domingo, 24 de janeiro de 2016

Assembleia Paroquial realizada neste sábado (23)

Com o objetivo de planejar o ano de 2016, em relação a agenda e diretrizes, a Paróquia São Francisco de Paula realizou na manhã deste sábado (24), a Assembleia Paroquial. O encontro que reuniu cerca de 60 representantes de comunidades, inclusive da Matriz — cada comunidade deveria ser representada por um tesoureiro, um representante da juventude e outro da Pastoral do Batismo —  começou com café da manhã e depois seguiu com duas palestras, uma sobre o Ano da Misericórdia e outra a Pastoral do Batismo. Padre Lucas, em sua fala, ressaltou a precaução que a Igreja tem, sobretudo em anos eleitorais, de não servir como meio de promoção de candidatos. Ele também citou a campanha "10 Medidas contra a Corrupção", uma parceria entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Ministério Público Federal (MPF).

Logo após o café da manhã, realizado através de partilha, os representantes das comunidades dos quatro setores (São Francisco de Paula - Dom Bosco - São Pio - Santa Terezinha), em que a Paróquia é dividida, participaram da palestra "Ano da Misericórdia", ministrada pelo coordenador Diocesano de Pastoral, Pe. Gilmar dos Prazeres Silva. O sacerdote destacou que a Misericórdia deve ser uma meta na vida dos cristãos.

Posteriormente, Padre Lucas salientou que, as comunidades, ao longo deste ano, devem dar prioridade, mais do que nunca, a parte religiosa das festas de seus respectivos padroeiros, uma vez que, segundo ele, candidatos podem usar a imagem da Igreja para tentarem se promover.

— Não podemos nos deixar levar pela questão politiqueira. É um perigo! Nós não vamos fazer isso! — enfatizou.

Nosso pároco também relembrou aos presentes que, todo ofício, a ser entregue na Prefeitura, antes deve passar pela Secretaria Paroquial para ser assinado por ele. Quanto a Pastoral do Batismo, o sacerdote informou que cada setor da Paróquia recebeu um sacramentário. Ele disse ainda que, cada comunidade, onde são realizados batizados, já devem providenciar o Círio Pascal.

As coordenadoras da Pastoral do Batismo, Nilma e Elma, informaram que o primeiro encontro de formação e aprofundamento para os agentes da pastoral vai acontecer na Matriz, no dia cinco de Março das 13h as 16h.

Campanha "10 medidas contra a corrupção"

O Bispo Diocesano, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz, em seu artigo publicado no site da CNBB, em novembro do ano passado, disse que essas "10 medidas contra a corrupção acrescentadas a ficha limpa, proibição de financiamento empresarial e doações anônimas nas campanhas eleitorais infligirá uma pesada derrota nos vampiros da corrupção".

Ele destacou ainda que, "trata-se de criminalizar o enriquecimento ilícito dos agentes públicos, defendendo não só os direitos dos réus mas das vitimas e do interesse público. Mais quer se gerar uma cultura de prevenção e transparência, protegendo as fontes de informação".

Nosso bispo concluiu o artigo dizendo que, "só assim desencorajaremos os canalhas que debocham do povo roubam o patrimônio público e inviabilizam o exercício dos direitos sociais. Cidadania é questão de vigilância, controle e defesa dos bens públicos tendo tolerância zero com a corrupção".

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Papa Francisco: não há santo sem passado nem pecador sem futuro

Deus não fica nas aparências, mas vê o coração, afirmou o Papa Francisco na Missa desta terça-feira, 19, na Casa Santa Marta. O Santo Padre destacou que também na vida dos santos há tentações e pecados, como demonstra a própria vida de Davi, mas jamais se pode usar Deus para vencer uma causa própria.

A homilia teve como fio condutor a Primeira Leitura do dia, que narra a eleição do jovem Davi como rei de Israel. O Senhor rejeita Saul porque tinha o coração fechado, não havia obedecido ao Senhor e pensa, portanto, em escolher outro rei. Uma escolha distante dos critérios humanos, já que Davi era o menor dos filhos de Jessé, um rapaz. Mas o Senhor faz o profeta Samuel entender que, para Ele, não conta a aparência, pois Deus vê o coração.

“Nós somos tantas vezes escravos das aparências, escravos das coisas que aparecem e nos deixamos levar por essas coisas: ‘Mas isso parece …’ Mas o Senhor sabe a verdade. É assim esta história. Passam os sete filhos de Jessé e o Senhor não escolhe ninguém, os deixa passar. Samuel se encontra um pouco em dificuldade e diz ao Pai: ‘’A este tampouco o Senhor escolheu’?’ ‘Estão aqui todos os teus filhos?’ ‘’Resta ainda o mais novo, que está apascentando as ovelhas’’. Aos olhos dos homens, este jovem não contava”.

Davi: santo e pecador
Francisco explicou que, embora não contasse para os homens, Davi foi o escolhido de Deus, que ordenou a Samuel ungi-lo. A partir daquele dia, toda a vida de Davi foi a de um homem ungido pelo Senhor, mas Deus não o fez santo. O Rei Davi, explicou o Papa, é o santo Rei Davi, isso é verdade, mas santo depois de uma longa vida, também marcada por pecados.

“Santo e pecador. Um homem que soube unir o Reino, soube levar adiante o povo de Israel. Mas tinha as suas tentações… tinha seus pecados: foi também um assassino. Para encobrir sua luxúria, o pecado de adultério, mandou… comandou que matassem. Ele! ‘Mas o santo Rei Davi matou?’ Mas quando Deus enviou o profeta Natã para que visse esta realidade, porque ele não tinha se dado conta da barbárie que havia ordenado, reconheceu: ‘pequei’. E pediu perdão”.

Assim, a vida de Davi seguiu adiante. Sofreu na carne a traição do filho, mas nunca usou Deus para vencer uma causa própria. Quando Davi deve fugir de Jerusalém, devolve a Arca e declara que não usará o Senhor em sua defesa. E quando era insultado, Davi, em seu coração, pensava: “eu mereço”.

Não há santo sem passado, tampouco pecador sem futuro
Depois, destacou Francisco, chega à vida de Davi a “magnanimidade”: poderia matar Saul, mas não o fez. Eis o santo rei Davi, grande pecador, mas arrependido. “Me comove a vida deste homem”, confessou o Papa, uma história que faz as pessoas pensarem em suas vidas hoje.

“Todos fomos escolhidos pelo Senhor para o Batismo, para estar no seu povo, para ser santos; fomos consagrados pelo Senhor neste caminho da santidade. Foi lendo esta vida, de um menino – aliás, não um menino, um rapaz – de um rapaz a um idoso, que fez tantas coisas boas e outras nem tanto, que me ocorre que no caminho cristão, no caminho que o Senhor nos convidou a percorrer, não há nenhum santo sem passado, tampouco um pecador sem futuro”.


Canção Nova

domingo, 17 de janeiro de 2016

Papa na Sinagoga: todos pertencemos a uma única família, a família de Deus

Francisco tornou-se, na tarde deste domingo (17), o terceiro Pontífice a visitar a Sinagoga de Roma. Durante a visita ao Templo Maior, o Papa recordou a expressão cunhada por São João Paulo II que, em 1986, disse que os judeus são os "irmãos mais velhos" dos cristãos. Francisco incentivou todos os empenhados na construção do diálogo judaico-cristão a seguirem perseverantes e recordou os judeus romanos perseguidos deportados durante a invasão nazista. 

Abaixo, publicamos a íntegra do discurso de Francisco

"Caros irmãos e irmãs,

Sinto-me feliz por estar aqui, entre vocês, nesta Sinagoga. Agradeço pelas palavras cordiais do Dr. Di Segni, a senhora Durighello e o Dr. Gattegna. Agradeço a todos vocês pela calorosa recepção. Tada rabbá! Obrigado!

Na minha primeira visita a esta Sinagoga, como Bispo de Roma, desejo expressa-lhes, como também a todas as Comunidades judaicas, a saudação fraterna de paz desta e de toda a Igreja católica.

As nossas relações me interessam muito. Em Buenos Aires, eu já estava acostumado a ir às sinagogas para encontrar as comunidades lá reunidas; seguir de perto as festividades e comemorações judaicas; dar graças ao Senhor, que nos dá a vida e nos acompanha no caminho da história.

Ao longo do tempo, criou-se uma união espiritual que favoreceu o nascimento de autênticas relações de amizade, que inspirou um empenho comum. No diálogo inter-religioso é fundamental encontrar-nos, como irmãos e irmãs, diante do nosso Criador e a Ele prestar louvor; respeitar-nos e apreciar-nos mutuamente e colaborar.
No diálogo judeu-cristão há uma ligação única e peculiar em virtude das raízes judaicas do cristianismo: judeus e cristãos devem, portanto, sentir-se irmãos, unidos pelo próprio Deus e por um rico patrimônio espiritual comum (cf. Declaração Nostra aetate, 4) no qual basear-nos e continuar a construir o futuro.

Ao visitar esta Sinagoga, prossigo nas pegadas dos meus Predecessores. O Papa João Paulo II esteve aqui há trinta anos, em 13 de abril de 198; Papa Bento XVI esteve entre vocês há seis anos, agora estou aqui.

Naquela ocasião, João Paulo II cunhou a bela expressão “irmãos mais velhos”! De fato, vocês são os nossos irmãos e as nossas irmãs mais velhos na fé.Todos nós pertencemos a uma única família, a família de Deus; juntos, Ele nos acompanha e nos protege como seu Povo; juntos, como judeus e como católicos, somos chamados a assumir as nossas responsabilidades por esta cidade, dando a nossa contribuição, também espiritual, e favorecendo a resolução dos diversos problemas atuais.

Espero que aumentem, sempre mais, a proximidade espiritual e o conhecimento e estima recíprocos entre as nossas duas comunidades de fé. Por isso, é significativa a minha vinda entre vocês, precisamente hoje, 17 de janeiro, quando a Conferência Episcopal italiana celebra o “Dia do diálogo entre Católicos e Judeus”.

Comemoramos, há pouco, o 50° aniversário da Declaração Nostra aetate do Concílio Vaticano II, que tornou possível o diálogo sistemático entre a Igreja católica e o Judaísmo.

No passado dia 28 de outubro, na Praça São Pedro, pude saudar também um grande número de representantes judaicos, aos quais me expressei assim: “A verdadeira e própria transformação da relação entre Cristãos e Judeus, durante estes 50 anos, merece uma gratidão especial a Deus. A indiferença e a oposição se converteram em colaboração e em benevolência. De inimigos e estranhos, tornamo-nos amigos e irmãos”.

O Concílio, com a Declaração Nostra aetate, traçou o caminho: “sim” à descoberta das raízes judaicas do cristianismo; “não” a toda forma de antissemitismo e condenação de toda injúria, discriminação e perseguição, que disso derivam”.
Nostra aetate definiu, teologicamente, pela primeira vez e de maneira explícita, as relações da Igreja católica com o Judaísmo. Ela, naturalmente, não resolveu todas as questões teológicas que nos dizem respeito, mas fez uma referência, de modo encorajador, fornecendo um estímulo importantíssimo para ulteriores e necessárias reflexões.

A propósito, em 10 de dezembro de 2015, a Comissão para as Relações religiosas com o Judaísmo publicou um novo documento que aborda as questões teológicas, emergidas nos últimos decênios, após a DeclaraçãoNostra aetate (n. 4).

Com efeito, a dimensão teológica do diálogo judaico-católico merece ser sempre mais aprofundada. Por isso, encorajo todos aqueles que estão comprometidos com este diálogo a continuar neste caminho, com discernimento e perseverança.

Precisamente de um ponto de vista teológico, aparece claramente a indivisível ligação que une Cristãos e Judeus. Para compreender-se, os cristãos não podem não fazer referência às raízes judaicas; a Igreja, mesmo professando a salvação, mediante a fé em Cristo, reconhece a irrevocabilidade da Antiga Aliança e o amor constante e fiel de Deus por Israel.

Por mais importante que sejam as questões teológicas, não devemos perder de vista as situações difíceis, com as quais o mundo de hoje se defronta. Os conflitos, as guerras, as violências e as injustiças causam ferimentos profundos na humanidade e nos impelem a comprometer-nos pela paz e a justiça. A violência do homem contra o homem está em absoluta contradição com qualquer religião, digna deste nome e, em particular, com as três grandes Religiões monoteístas.

A vida é sagrada, como dom de Deus. O quinto mandamento do Decálogo, diz: “Não matar” (Ex 20,13). Deus, que é Deus da vida, quer sempre promovê-la e salvaguardá-la. E nós, criados à sua imagem e semelhança, devemos fazer o mesmo. Todo ser humano, como criatura de Deus, é irmão, independentemente da sua origem ou da sua pertença religiosa.

Toda pessoa deve ser vista com benevolência, como faz Deus, que estende a sua mão misericordiosa a todos, independentemente da sua fé e da sua proveniência; Ele dispensa atenção particular aos que mais precisam dele: os pobres, os enfermos, os marginalizados, os indefesos.

Lá, aonde a vida corre perigo, somos chamados, ainda mais, a promovê-la e salvaguardá-la. Quanto mais nos sentirmos ameaçados, tanto mais deveríamos confiar em Deus, que é a nossa defesa e o nosso refúgio (cf. Sal 3,4; 32,7), procurando fazer resplandecer em nós o seu rosto de paz e de esperança, sem jamais ceder ao ódio e à vingança. A violência e a morte jamais terão a última palavra diante de Deus, que é Deus do amor e da vida!

Devemos invocá-Lo com insistência, para que nos ajude a praticar - na Europa, na Terra Santa, no Oriente Médio, na África e em qualquer outra parte do mundo, - não a lógica da guerra, da violência, da morte, mas a da paz, da reconciliação, do perdão, da vida.

O povo judaico, na sua história, teve que padecer violências e perseguições, até ao extermínio dos judeus europeus, durante a Shoah. Seis milhões de pessoas, apenas por pertencerem ao povo judaico, foram vítimas da barbárie mais desumana perpetrada em nome de uma ideologia, que queria substituir Deus com o homem. Em 16 de outubro de 1943, mais de 1 mil homens, mulheres e crianças da comunidade judaica de Roma, foram deportados para Auschwitz.

Hoje, quero recordá-los de modo particular: seus sofrimentos, suas angústias, suas lágrimas nunca devem ser esquecidas. O passado deve servir de lição par o presente e o futuro. A Shoah ensina-nos que é preciso sempre máxima vigilância, para poder intervir, tempestivamente, em defesa da dignidade humana e da paz. Queria expressar a minha solidariedade a cada testemunha da Shoah que ainda vive; saúdo, de modo particular, aqueles que hoje estão presentes aqui.

Queridos irmãos mais velhos, devemos realmente ser gratos por tudo o que foi possível realizar nos últimos cinquenta anos, porque aumentaram e aprofundaram a compreensão recíproca e a mútua confiança e amizade.

Peçamos juntos ao Senhor, a fim de que conduza o nosso caminho rumo a um futuro bom e melhor. Deus tem para nós projetos de salvação, como diz o profeta Jeremias: “Conheço meus projetos sobre vocês – oráculo do Senhor -: são projetos de felicidade e não de sofrimento, para dar-lhes um futuro e uma esperança” (Jer 29,11).

Que o Senhor nos abençoe e nos guarde. Faça resplandecer sobre nós a sua face e nos dê a sua graça. Que o Senhor volva o seu rosto para nós e nos dê a paz (Num 6,24-26).

Shalom alechem!"

Catequese: Ao iniciarmos o Tempo Comum, vivemos a dinâmica da morte e ressurreição de Jesus

Meus queridos irmãos, retomamos a caminhada da Igreja no Tempo Comum!

O centro do ano litúrgico é a Páscoa, quando celebramos a Ressurreição de Jesus Cristo. Nesse tempo litúrgico, configuramo-nos a Cristo, por isso somos chamados a fazer abstinência de carne às sextas-feiras.

O sacrifício ordinário é a abstinência de carne às sextas-feiras, um sacrifício comum. Por que a carne? Porque ela é um alimento que fica por mais tempo no estômago para ser digerido. Se eu como peixe ou ovo, ou uma lata de sardinha, eles se digerem mais facilmente, e a fome volta. Por isso, a Igreja, sabendo que aquela vontade de comer volta logo, traz-nos isso como uma forma de penitência. Então, todas as sextas-feiras, somos chamados a fazer penitência.

Precisamos nos unir a Cristo crucificado: jejuar, abstermo-nos de carne quando nos manda a Santa Mãe Igreja: todas as sextas-feiras (menos nas festas litúrgicas), na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira da Paixão.

Nessas sextas-feiras, entramos em comunhão com a Paixão de Cristo. Com Ele, somos chamados a subir ao Calvário, descer ao sepulcro e, no domingo, viver com Ele a Ressurreição. Estou dizendo que temos, todas as semanas, a dinâmica de uma Páscoa semanal, que deve modelar a nossa vida. Agora, estamos entrando no Tempo Comum, cuja dinâmica é a Morte e a Ressurreição configuradas a Cristo.

Tudo isso para chegarmos agora ao sábado, que entra na história da seguinte maneira: quando aquela pedra rolou, também rolou sobre a Igreja. Ela desapareceu da face da terra e sobreviveu com uma única pessoa: A Virgem Maria. Quando chegou o domingo de manhã, ninguém acreditava na Ressurreição. Jesus já havia explicado e dito tudo aos discípulos sobre a Ressurreição, que não era uma parábola como muitos achavam. Ele anunciou que iria ressuscitar.

Durante a Paixão, 11 discípulos fugiram, permanecendo apenas João, Maria e as mulheres. Mas no sábado permaneceu apenas Maria. Como a fé deles poderia ter falhado? Com a morte de Jesus, a fé de muitos morreu, pois eles não acreditavam que o Senhor iria ressuscitar.

Quando João entrou no túmulo vazio, a Palavra nos diz: “Ele viu e acreditou. Mas houve uma pessoa que não foi ao túmulo, porque sabia que Jesus não estava lá. Porque procurais entre os mortos Aquele que está vivo?”.

Maria ficou no sábado aguardando a Ressurreição de Seu Filho, na fé. “Bem-aventurada aquela que acreditou”. Ela é bendita, porque teve uma fé inabalável. Não há nenhuma pessoa humana que tenha tido um ato de fé maior que a Virgem Maria. Ela foi a criatura humana mais perfeita, que seguiu seu Filho com toda fé.

A Igreja foi reduzida, no sábado, à pessoa de Maria. Por isso, todas as semanas, temos a nossa Páscoa semanal: na sexta-feira, a Paixão; no sábado, com Virgem Maria; e domingo a Ressurreição.

São Luiz Maria Monfort nos diz: “Pode uma Mãe parir a cabeça e não gerar o corpo?!”. Se ela é Mãe da cabeça, também o é da Igreja. No Sábado Santo, ela foi a semente de mostarda, a pequenina, da qual cresceu uma árvore frondosa, onde todos buscam repouso. Daquela pequena semente de mostarda, a que Maria foi reduzida no Sábado Santo, cresceu e surgiu a Igreja Santa pela fé de Maria.

Sábado dedicado a Virgem Maria

O Catecismo 675 nos ensina que, no fim dos tempos, a Igreja vai desaparecer e diminuir de tamanho, e então a Jerusalém Celeste vira do Céu. O script do fim dos tempos já está escrito, só não sabemos quando. Sei que, no fim dos tempos, haverá uma apostasia geral, haverá o anticristo, que virá como uma falsa solução messiânica, como solução para os problemas do mundo. Aparentemente, a Igreja irá desaparecer, mas ela não acabará, pois sobreviverá naqueles que são da Virgem Maria. Assim como o Sábado Santo sobreviveu na Virgem Maria, será a Igreja, no fim dos tempos, que sobreviverá nela. Por isso, segure firme nas mãos da Virgem Maria e aguente a onda, porque você precisa da fé que sobrevive em meio às provações.

A consagração a Nossa Senhora não é algo mágico. Se você não a viver com as virtudes da Virgem Maria, não vale de nada, não dá certo; e a primeira virtude dela é a fé.

Peça fé dentre as primeiras coisas quando você for rezar. Se caímos nos pecados da sexualidade, precisamos pedir mais fé.

Diga a Nossa Senhora: “Eu sou todo teu e tu és toda minha”. As virtudes de Maria são nossas quando nos consagramos a ela. Eu digo que sou dela, mas também ela é toda minha. Quando você for comungar, diga a Jesus: “Eu tenho aqui um suplemento, a fé de Sua Mãe. Jesus, o meu amor é bem pequeno quando recebo a comunhão, mas o amor de Maria é meu e, como ela vivia tudo para o Senhor, eu também quero viver, com todas as virtudes esplendorosas. Que essa Mulher seja aquela que O ama em mim”.

A Virgem Maria é belíssima, porque belas são suas virtudes e seu coração. Como é belo amar a Deus assim e ser todo d’Ele!


Canção Nova

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Papa Francisco: "A fé não se compra, é dom que muda nossa vida"

“Como é a minha fé em Jesus Cristo?”. É a pergunta formulada pelo Papa na homilia da missa matutina na Casa Santa Marta, na manhã da última sexta-feira (15). O Pontífice se baseou no Evangelho para reafirmar que para compreender realmente Jesus, não devemos ter o “coração fechado”, mas segui-lo no caminho do perdão e da humilhação. “A fé – advertiu – não pode ser comprada por ninguém; é um dom que muda nossa vida”.

As pessoas fazem de tudo para se aproximar de Jesus e não pensam nos riscos que podem correr para escutá-lo ou simplesmente tocá-lo. Foi o que sublinhou Francisco, inspirando-se no Evangelho de Marcos que narra a cura do paralítico em Cafarnaum.

Havia tanta gente na frente da casa onde estava Jesus que tiveram que tirar o teto e passar por ali a maca aonde se encontrava o doente. “Tinham fé – comentou o Papa – a mesma fé daquela senhora que, em meio à multidão, quando Jesus foi à casa de Jairo, conseguiu tocar um pedaço do manto de Jesus, para ser curada”. A mesma fé do centurião para a cura do seu servo. “A fé forte, corajosa, que vai adiante – disse Francesco – o coração aberto na fé”.

Se tivermos o coração fechado, não conseguimos entender Jesus
No episódio do paralítico, “Jesus faz um passo adiante”. Em Nazaré, no início de seu ministério, “foi à Sinagoga e disse que havia sido enviado para libertar os oprimidos, os encarcerados, para dar a vista aos cegos... inaugurar um ano de graça”, ou seja, um “ano de perdão, de aproximação ao Senhor. Abrir um caminho rumo a Deus”. Aqui, porém, dá um passo a mais: não só cura os doentes, mas perdoa seus pecados:

“Estavam ali aqueles que tinham o coração fechado, mas aceitavam – até um certo ponto – que Jesus fosse um curandeiro. Mas perdoar os pecados é demais! Este homem vai além! Não tem direito de dizer isto, porque somente Deus pode perdoar os pecados, e Jesus sabia o que eles pensavam, e diz: ‘Eu sou Deus’? Não, não o diz. ‘Por que pensam estas coisas? Porque sabem que o Filho do Homem tem o poder – é o passo avante! – de perdoar os pecados. Levanta-te, toma e cura-te’. Começa a falar aquela linguagem que, a um certo ponto, desencorajará as pessoas, inclusive alguns discípulos que o seguiam... Esta linguagem é dura, quando fala de comer o seu Corpo como caminho de salvação”.

A fé em Jesus muda realmente a nossa vida?
O Papa Francisco afirma que entendemos que Deus vem para “nos salvar das doenças”, mas antes de tudo “para nos salvar dos nossos pecados, salvar-nos e levar-nos ao Pai. Foi enviado para isto, para dar a vida para a nossa salvação. E este é o ponto mais difícil de se entender”, não somente pelos escribas. Quando Jesus se mostra com um poder maior do que o poder de um homem “para dar aquele perdão, para dar a vida, para recriar a humanidade, também os seus discípulos duvidam. E vão embora”. E Jesus, recordou, “deve pedir ao seu pequeno grupinho: ‘Também vocês querem ir embora’”.

“A fé em Jesus Cristo. Como é a minha fé em Jesus Cristo? Creio que Jesus Cristo seja Deus, o Filho de Deus? E esta fé transforma a minha vida? Faz com que no meu coração se abra este ano de graça, este ano de perdão, este ano de aproximação ao Senhor? A fé é um dom. Ninguém ‘merece’ a fé. Ninguém a pode comprar. É um dom. A ‘minha’ fé em Jesus Cristo, me leva à humilhação? Não digo à humildade: à humilhação, ao arrependimento, à oração que pede: ‘Perdoa-me, Senhor. Tu és Deus. Podes perdoar os meus pecados”.

A prova da nossa fé é a capacidade de louvar a Deus
O Senhor, é a invocação do Papa, “nos faça crescer na fé”. As pessoas, observou, “procuravam Jesus para ouvi-lo” porque ele falava “com autoridade, não como falavam os escribas”. Além disso, acrescentou, o seguia, porque ele curava, “fazia milagres!”. Mas, no final, “essas pessoas, depois de terem visto, foram embora e todos ficaram maravilhados, e glorificavam a Deus”:

“O louvor. A prova que eu creio que Jesus Cristo é Deus na minha vida, que me foi enviado para 'me perdoar', é o louvor: se eu tenho a capacidade de louvar a Deus. Louvar o Senhor. É gratuito isso. O louvor é gratuito. É um sentimento que dá o Espírito Santo e nos leva a dizer: ‘Tu és o único Deus’. Que o Senhor nos faça crescer nesta fé em Jesus Cristo Deus, que nos perdoa, que nos oferece o ano da graça, e que esta fé nos leve a louvar”.

Rádio Vaticano

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

A missão do músico no plano de salvação

O mundo tem vários meios para abalar as emoções de multidões, mas a missão do cristão como evangelizador está no que vem depois

Muito se fala sobre a missão do músico na evangelização em razão do potencial atrativo que a beleza da arte exerce sobre a sociedade sofrida. Contudo, dentro de muitas igrejas a música ainda é vista mais como forma de entretenimento e beleza do que como oportunidade de experiência com a Pessoa de Cristo. Os shows de muitos artistas seculares são cada vez mais atrativos e oferecem cada vez mais qualidade técnica e artística.

E qual é mesmo a missão real da arte?
O ser humano desenvolve ao longo da vida inúmeras barreiras emocionais para se proteger do sofrimento. Nosso consciente aprende a administrar as emoções de forma que elas fiquem contidas e sociáveis; algumas vezes, escondidas. Sentimentos como tristeza, alegria, decepção, medo, raiva, amor e amizade fazem parte de nossa intimidade, área à qual poucos têm acesso. E é aí que entram o papel e o poder da arte! A beleza gerada pela interpretação, pela música, pela dança e pelo teatro tem a capacidade de atrair, de gerar emoção e, assim, atingir nosso íntimo. E nesse ponto é importante que a apresentação seja boa tecnicamente. Se não há beleza, a mensagem se perde por não ser atrativa e erra no primeiro degrau da missão.

Para que a mensagem seja ouvida, o ouvinte tem de estar atento, tem de ser “fisgado” pelo atrativo que lhe é apresentado. E, quando isso acontece, algo fundamental ocorre: temos acesso à intimidade do outro. Assim, alguém que nunca havia partilhado o sofrimento vivido com ninguém, ao ouvir uma canção ungida, bela e emocionante chora e abre o coração.

Desse modo uma lembrança que havia sido enterrada e esquecida volta à tona e faz com que os sentimentos se aflorem. Pronto! A arte cumpriu seu primeiro papel de driblar nossas defesas emocionais e conseguir chegar ao interior dos corações com sua beleza.

No entanto, esse é só o primeiro passo. E, até esse ponto, a arte do mundo secular está muito mais avançada do que a arte cristã. Os filmes, as peças teatrais e as músicas conseguem abalar as emoções de multidões. Como cristãos, o nosso diferencial, a nossa missão verdadeira como evangelizadores, está no que vem depois. Quando as defesas dos espectadores se abaixam é chegada a hora de apresentar o Amor, a Pessoa que pode transformar todo aquele interior em uma nova realidade, mais viva, feliz, inteira, pacífica e livre.

Todo o nosso esforço técnico deve ser empregado para que tenhamos a oportunidade de chegar a esse momento e promover esse encontro. Contudo, quando aí chegamos, só podemos oferecer o que já é nosso. Só poderemos apresentar o Senhor ao outro, com profundidade, detalhes e verdade, se formos íntimos d’Ele.

A experiência de Jesus Cristo não pode ser narrada, tem que ser vivida e dividida. E essa graça é assimilada na nossa humanidade no dia a dia e pode ser partilhada com os outros por intermédio de nosso ministério. Nesse momento, não há mais somente a pregação, que também é um importante atrativo e, sim, a fé provada, vivida e testemunhada. É preciso que nosso lugar de intimidade com Deus esteja povoado por esse Amor para que os outros se convençam de que Ele é real e, desse modo, se rendam a essa experiência.

Fico feliz quando vejo um show com grande qualidade técnica e forte espiritualidade cristã. E peço a Deus que assim seja e que possamos cada vez mais crescer tecnicamente. Pois o que vai transformar o mundo é o quanto conhecemos do Filho de Deus e o quanto já permitimos que Ele se torne o centro de nossa vida, o morador permanente de nossa alma.

Por essa razão, vamos investir em nossa vida com Deus, gastar tempo com Ele, permitir que Ele entre nos locais mais escuros e escondidos de nossa alma para que saibamos mostrar o caminho àqueles que bebem de nossa arte. A nossa missão real é ser de Deus!


Roberta Castro 
Canção Nova

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Sacerdote, o procurador da misericórdia de Deus

O sacerdote, no momento da confissão, é como um procurador

Quem nunca ouviu alguém dizer: “Eu não vou me confessar com um homem, um pecador. Jamais!”. Além dessas pessoas, existem aquelas que não se confessam por vergonha; outras, porque acham que não precisam se confessar. Enfim, os motivos são muitos, mas, de todos os motivos, o mais grave, ou talvez que faça parte de todos os outros, é a falta de conhecimento.

O que você acha de conhecer a real importância da confissão?
Todo ser humano tem necessidade de compartilhar com outro algo que está vivendo, sobretudo algo complicado, um erro, por exemplo. Já percebeu que, quando você faz alguma coisa errada, sempre procura alguém e lhe pede: “Não conte para ninguém”. Então, você fala tudo para essa pessoa. Não é verdade que, muitas vezes, depois de conversar, você se sente um pouco mais leve? É mais ou menos assim que acontece com a confissão, mas com algumas vantagens.

Não precisa pedir sigilo ao padre
A primeira vantagem da confissão é que você não precisa pedir sigilo ao padre, porque este não pode falar nada a ninguém, não importa o que aconteça. Segundo: quando você fala com uma pessoa qualquer, ainda continua com uma grande culpa pesando sobre você, mas quando você se confessa com o padre, na verdade, está se confessando com Jesus.

O sacerdote é como um procurador
O sacerdote, no momento da confissão, é como um procurador. Quando alguém está doente e não pode ir ao banco nem resolver situações jurídicas, este faz uma procuração e o procurador pode agir civilmente em nome do enfermo. Assim também é o sacerdote. Não importa se a pessoa que está com a procuração tem dinheiro no banco, o que importa mesmo é se quem fez a procuração tem dinheiro no banco; e para nós quem fez a procuração foi Jesus, e Este é riquíssimo em santidade e misericórdia. Portanto, pecado confessado, com arrependimento no coração, é pecado perdoado. Além do mais, o Senhor mesmo nos disse para procurarmos os padres e a Igreja, a fim de nos confessarmos (cf. Jo 20,23).

O sacerdote não tem poder por si mesmo
Como dizia o nosso saudoso padre Léo: “Quem se confessa é absolvido, e quem não se confessa é absorvido”. Não seja absorvido pelo mal, pelo passado, pelos pecados; não espere a santidade do padre para se confessar, pois, por mais santo que ele possa ser, nunca poderá ter o poder por ele mesmo para perdoar você. O sacerdote é constituído e querido por Jesus, é o “procurador”, aquele quem tem a procuração da Misericórdia de Deus. Procure o padre, não tenha vergonha ou medo, pois a confissão é o ato por meio do qual você se acusa, mas não é acusado; expõe-se, mas não é exposto; pelas palavras, condena, mas não é condenado. Entra como réu confesso e sai absolvido pelo procurador da misericórdia do Senhor.

Canção Nova

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Padre Lucas celebra a última Santa Missa de 2015

Como forma de agradecer a Deus pelo ano de 2015, nosso pároco, padre Lucas Mendes, celebrou na noite de ontem (31), a última Santa Missa do ano, na Matriz. Além de paroquianos, a igreja estava repleta de turistas. Antes da celebração, houve adoração e benção do Santíssimo Sacramento.

Em sua homilia, o sacerdote destacou que, como João Batista, todos são convocados a Evangelizar nesse novo ano que se inicia. Ele citou o versículo 7 do capítulo primeiro do Evangelho de São João: "Ele (João Batista) veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele."

Fazendo uma reflexão sobre o ano que acabou, padre Lucas considera que, 2015 foi um ano de grande crescimento paroquial e humano. "Muitos desafios, mas todos superados e vencidos", disse.

Sobre o ano de 2016, ele espera que, "continuemos nesse crescimento e aprofundamento da Misericórdia de Deus, lembrando que estamos no ano Santo da Misericórdia".


A Pastoral da Comunicação deseja a você e sua família um 2016 repleto de bençãos da Misericórdia Divina.