sábado, 26 de julho de 2014

O valor dos avós na formação dos netos

Uma criança que respeita os avós certamente será mais consciente do seu papel como cidadão

A formação dos filhos acontece pela interação deles com a família e com a sociedade. Quantas lembranças boas temos da relação com nossos avós! As viagens para a casa deles, a comidinha gostosa, o carinho, o olhar, as histórias. Enfim, a riqueza do relacionamento com eles é significativa na vida de uma criança.

As raízes familiares são transmitidas também pelos avós, e isto é bastante válido. Todo contato é importante e também enriquece a vida deles, que já se encontram em outro momento de vida e se “revitalizam” com seus netos.

Nesta convivência, outro ponto muito importante é ensinar à criança o valor da pessoa mais velha. Num mundo “descartável”, no qual o “velho” é facilmente deixado de lado ou ridicularizado, é extremamente válido que possamos dar à criança o sentido de valor dos mais idosos, bem como o respeito que deve ser dado a eles.

Uma criança que respeita a história, o passado, as tradições certamente será mais consciente do seu papel como cidadão.
A relação entre pais e avós é, dentro do possível, bastante salutar. No entanto, as regras e os limites para a criança devem ser combinados entre eles, caso sejam os avós quem cuidarão dos netos. Assim, a educação das crianças terá regras parecidas e não haverá desentendimentos.

Quando existe uma relação conflituosa dos pais com os avós, é importante que ela seja resolvida entre eles, mas nunca com a participação da criança. Mesmo que sua visão a respeito dos avós seja comprometida, evite um posicionamento que dê essa impressão para seus filhos.

Cada família tem sua configuração, seus conflitos e entendimentos particulares. Assim, cabe a cada família avaliar quando e como seus filhos estarão com os avós. Só não vale usá-los como “cuidadores de luxo”, atendendo às necessidades dos pais e nada mais.

A troca de afetos é muito válida, porque prepara os filhos pequenos para o contato com outras pessoas no mundo. A vinda de novos netos sempre é uma comemoração e dá aos idosos o sentimento de continuação e perpetuação da família. Dá a eles o sentido de que suas histórias serão multiplicadas para outros membros da família, fato extremamente enriquecedor.

Acredito ser bastante importante que também os pais possam rever sua percepção sobre as pessoas mais velhas e sobre o relacionamento que têm com elas. A partir dos exemplos dos pais, a criança terá, de forma melhor ou pior, sua relação com os avós ou com qualquer pessoa mais velha.

A grande lição dessa experiência é que os netos são de fundamental importância na vida dos avós e que o relacionamento entre eles é extremamente importante para os adultos que estão envelhecendo e para as crianças que estão amadurecendo.

Papa Francisco almoça com trabalhadores do Vaticano em refeitório industrial

No almoço, Francisco juntou-se aos operários e na fila, escolheu o cardápio: uma dose de pescada, verduras grelhadas e um pouco de batata frita

Operários e empregados da Cidade do Vaticano tiveram a oportunidade de almoçar com o Papa Francisco na manhã desta sexta-feira, 25, no refeitório da zona industrial.

A visita foi uma surpresa ainda quando muitos empregados se preparavam para almoçar. Alguns já sentados à mesa, outros na fila como todos os dias diante dos balcões para serem servidos, viram entrar o inesperado hóspede, que chegou por volta das 12h10.

Com admiração e surpresa de todos, também o Papa Francisco se pôs na fila com o tabuleiro na mão. Pediu “fusilli in bianco”, uma dose de pescada, verduras grelhadas e um pouco de batata frita. “Não tive a coragem de lhe apresentar a conta”, confidenciou emocionada Claudia Di Giacomo, que naquele momento estava de serviço na caixa.

Imediatamente circundado pelos presentes, cujo número continuava a aumentar com o passar do tempo, o Papa Francisco apertou sorridente muitas mãos. Na mesa sentou-se ao lado de cinco armazenistas da Farmácia vaticana.

“Descrevemos-lhe o nosso trabalho, como se realiza e quantos somos. E ele falou-nos das suas origens italianas”, explicou um dos trabalhadores. Os seus colegas acrescentaram imediatamente que falaram também de futebol – o Pontífice é um torcedor do San Lorenzo de Almagro, equipe que participa do campeonato argentino – mas também de economia.

“De vez em quando houve quem se aproximou para o inevitável selfie. Máquinas fotográficas, telefones, tablets, tiraram fotos continuamente. O Papa minimamente incomodado continuou a sorrir e a comer, prosseguindo a conversa com os seus interlocutores”, relatou o serviço de informação vaticano.
No fim do almoço, por volta das 12h50, o Pontífice levantou-se da mesa e com alguns operários deixou que tirassem a clássica foto recordação num clima de grande familiaridade. Por fim, antes de se despedir, mais uma foto com o grupo do pessoal à saída do refeitório. Entrando no carro do seu ajudante de câmara, Sandro Mariotti, que o acompanhou, o Papa Francisco voltou para Santa Marta.

“A visita durou no total uns quarenta minutos. Um tempo breve, mas suficiente para conhecer outro ângulo do mundo vaticano e das pessoas que aí trabalham, depois de ter visitado, a 9 de agosto do ano passado, o centro industrial, encontrando carpinteiros, ferreiros, hidráulicos, electricistas e empregados de L’Osservatore Romano, cuja sede se encontra precisamente no minúsculo bairro industrial do Vaticano”, completa o site do Vaticano, news.va.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

JMJ no Brasil completa 1 ano: uma 'semana santa' com o Papa Francisco

A JMJ Rio2013 ocorreu no Brasil entre os dias 23 e 28 de julho. Com a presença do Papa Francisco, o evento reuniu milhões de jovens

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) completa nesta quarta-feira, 23, um ano da sua realização no Brasil. A cidade do Rio de Janeiro foi a responsável por receber os mais de 3,5 milhões de jovens, vindos de 175 países para um encontro com o Papa Francisco.

“As festas da Acolhida”
Na segunda-feira, 22 de julho de 2013, o Pontífice preferiu ingressar no país pela porta do “imenso coração” brasileiro, conforme disse em seu primeiro discurso. Pediu permissão para entrar e disse o que ofereceria aos jovens. “Não tenho ouro nem prata, mas trago o que de mais precioso me foi dado: Jesus Cristo!”, afirmou.

Imagem da Padroeira do Brasil é recebida pelo Papa, devoto de Nossa Senhora Aparecida
Em contrapartida, os jovens o acolheram na quinta-feira, 25 de julho, com uma cerimônia de boas-vindas, na Praia de Copacabana. Segundo a organização, cerca de 1,2 milhão de jovens participaram da festa.

“O Rio de Janeiro o recebe, e a todos os jovens que aqui estão e ainda virão, de braços e corações abertos. A casa é nossa! Obrigado por presidir este encontro tão aguardado pelos jovens e por todo o Brasil”, disse o arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, ao Santo Padre.

A resposta do Sucessor de Pedro à acolhida foi semelhante às palavras do Apóstolo no Monte Tabor (cf. Mt 17, 4). “É bom estar aqui juntos unidos em torno de Jesus!”, disse Francisco, que completou: “É Ele quem nos acolhe e se faz presente em meio a nós, aqui no Rio”.

Falando aos jovens que o acolhiam, Francisco usou um pouco do vocabulário brasileiro. “’Bote Cristo’ na sua vida”, exclamou o Papa em terras cariocas, onde o verbo “botar” ganha significado especial.

“‘Bote Cristo’: Ele lhe acolhe no Sacramento do perdão, para curar, com a sua misericórdia, as feridas do pecado. Não tenham medo de pedir perdão a Deus. Ele nunca se cansa de nos perdoar, como um pai que nos ama.”, reforçou o Santo Padre na Festa da Acolhida.

“A sexta-feira da Paixão”
Sexta-feira, 26 de julho. Na Igreja, dia dedicado à meditação da Paixão de Jesus. Cerca de dois milhões de jovens tomaram a orla da praia para rezar a Via Sacra e, assim, refletir sobre os passos de Cristo no Calvário.

Mas por que dedicar um dia para recordar o sofrimento de Cristo na cruz? O Papa respondeu: “Na cruz de Cristo, está todo o amor de Deus, a sua imensa misericórdia. E este é um amor em que podemos confiar, em que podemos crer.”
Francisco apontou aos jovens, a partir da Via Crucis, o caminho para a vida. “Levamos as nossas alegrias, os nossos sofrimentos, os nossos fracassos para a cruz de Cristo; encontraremos um coração aberto que nos compreende, perdoa, ama e pede para levar este mesmo amor para a nossa vida, para amar cada irmão e irmã com este mesmo amor”.

Um sábado de Vigília

Missionários representam “reconstrução” da Igreja, recordando Francisco de Assis
A “sexta-feira da Paixão” chega ao fim. O sábado desponta. Era 27 de julho de 2013, o penúltimo dia do Pontífice no Brasil. Chegara o momento da Vigília com o Papa, talvez a atividade mais esperada pelos peregrinos.

A Praia de Copacabana assumiu então a função de Campus Fidei – o Campo da Fé –, substituindo a região de Guaratiba, zona oeste do Rio de Janeiro, impossibilitada de receber o evento devido às fortes chuvas que atingiram o local nos dias anteriores.
Jovens peregrinam rumo à Praia de Copacabana para Vigília com o Papa
Em peregrinação, como é próprio das jornadas, uma multidão saiu caminhando, da Central do Brasil, passando pela Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco, Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo, Rua Lauro Sodré e chegando a Copacabana. No total, foram 9,5 km de peregrinação

No Campus Fidei, a Vigília teve início às 19h30, pontualmente. Cerca de 3,5 milhões de peregrinos acamparam à beira da praia e estavam prontos para o encontro com o Cristo, Aquele que o Papa veio trazer aos jovens.

Francisco repetiu o gesto de Jesus à beira do Mar da Galileia e, em nome Dele, lançou as redes: “o Senhor precisa de vocês”, disse o Papa à multidão. “Também hoje Ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor hoje nos chama. Não a todos e sim a cada um de vocês, individualmente. Escutem essa palavra nos seus corações, que fala a vocês”.
Após as palavras do Papa, a juventude participou de um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento. A cena foi marcante: mais de três milhões de jovens, numa das praias mais badaladas do Rio, em silêncio profundo, adorando a Jesus.

Conclui-se a adoração; o Papa despediu-se da multidão, que permanecera na praia durante toda a madrugada. Os moradores de Copacabana não foram indiferentes à cena pouco comum: durante a madrugada, foram à orla e ofereceram chocolate quente aos jovens. De fato, a praia de Copacabana passava por uma ressurreição. Algo novo acontecia naquele lugar.

Domingo: ressurreição, começo da missão
Dia 27 de julho. O dia amanhece e, possivelmente, percebe-se que chegara também o último dia de Francisco no Brasil. A hora de ser missionário se aproximava. Afinal, esta foi a proposta da JMJ Rio2013: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações! (Mateus 28,19)”.
Às 10h, iniciava-se a Missa de Envio, último Ato Central da Jornada Mundial da Juventude 2013. A organização da JMJ afirmou que 3,7 milhões de pessoas participaram da celebração.

Na homilia, seguindo a motivação do encontro, o Papa afirmou aos jovens: “A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que os caracterizam!” Neste sentido, recordou o apóstolo do Brasil, o bem-aventurado José de Anchieta, que partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos.

Em seguida, apresentou o roteiro de missão com uma pergunta provocativa: “Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem!”. “Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho!”, pediu o Santo Padre.

O Papa Francisco concluiu suas palavras reforçando aos jovens presentes na Praia de Copacabana, e a todos os outros que acompanham a Missa de Envio pelos meios de comunicação, que levar o Evangelho às pessoas é levar a força de Deus a todos os lugares.
“Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, os acompanhe sempre com a sua ternura: ‘Ide e fazei discípulos entre todas as nações’”, recordou o Sucessor de Pedro.

Além dos Atos Centrais, o evento também contou com 264 locais de catequese, em 25 idiomas. Foram 60 mil voluntários, mais de 800 artistas participantes dos Atos Centrais. Um total de 100 confessionários foram expostos na Feira Vocacional e no Largo da Carioca e 4 milhões de hóstias produzidas, 800 mil para Missa de Envio.
Com números positivos, os católicos celebram o êxito da Jornada Mundial Juventude Rio2013. Porém, após um ano da maior festa jovem da Igreja, os olhos do mundo estão voltado para os horizontes da Polônia onde, daqui a dois anos, será celebrada a próxima JMJ, em Cracóvia, terra de João Paulo II, criador das Jornadas.

Deus quer curar nossas feridas

“Deus nos convida a andarmos por lindos bosques e permanecermos na alegria”


O passar do tempo deixa em nós diversas marcas. Algumas são positivas, como a concretização de metas; outras, negativas, como ter o rótulo de “fracassado” pela sociedade individualista em que vivemos. Todos esses fatos podem acarretar em nós enfermidades espirituais, que precisam ser curadas para que tenhamos bem-estar e para que sejamos livres para os planos de Deus.

As pessoas que não se permitem ser amadas possuem uma vida amarga e habitam becos escuros, sem beleza. Deus nos convida a andarmos por lindos bosques e permanecermos na alegria. A ferida da injustiça, da discórdia e da falta de acolhimento precisa ser restaurada para que possamos cumprir o plano de felicidade para a nossa vida.

Nossas enfermidades espirituais só serão ordenadas quando nos tornarmos humildes e nos permitirmos ser curados. É preciso adentrar na dimensão do amor, que vai além do sentimentalismo.

A Teologia do Corpo, de João Paulo II, explica o amor de Deus em quatro eixos: totalidade, fidelidade, fecundidade e liberdade. Ou seja, o sentimento de amor, que vem do próprio Deus, vai muito mais além do que compreendemos. A grandiosidade e a totalidade do Senhor só é entendida e celebrada quando somos impactados por Ele. E é esse amor que cicatriza nossas dores quando decidimos caminhar e permanecer em Cristo. Porém, as cicatrizes devem ser lembradas como sinal de cura, sinal do agir de Deus. Deve simbolizar um novo recomeço, uma esperança que não nos desampara, e não uma infeliz marca na nossa história. No processo de cura, enquanto o Amor nos aperfeiçoa, modela e restaura o nosso ser, Ele, em Seus detalhes, revela o quanto somos únicos e especiais.

Tornar-se forte perante as fragilidades implica romper com tudo aquilo que não constrói. Precisamos ser edificados no amor e para o amor. Criados para servir.

Papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude, nos exorta: “Ide, fazei discípulos sem medo”. Impulsionados pelo amor que liberta, tornamo-nos capazes de transformar vidas, fazer conhecer a nossa essência. Curados de tudo aquilo que nos fragiliza, passamos a irradiar a alegria que só Jesus nos proporciona.

Sintamo-nos amados por Deus e transbordemos para a humanidade o amor verdadeiro, aquele que ama sem reservas mesmo em momentos de fraqueza. Deixemo-nos ser curados por esse amor de forma contínua e estejamos prontos para servir. Não permitamos a banalização do amor; pelo contrário, testemunhemos, alegremente, seus feitos na nossa história. Percamos o medo, façamo-nos verdadeiros e fecundos discípulos missionários.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Domingo é o Dia do Senhor; não um dia qualquer!

Não podemos fazer do domingo um dia como outro qualquer. Faça do Dia do Senhor um dia para louvar, para engrandecer e agradecer ao Senhor.


“Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo” (Mateus 12, 6).
Os fariseus querem, de alguma forma, incriminar Jesus, querem realmente colocá-Lo em contradição, porque Ele parece não respeitar o sábado, violar o sábado, porque os Seus discípulos estão fazendo nesse dia aquilo que não lhes é permitido.

Jesus lembra que o próprio Davi soube também não transgredir o sábado, mas soube colocar a misericórdia a uma necessidade maior em favor do outro, acima do sábado. E os próprios sacerdotes de Israel que, muitas vezes, não observam a lei do Templo em função de si mesmos. Jesus diz: “Aqui está quem é maior do que o Templo” (Mateus 12, 6). Em outras palavras também – “Aqui está quem é maior do que o sábado”.

A Palavra de Deus hoje é, para nós, um motivo para refletirmos sobre a importância do “Dia do Senhor” em nossa vida. Para nós, cristãos, o domingo é um dia sagrado, nós não podemos vivê-lo como os outros dias da semana, como se ele fosse um dia qualquer. Alguém pode dizer: “Mas todos os dias são dias do Senhor!“. É verdade que todos os dias são dias do Senhor, mas na observância da lei de Deus existe um dia, por excelência, consagrado ao Senhor e àqueles que servem ao Senhor: o domingo, “Dominus“. O domingo não em função do shopping, da compra disso ou daquilo, ele é domingo em função e em honra do Senhor!

Nós não podemos viver os dois extremos: como viveram e interpretaram os fariseus, que se escravizaram por causa deste dia e não tiveram a liberdade de viver a Lei conforme a vontade do Senhor. Mas nós também não podemos cair no extremo do relaxo, e fazermos do domingo um dia como outro qualquer.

Daí duas coisas importantes, primeiro: santificar o Dia do Senhor. A Santa Missa dominical, o preceito dominical, é sagrado, é mandamento de Deus para nós, é dia de sairmos de nós e irmos ao encontro do Senhor. A segunda coisa: evitar fazer aos domingos aquilo que fazemos todos os dias em nossa vida. Domingo não é dia de trabalharmos para ganhar mais nem dia de colocarmos fardos pesados ou mais trabalho naqueles que estão ao nosso dispor. No ritmo frenético da vida muitas pessoas, hoje, costumam dizer: “Eu preciso adiantar o meu trabalho”. E estão de domingo a domingo, de segunda a segunda, entristecidos e consumidos pelo seu trabalho.

O domingo existe como Dia do Senhor em memória ao dia em que Deus descansou. Se Deus não se cansa e quis descansar – imagine nós, pobres mortais! Além do mais, nós precisaremos recorrer a Deus e a um monte de remédios para curar o nosso estresse e o nosso cansaço se nós não soubermos dar o valor sagrado que o descanso tem em nossa vida.

Faça do Dia do Senhor um dia para louvar, para engrandecer e agradecer ao Senhor; mas também faça dele um dia de descanso, um dia de repor as energias para que a vida seja mais saudável!

Deus abençoe!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Catequese: O culto das imagens

Recentemente, um amigo meu de uma igreja evangélica me perguntou por que católicos “adoram” imagens quando isso é proibido pela Bíblia? Ele citou nominalmente o texto de Êxodo 20, 4 que diz: “Não farás para ti imagem esculpida nem figura alguma”. Primeiramente seria bom afirmar logo que católicos não adoram imagens de Jesus, de Nossa Senhora ou dos santos e santas, mas as tratamos com respeito, como qualquer pessoa faz com o retrato de um ente querido. Católicos somente podem adorar a Deus. Não rezam para imagens de gesso, madeira, aço etc., mas para a pessoa de Jesus, a Virgem Maria ou do santo ali representada. Nenhum católico é tão ingênuo a ponto de pensar que aquele pedaço de madeira ou aquela imagem de papel ouve e atende a sua oração. O católico sabe muito bem que está se dirigindo a uma pessoa que não se vê, mas que está viva na presença de Deus e, por isso, escuta com benevolência o seu pedido e o seu agradecimento. Quem venera uma imagem, de fato está mostrando o seu amor, confiança e gratidão à pessoa representada. A imagem recorda a vida deles, os seus exemplos de amor e santidade e, ao mesmo tempo, ajuda a torná-los presentes em nossa vida com sua graça e seu auxílio. Na minha mesa de trabalho há uma imagem dos meus falecidos pais. Freqüentemente, durante o dia, olho para ela e recordo com gratidão o amor, o bom exemplo e a boa educação que eles me deram. A imagem é uma simples fotografia. Ao lado da imagem dos meus pais há uma outra imagem, um crucifixo. Também olho para ela freqüentemente durante o dia e recordo a paixão de Cristo e o fato que Ele é meu Salvador. Espero, através dos méritos Dele ser salvo. As imagens ajudam-me a pensar e refletir sobre o que elas representam. Obviamente não adoro estas imagens em si.

Mas vamos voltar à Sagrada Bíblia. Ao se falar que a Bíblia proíbe imagens é preciso entender o contexto. Quando a palavra “imagem” se refere aos ídolos (falsos deuses), ela é proibida. Como em Êxodo 20, 4-6. Aí se faz a diferença entre o povo do único Deus verdadeiro e os demais povos dados à idolatria, ao culto pagão das estátuas representativas de deuses imaginários. Fora desse contexto a imagem não é proibida. Neste mesmo livro: Êxodo 25, 17-19, Deus manda Moisés fazer imagens de querubins sobre a Arca da Aliança. A Arca da Aliança foi cultuada como imagem da presença de Deus no meio de seu povo. Outro episódio é a imagem da serpente de bronze. Moisés a colocou num poste por ordem de Deus. Os que eram picados por cobras venenosas no deserto ficavam salvos olhando para ela (cf. Números 21, 4-9). Há mais ainda no 1Reis 7, 23 -39: “Fez o mar de metal fundido… Este repousava sobre doze touros, dos quais três olhavam para o norte, três para o oeste, três para o sul e três para o leste…Sobre as molduras que estavam entre as travessas havia leões, touros e querubins…”. O processo de fabricar imagem é descrito por Isaías e Jeremias (Is 40, 19-20; Is. 44, 9-20; Jr 10, 9). Faziam-se de vários tamanhos: umas pequenas destinadas a proteger as habitações, (Gn 31, 34; 35, 1-40); outras eram colossais, como a que Nabudonosor mandou levantar no campo de Dura ( Dn 2, 1).

As gerações católicas compreenderam que, segundo o método da pedagogia divina, deveriam procurar ao Invisível passando pelo visível que Cristo nos apresentou; a meditação das fases da vida de Jesus e a representação artística das mesmas se tornaram recursos com que o povo fiel procurou aproximar-se do Filho de Deus; a reprodução em tela ou escultura dos episódios da história sagrada ficou sendo o “catecismo do povão”. Na Igreja Católica as autoridades têm exercido controle sobre os tipos de imagens utilizadas no culto católico; nunca poderão ser inspirados unicamente pelo esteticismo ou pela devoção popular exuberante, fantasista. Assim é que o Papa Urbano Vlll em 1628 condenou a representação monstruosa da Santíssima Trindade sob a forma de um tronco humano com três cabeças; em 1745 o Papa bento XlV rejeitou a cena de três pessoas humanas sentadas uma ao lado da outra para significar a Trindade Divina. Uma das principais razões dessas reprovações é que o Espírito Santo nunca apareceu sob forma humana; a Igreja Católica quer que a arte cristã, para representar as Pessoas Divinas, só reproduza elementos mediante os quais estas aparecem na história sagrada ou na Bíblia: assim no Filho será de todo oportuno atribuir figura humana; ao Espírito Santo só convém os símbolos da pomba (lembrando o batismo de Jesus, em Mt 3,16) ou das línguas de fogo (cf. a narrativa de Pentecostes em At 2,3); quanto ao Pai Eterno é representado por um Dedo, sinal de poder (cf. a expressão de Jesus em Lc 11, 20), ou por um Ancião, consoante à passagem de Dn 7,9, que vê o Filho do Homem adiantando-se em direção de venerável e antigo Varão de cabeleira branca, sentado sobre um trono. (cf. Dic. Enc. Das Religiões, Vol l, p. 1359). Há católicos que acham que não devemos tentar fazer uma imagem do Pai, que vive em luz inacessível e que conhecemos através de seu Divino Filho, Jesus Cristo.

As imagens não são objeto de adoração por parte dos católicos. A Igreja nos ensina que nós adoramos somente a Deus e esse culto se chama “latria”. Aos santos prestamos nosso culto de veneração que se chama “dulia” e a Nossa Senhora, que é especial, nossa veneração se chama “hiper-dulia”. Para o católico nenhum santo ou Nossa Senhora está no lugar de Deus. Portanto, a devoção aos santos e à Mãe de Jesus através de imagens não é contra a Bíblia e a Tradição cristã. Só Jesus é Senhor e Salvador. Há igrejas que condenam nossas imagens, mas usam a cruz, o candelabro, a pomba etc. que são imagens! Para os católicos “Existe um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus” (l Tm. 2,5). Nossa senhora e os santos só podem ajudar-nos porque são também membros do corpo de Cristo e por isso participam do seu sacerdócio. A mediação dos santos não é independente da mediação de Cristo, único mediador entre Deus e os homens. Eles são como afluentes. “Cristo é o único rio que leva as águas de nossos bons desejos até o oceano infinito da bondade de Deus”.

Este artigo foi feito pelo Pe. Brendan Coleman Mc Donal, redentorista e Doutor em Teologia.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A medalha e a espiritualidade de São Bento

Uma piedade muito conhecida do Santo que celebramos hoje é o uso da medalha de São Bento. Essa medalha remonta do século XVII e é cunhada tendo de um lado a imagem do Santo com um cálice do qual sai uma serpente e um corvo com um pedaço de pão no bico, lembrando as duas tentativas de envenenamento, das quais São Bento saiu, milagrosamente ileso. O outro lado da medalha apresenta uma cruz e entre os seus braços estão gravadas as iniciais:

CSPB que em latim querem dizer: Crux Sancti Patris Benedicti; (que em português significa: Cruz do Santo Pai Bento).

Na haste vertical da cruz encontramos as seguintes iniciais:

CSSML: ou seja: Crux Sacra Sit Mihi Lux (em português: A Cruz Seja Minha Luz).

Na haste horizontal podemos ler:

NDSMD: ou seja: Non Draco Sit Mihi Dux: ( que m portugês significa: Não seja o dragão o meu guia).

Bordeando a medalhinha podemos encontrar as seguintes iniciais:

VRSNSMV: Vade Retro Satana. Nanquam suade mihi Vana, que em português quer dizer: Retira-te Satanás, Nunca me acoonselhes com suas vãs!

SMQLIVB
: ou seja: Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas, cuja tradução é: É mau o que ofereces; bebe tu mesmo os teus Venenos!

Os católicos usam essa medalhinha no intuito de receberem proteções especiais por intercessão desse grande Santo. Vale lembrar que não se deve usar como um amuleto ou algo que de sorte, como uma espécie de objeto mágico. Essa medalhinha deve levar o fiel a aprofundar na sua fé e na sua confiança em Deus. Uma prática muito boa é rezar todos os dias as frases que a medalha traz, que manifestam explicitamente uma adesão pessoal a cruz de Jesus e uma forte repulsa a tudo que vem do demônio.

Espiritualidade de São Bento
Esse Santo teve uma grande influência na vida da Igreja e do mundo. Sua espiritualidade monástica se alastrou por todo o mundo por sua conhecida capacidade de adaptação, sua flexibilidade. Foi em Montecasino onde São Bento escreveu a sua Regra monástica, texto no qual podemos encontrar o que o Santo buscou que os monges vivessem para conseguir alcançar a santidade.

O chamado feral da Regra de São Bento pode se resumir nas seguintes palavras: “Vamos instituir, então, uma escola de serviço divino” (Regra, prólogo). Com essa frase o santo convida seus monges ao aprendizado do caminho de seguimento do Senhor, que se realiza no combate espiritual por viver a obediência ao Plano de Deus. Esse chamado é difícil e ao mesmo tempo sereno, porque progressivamente se assumem exigências que não são fáceis ao começo, mas que pelo amor se fazem mais fáceis e são causa de grande alegria, possibilitando que se assumam novas responsabilidades. “Ao avançar na vida monástica e na fé, aumentando a capacidade de amar pela doçura de um amor inefável, a alma voa pelo caminho dos mandamentos de Deus” (Regra, Prólogo). Essa visão equilibrada é a chave para a ampla difusão do estilo monástico beneditino no ocidente.

O desafio de viver o trabalho cotidiano e as atividades apostólicas em uma constante atitude de oração não é novo, como poderia parecer pela dificuldade dos dias atuais. Já antigamente outros mestres espirituais procuraram solucionar esse problema, como por exemplo São Bento, em sua célebre Regra.

A oração e o trabalho são inseparáveis na vida do monge beneditino: A oração o acompanha em todo momento, tanto nos momentos fortes em que a comunidade se reúne para salmodiar o ofício, quanto nos momentos de meditação pessoal ou no meio do trabalho cotidiano, fazendo que ele mesmo seja uma oração. Esse desejo provém de uma antiga tradição do monacato cristão, que possuí raízes no século III, e que busca responder ao chamado do Evangelho de “orar em todo o tempo sem desfalecer” (Lc 18,1) e “orai sem cessar” (1Tes 5,17)

A respeito da oração comunitária, disse São Bento: “Cremos que Deus está presente em todo lugar e que seus olhos estão vigiando tanto os bons quanto os maus; mas devemos acreditar nisso especialmente e sem a menor dúvida quando estejamos no ofício divino... Salmodiemos de tal maneira que nosso pensamento concorde com o que diz nossa boca” (Regra, 19, 1-2.7). E aconselhando sobre a oração pessoal, ensina que “devemos apresentar nossa súplica ao Senhor, Deus de todos os seres, com verdadeira humildade e com o mais puro abandono. E pensemos que seremos escutados não porque falemos muito, mas pela pureza do nosso coração e pelas lágrimas da nossa contrição. Por isso a oração deve ser breve e pura, a não ser que se prolongue por uma especial graça de Deus (Regra 20, 2-5)

E se bem o monge se ocupa da oração, o trabalho realizado nesse espírito é também muito importante e não deve ser deixado de lado: “A ociosidade é inimigo da alma; por isso, os irmãos devem se ocupar com trabalhos manuais em alguns momentos e na leitura divina (meditação) em outros”. (Regra 47,1)

Existem muitos outros pontos da espiritualidade beneditina que poderíamos citar, como por exemplo: A vida em comunidade centrada na caridade, o silêncio de palavra e a escuta atenta, a importância da obediência, o amor à liturgia e a unidade do trabalho e da oração. Rezemos hoje de maneira especial pedindo a intercessão desse Santo para que possamos viver a nossa vida cristã de maneira coerente e alegre.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Evangelho e dom da fé

Evangelho e fé andam de mãos dadas. Se o Evangelho é a “Boa Notícia” que vem da parte de Deus, a fé é a porta que abrimos para acolher esta boa notícia, e deixar que ela nos anime e ilumine o caminho por onde Deus quer nos conduzir.

A própria fé faz parte desta Boa Notícia. Pois a fé é um dom gratuito de Deus, que ele nos concede, sem que nós o mereçamos. A fé deriva do fato de que “Deus nos amou primeiro”, e esta ação de Deus continua precedendo nossos pretensos merecimentos, que nunca seriam suficientes para merecer nossa salvação.

Permanece de verdade o que Jesus falou: “Ninguém vem a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair”.

Levar todas as pessoas a dar-se conta de quanto Deus as ama, é o desafio que esta exortação do Papa Francisco se propôs.

Recolhendo as reflexões do sínodo que tinha acontecido no ano de 2012, dá para identificar três situações, que aguardam nossa missão evangelizadora.

Existem as pessoas que frequentam nossas igrejas, mas não despertaram ainda para a beleza do Evangelho.

Outras pessoas foram batizadas, mas ainda não se confrontaram pessoalmente com Jesus Cristo, vivo e ressuscitado. Elas precisam de uma verdadeira “conversão”, para perceberem como Deus as ama de maneira pessoal e profunda.

E por último, as pessoas que nunca ouviram falar de Cristo, ou que o renegam agora de maneira clara e assumida.

Todas estão esperando nossa ação missionária, que começa dentro de nossa própria Igreja, e se dirige ao mundo inteiro. Tanto mais foi acertada a afirmação da Conferência de Aparecida, que nos desafiou a todos sermos “discípulos missionários de Jesus Cristo.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Os casais de segunda união não devem se afastar da Igreja

Os casais de segunda união podem e devem participar da Igreja


Para a Igreja, no conceito jurídico, a relação de um casal é considerada um segunda união quando um deles ou ambos receberam o sacramento do matrimônio, passaram pela separação e, por conseguinte, pelo divórcio; unindo-se, então, a uma outra pessoa. Já no conceito pastoral, os elementos de uma segunda união para a Igreja são: a vontade firme de formar uma nova e séria união responsável e aberta para a vida e a estabilidade do casal, isto é, um estado permanente, sobretudo, com o elemento mais importante, que é percorrer um caminho de vida cristã.

A Igreja tem um serviço pastoral chamado Tribunal Eclesiástico. O casal, que está nessa situação de unir-se pela segunda vez a outra pessoa, deve procurar o seu pároco, conversar com ele, contar-lhe como aconteceu a sua separação, como era sua vida antes do matrimônio, no dia do casamento e mostrar-lhe os fatos. Ele [o padre], conforme os fatos, poderá orientá-los a consultar esse Tribunal. Esse processo é importante para a tranquilidade e a paz de ambos; é um direito deles, pois se a Igreja declara o matrimônio nulo, as portas podem ser abertas para um outro casamento.

Padre Luciano Scampini (que escreveu este artigo) estava numa paróquia, no interior do Rio Grande do Sul, chamada Bandeirantes. Lá, a maioria dos casais vivia nessa situação. Então, ninguém podia comungar. As parábolas da Divina Misericórdia, assim com as do bom samaritano, dizem que, diante de uma pessoa em necessidade, (não se duvida disso), deve-se fazer alguma coisa para ajudá-la, assim como Jesus o fez. Essas são as duas preocupações da Igreja: a realidade e o jeito de Jesus. Mas qual o jeito, hoje, da Igreja? Essa é uma realidade nova para ela. Só depois do Concílio Vaticano II é que se começou a refletir sobre esse assunto. Antes, nem se cogitava sobre isso; era um capítulo fechado na Igreja. Mas, após o Concílio, começaram-se os estudos e a abertura para os casais de segunda união.

Deus ama o ser humano com um amor indissolúvel, eterno e fiel, e é por meio do sacramento do matrimônio que Ele faz uma aliança indissolúvel e fiel também com o casal. A segunda união rompe essa aliança, e aí está o impedimento: esses casais não podem se confessar nem receber a comunhão.

O Papa João Paulo II fala que eles podem e devem participar da vida da Igreja, porque o divórcio não lhes tira a fé nem o valor do batismo. Eles pertencem à Igreja, por isso têm o direito de fazer dela sua casa, sua tenda, de sentirem-se bem dentro dela como em suas casas e de serem acolhidos como irmãos.

Os casais de segunda união podem e devem participar da Igreja. Eles são incentivados a ter uma vida cristã e, por último, ter grande esperança, consolo, conforto e uma firme confiança nela.

Como afirma o saudoso Pontífice, eles esperam o momento que a Divina Providência reconhece a graça da conversão e da salvação. João Paulo II proclama também, em sua Exortação ApostólicaFamiliaris Consortio, nº 84: “Com firme confiança, a Igreja crê que, mesmo aqueles que se afastaram dos mandamentos do Senhor e vivem atualmente nesse estado, poderão obter de Deus a graça da conversão e da salvação, se perseverarem na oração, na penitência e na caridade”.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

“Vinde a mim!” Convite de Jesus é atual, explica o Papa

No Angelus deste domingo, 6, o Papa Francisco refletiu sobre o convite de Jesus no Evangelho do domingo: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28).

O Santo Padre recordou que essa mensagem de Jesus era essencialmente dirigida a todas as pessoas que Jesus encontrava diariamente pelas estradas da Galileia. “Tanta gente simples, pobre, doente, pecadora, marginalizada… Essas pessoas procuraram sempre Jesus para ouvir Sua Palavra de esperança e também para tocar a orla do Seu manto”, disse o Papa.

Mas, segundo o Pontífice, o próprio Jesus procurava essas pessoas, multidões cansadas que vagueavam cotidianamente como “ovelhas sem pastor”, para lhes anunciar o Reino de Deus e curar muitos no corpo e no espírito.

“Vinde a mim!” Esse convite de Jesus, explica Francisco, estende-se até os dias atuais para chegar a muitos que estão oprimidos sob o peso das condições de vida precárias, pelas situações existenciais difíceis e, às vezes, privadas de autênticos pontos de referência.

“À cada um desses filhos do Pai, que está nos céu, Jesus diz: ‘Vinde a mim, todos vós!’”, afirma o Papa, e explica que o Senhor promete dar-lhes refúgio, mas também faz um pedido que, ao mesmo tempo, é como um mandamento: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração” .

De fato, destaca o Pontífice, depois de ter recebido o descanso e o conforto de Jesus, os cristãos são chamados, por sua vez, a tornarem-se também descanso e conforto para os irmãos, com mansidão e humildade, à imitação do Mestre.

“A mansidão e a humildade de coração não só nos ajudam a tirar o peso do outro, mas não os sobrecarregar com nossos preconceitos, julgamentos, nossas críticas ou a nossa indiferença”, enfatizou.

O Papa Francisco concluiu o Angelus pedindo a intercessão da Virgem Maria, que acolhe todos os aflitos e desamparados, para que, com a fé testemunhada com a vida, os cristãos possam ser alívio aos que precisam de ajuda, carinho e esperança.

E, mais uma vez, o Santo Padre pediu aos presentes que continuem a rezar por ele.