quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Como ter fé e colocá-la em prática?

Muito pior do que a esterilidade física é a esterilidade espiritual de nossa fé

O milagre está a nossa disposição. Veja a história de Ana, mãe de Samuel:

Ana, cheia de amargura, em profusão de lágrimas, orou ao Senhor. Como ela se demorasse nas preces diante do Senhor, Eli observava o movimento de seus lábios. Ana apenas murmurava: seus lábios se moviam, mas não se ouvia sua voz. Eli julgou que ela estivesse embriagada. Por isso lhe disse: “Até quando estarás bêbada? Cura esse bebedeira!” Ana, porém, respondeu: “Não é isso, meu senhor! Sou apenas uma mulher muito infeliz; não bebi vinho nem bebida forte, mas derramarei a minha alma na presença do Senhor. Não consideres tua serva uma mulher perdida, pois foi por minha excessiva dor e aflição que falei até agora”. Eli então lhe disse: “Vai em paz, e que o Deus de Israel te conceda e o que lhe pediste” (1Sm 1,10-12-17).

Muito pior do que a esterilidade física é a esterilidade espiritual de nossa fé. O pecado, o mundo, o demônio conseguiram fazer de nós, homens e mulheres, estéreis na fé e na confiança em Deus.

É preciso, assim como Ana, derramar nosso coração diante do Senhor.
Infelizmente, somos homens e mulheres de pouca fé; quando gastamos apenas um pouco de energia para pedir, já nos cansamos e desanimamos. Dizemos que é impossível e “entregamos os pontos”. Rezamos um “pouquinho” e, com isso, achamos que rezamos muito. É como numa corrida: o corredor precisa ter força nas pernas não somente na descida; ele precisa continuar com firmeza e agilidade, no mesmo ritmo, também na subida. Vence aquele que não arrefece e conserva o ritmo até a chegada.

Todo cristão precisa de firmeza, pois o mundo se tornou um deserto de fé e amor.

Depois de Pentecostes, os apóstolos pregavam, e as pessoas se convertiam e recebiam o derramamento do Espírito Santo. O número de cristãos cresceu de tal forma que somente os apóstolos não eram em número suficiente para atendê-los. Surgiram os diáconos, dentre os quais Estêvão.

O ardor e a força da convicção de Estêvão eram tamanhos que abalaram as estruturas do sinédrio. Por causa disso, muitas pessoas tinham raiva dele. Condenaram-no e o martirizaram a pedradas, para que não pudesse mais falar. Saulo foi quem carregou o manto daqueles que o apedrejaram. A revanche de Deus foi muito maior: o que Estêvão não falou, Paulo falou e fez.

Ninguém pode nos calar diante de nosso testemunho. Nós, cristãos, precisamos reagir. Portanto, proclamemos que Jesus Cristo é o Senhor!

Os apóstolos também sofreram muitas perseguições. Depois de terem sido presos, Pedro, João e os demais apóstolos foram proibidos de pregar em nome de Jesus e realizar milagres. Ao voltar para a comunidade, no entanto, em vez de estarem temerosos e receosos, todos oravam.

“Agora, Senhor, olha as ameaças que fazem e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua palavra. Estende a mão para que se realizem curas, sinais e prodígios por meio do nome do teu santo servo Jesus” (At 4,29-30).

É assim que o Senhor prepara Seus valentes guerreiros. Ontem eram Pedro, João Estêvão e Paulo. Hoje, somos você e eu. O método é o mesmo: o Senhor põe diante de nós situações concretas nas quais precisamos pôr nossa fé em ação.

Não estranhe: se as situações são difíceis, é porque você precisa de um treinamento mais firme e de fé. Peça essa graça ao Senhor:

Senhor, eu preciso ser uma pessoa de fé, preciso crescer na oração e orar sem cessar, com fé diante do impossível, sabendo que nada é impossível para o Senhor e tudo é possível para aquele que crê. Preciso orar sabendo que tudo pode ser mudado pela oração. Senhor, preciso ser uma pessoa de oração, fé, convicção e determinação em Ti. Muda minha mente, meu coração, minhas atitudes de oração.

Renuncio a toda incredulidade e impiedade. Liberta-me pelo Seu Espírito; não posso e não quero permanecer estéril. Preciso desse milagre.

Pelo Seu Espírito Santo, renova-me, restaura-me. Que a fecundidade da oração volte a mim e que a esterilidade não permaneça na minha vida, Senhor. Amém!

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