quarta-feira, 7 de maio de 2014

Mês de Maio: Salve, Virgem Maria, Mãe Morena e Serena!

Maio chega até nós trazendo a suavidade da eternidade, ao contemplarmos a Virgem Mãe de Jesus que, em incontáveis comunidades, recebe seu merecido louvor e gratidão.

Louvar a Mãe de Deus é louvar no próprio Deus, o Cristo Redentor nosso, modelo acabado de toda a criatura humana.

É preciso dar asas à imaginação e deixarmo-nos voar em pensamentos velozes até Nazaré, para que sejamos capazes de vislumbrar a grandeza de Maria, sua singela e sua ternura, sua humildade e seu SIM resoluto ao desígnio divino. Quem de nós é capaz de, em poucas palavras, dispor-se inteira e imediatamente a cumprir o que Deus lhe pede, como fez Maria? Certamente levantaríamos primeiro muitas interrogações e pediríamos explicações. Nosso mundo bastante calculista e racional não se atém às coisas da eternidade com rapidez e firmeza, como Maria e também José. Nosso mundo marcado por uma história de vencedores na qual os vencidos nao são contados, não entende mesmo o que é jogar-se inteiramente nas mãos de Deus.

O pobres podem nao saber dizer com palavras bonitas seus sentimentos, mas sabem realçá-los em seus gestos e atitudes. Quando reunidos em comunidade, ao erguerem a coroa sobre a cabeça da imagem de Nossa Senhora, erguem sim as mãos em súplicas àquela que por nós intercede, porque sabem que tudo o que vem do céu nada poderá romper ou roubar.

Eternidade é amor de Deus sempre presente e ninguém pode retê-la, como a brisa leve de uma manhã. O que o povo manifesta a Nossa Senhora é amor e é eternidade.

As flores que são depositadas aos pés da Virgem significam que pelo caminho que ela andou também queremos andar, pelo serviço que ela prestou nós também queremos servir.

Os sons da ladainha cantada e rezada ressoam por todos os cantos da terra, pois foi Maria quem primeiro cantou a melodia que nao tem fim, a melodia do amor, da eternidade, do cumprimento da promessa divina: "Minha alma glorifica o Senhor, e exulta meu espírito em Deus meu Salvador" (Lc 1, 46-56). Maria é, pois, sombra abundante que abriga os vencidos da história do mundo, e alenta a esperança dos que marcham no duro chão da estrada de nosso mundo bonito, mas muitas vezes ingrato para com as coisas de Deus e para com os excluídos e sofredores.

Salve, Virgem Maria, tu és nosso canto e encanto que se erguem agradecidos em nossa prece de amor e de louvor!

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