segunda-feira, 27 de abril de 2015

Uma experiência com o Bom Pastor

Se tem algo que define o Bom Pastor é o amor

Neste dias de acampamento ‘Curados para amar’, a nossa disposição é perceber como Deus vai manifestando o seu amor em nossas vidas.

Quem já assistiu um filme mais de duas vezes? A primeira vez que assistimos um filme, ficamos tão ansiosos para ver o final que deixamos passar algumas partes do filme. Na segunda vez, como você já sabe o final, você repara que tem outros detalhes que não tinha visto da primeira vez. O interessante é que a Igreja é fantástica. Nós já sabemos o final da história de Nosso Senhor: Ele está vivo! Jesus Ressuscitou! Então a Igreja nos pede para a voltar a história e rever a paixão, mas sabendo do final. Quem é de missa diária, sabe que vivemos de semana da Paixão à missa da Vigília Pascal.

Nos Atos dos Apóstolos vai mostrar como o Espírito conduz a Igreja nascente. Hoje, de modo particular, eu começo um questionamento: estamos no Tempo Pascal? Então para que este domingo do Bom Pastor? Não poderia ser no Tempo Comum? O segundo domingo foi o domingo da Festa da Misericórdia, e hoje do Bom Pastor, mas porquê?

Existe várias chaves de leitura importantíssimas, a partir da aparição de Nosso Senhor. É tão forte a Ressurreição de Jesus que a Igreja celebra a oitava da Páscoa. O sentido das aparições é para que os discípulos sejam confirmados na fé. Nós precisamos também ser confirmados na fé. Devemos repensar e crer no Ressuscitado. Todo o tempo da Páscoa é para isso. Ninguém será missionário e evangelizador, se não fazer a experiência com O Ressuscitado. Por isso, a Igreja estende cinquenta dias da Páscoa para que possamos fazer esta experiência.

Qual é a pior fase do noivos para a casar, e dos seminarista para ser padre? É tomar a decisão! Quando tomamos a decisão, as coisas andam. O mesmo é na evangelização. O mais difícil é você convercer-se que Jesus está vivo. Por que você acha que Jesus precisou aparecer tantas vezes? Jesus primeiro apareceu para a Maria Madalena na madrugada, depois para os discípulos de Emaús e depois para os apóstolos, por último para Tomé. Jesus fez tudo isto, para confirmá-los na fé! Jesus é paciente e não tem pressa conosco.

Hoje, O Ressuscitado e Vitorioso, está dizendo para mim e para você: “Eu sou Bom Pastor!”. Jesus diz que conhece as suas ovelhas, Ele não tem “preguiça”, mas tem paciência com as nossas dúvidas. Nas aparições de Nosso Senhor, Jesus não só aparece para os apóstolos, mas tem um apóstolo, Tomé, que não presenciou a sua experiência por algum motivo. E Jesus é caprichoso, por que Ele se importou com Tomé que não estava. O Senhor não diz no Evangelho: Quem de vós que, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?(Lucas 15, 4). Jesus apareceu ainda para Tomé que não acreditava. Como que Ele disse: “Tomé, se você precisa, pode tocar!

E Jesus hoje diz para você: “Meu filho, minha filha se hoje você tem dificuldade? Você tem dúvidas de que Eu posso restaurar e libertar? O que você precisa para ter certeza? Quer tocar nas Minha chagas? Então toque! Se isso é preciso para você ter fé, venha, Eu estou aqui!”.

Jesus vem de encontro a nossa fraqueza por amor e por ser o Bom Pastor. Ele cura as nossas feridas. E o bonito, que é pôs ressurreição. Aquele que cuida das ovelhas, Vivo está! Deixa Jesus te ajudar! Deixa Ele chegar na sua vida lhe dizer: “Eu te ajudo!”.

O que hoje te impede de tocar Jesus? Para Tomé era muito claro, ele tinha que ver para crer! Para Pedro, Jesus curou o remorso. Você precisa resolver a sua questão com Jesus! Jesus é o Bom Pastor, que não só foi atrás de São Tomé, mas daquele que desistiu antes de hora, Judas. Eu acredito que Jesus iria perdoar Judas. Mas penso que Judas não confio na misericórdia do Senhor.

Pedro disse: “Senhor se for preciso eu morro por você!”. Eu olho para a pessoa de Pedro e vejo Jesus dizendo: “Pedro eu não vou te cobrar!”. Jesus até jantou com Pedro. Pedro carregava uma frustração tremenda. E hoje, este Evangelho mostra que Jesus conhece as suas ovelhas. Jesus sabia que Pedro estava necessitado d’Ele e precisava da Sua presença. É o Senhor que sempre toma a iniciativa. No fundo, Jesus sabia que Pedro O amava. Ele sabia do coração de Pedro. Mas Ele precisava fazer Pedro redescobrir este amor. Jesus nos conhece. Ele é o Bom Pastor que vem ao encontro do que precisamos.

Não peça pouco para Deus, por que ele não economiza graça. O Bom Pastor foi porque Pedro necessitava sentir-se amado por Jesus. O Cristo vai aonde nós precisamos e nos pergunta: “Você me ama?”. Jesus diz para você: “Eu sei das tuas fragilidades, das tuas incoerências”, e Ele te pergunta: “Mas, você me ama?”. Jesus perguntou a Pedro: “Simão, tu me amas?”. Quantas vezes eu chego na adoração e digo para Jesus: Senhor tu sabes tudo. Quando vou presidir a missa e recordo-me que sou persona christi , vejo a minha pequenez e o mistério de Deus.

Toda a comparação é limitada. Às vezes, você está diante do Santíssimo e as coisas evidenciam. Tem momentos que você vai á missa e nada te toca. Mas em outras momentos, você depara-se com sua pequenez diante de Deus. Pentecoste logo está ai, e Jesus vai a cada um atendendo as suas crises. Os discípulos de Emaús , Jesus caminha com eles. O que você precisa mais para saber que o Senhor te ama? O que ainda você precisa deixar para entregar-se ao Senhor? Se tem algo que define o Bom Pastor, é o amor.

Hoje, o Papa Francisco ordenou dezenove sacerdotes, e ele dizia: “Cristo é pastor verdadeiro, pois ao oferecer livremente a própria vida, realiza o modelo mais alto de amor pelo rebanho”.

O meu desejo é que você perceba que talvez, ainda não experimentou o amor de Deus. A dinâmica de Jesus é uma dinâmica de resgate. É de não contentar-se com os salvos, mas ir ao encontro daqueles ainda que não foram resgatados.

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