

São Roberto Belarmino (1542-1621), bispo e doutor da Igreja, nos ensinou que: “Todos os dons, todas as graças espirituais que por Cristo, como cabeça, descem para o corpo, passam por Maria que é como o colo desse corpo místico”.

Há muitas maneiras da família se consagrar a Nossa Senhora e viver debaixo de sua proteção. São Luiz de Montfort, no seu “Tratado da verdadeira devoção a Virgem Maria”, nos ensina a “fazer tudo por Maria, com Maria, em Maria e para Maria”.

A família consagrada a Maria não deixa de rezar o Terço, de imitar suas virtudes, de implorar sua proteção, de celebrar suas festas litúrgicas, de cultuar suas imagens e de cumprir o que ela pediu: “Fazei tudo que Ele vos disser”.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Vocações: Dar sentido ao mundo

Significação das coisas
Vocação: Conhecer mais o Senhor e viver
para os necessitados.
No mês de agosto refletimos sobre as vocações. Um dos temas é a vocação religiosa na vivência dos votos de pobreza, castidade e obediência. Somente sendo pobres é que os religiosos podem abrir o coração (castidade) e se colocarem a serviço (obediência). Trata-se de sair de si para conhecer mais o Senhor e viver para os necessitados.

A razão de ser religioso, entre outras, é ser testemunhas para o povo de Deus das realidades futuras, de modo particular para os leigos. Leigo não é aquele que não entende do assunto, mas o que não faz parte do clero ou dos consagrados.

Ser testemunha é viver já agora o que se espera. Se não faz isso, não se cumpre a missão. Na história da espiritualidade aconteceu que eclesiásticos e religiosos passaram a ser o modelo acabado de santidade.

Os leigos eram considerados de nível espiritual inferior. Com isso que era difícil a vida de santidade no mundo. Não é ser religioso ou padre que santifica, mas a opção pelo Evangelho. Temos que compreender que os leigos são cristãos de primeira categoria.

O Concílio acentuou a santidade do povo de Deus. Há um modo próprio de os leigos viverem a santidade. Vivem a pobreza quando não transformam a riqueza como sua única preocupação, mas enriquecem os outros praticando a caridade, colocando suas capacidades para que os bens do mundo se desenvolvam e todos sejam beneficiados.

Nem muito ricos, nem muito pobres. Os bens se multiplicarão na medida em que foram partilhados. A pobreza dos leigos é santificar o mundo. Santificar não é jogar água benta, mas conduzir as realidades o bem da vida de todos. Deste modo os leigos participam da obra criadora de Deus: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e dominai-a” (Gn 1,28). Dominar significa conquistar para todos e para a glória de Deus.

Condutores do universo
Falar de pobreza, não quer dizer por a mão no bolso, mas sim, por as mãos na grande consagração do universo e em sua destinação primeira que é, como nos ensina Jesus, estar a serviço.

O mundo é o altar de Deus onde se sacrificam as vítimas espirituais. Este sacerdócio é exercido através das boas obras. Paulo ensina: “Exorto-vos a que ofereçais vossos corpos como hóstia viva, santa e agradável a Deus: este é o vosso culto espiritual” (Rm 12,1).

O corpo, nossa carne, está unido a toda a criação. O texto de Paulo sobre a libertação do universo (Rm 8,20-22) ensina que o ser humano é o sacerdote que conduz o mundo à união a Deus. Todas as coisas participam da função de dar glória a Deus. O pão e o vinho são natureza criada e se transformam, pelo Espírito, no Corpo e sangue de Cristo. No desapego dos bens, conduzimos tudo à redenção. A pobreza do Cristo o fez Redentor.

Em nome de Deus
No mistério da pobreza que é a ação de Deus que nos une a Cristo pobre, agimos em nome de Deus Pai, pois nos confiou este universo. Podemos pensar que somos um nada e o mundo é imenso. Como ousamos exercer essa função? Para Deus não existe nada pequeno nem grande. Deus se manifestou na pequenez de Cristo.

A missão de conduzir o mundo a Deus só existe quando nos fazemos pequenos e despojados, mesmo tendo bens. Por mais que resolvamos todos os males da pobreza social, a pobreza mística continua sendo a vida de todo o homem e mulher. É preciso ser rico com a pobreza de Cristo que redimiu o universo.

Esta é nossa rica missão: ser pobres para Deus. A santidade é aberta a todos. Todos podem ser santos, cada um na sua condição, diz Santo Afonso.